Esperança x Decepção

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | *com alteração pelo JornalBiz

Encontrei ontem, surfando na internet, um site muito interessante sobre economia (https://www.heritage.org/index/). Ele mostra gráficos e traz informações atualizadas a respeito de um assunto chamado Liberdade Econômica.

Expõe dados desta área para todas as nações do planeta, inclusive permitindo comparações de fatos entre os países. Um trabalho genial e muito competente.

Segundo o site, o Brasil encontra-se hoje na posição 150 no ranking de liberdade econômica. A 149 é da Micronésia e a 151, do Niger. São exibidos também dados gerais do país, como a taxa de 13% de desemprego, os $15,63 dólares de renda per capita e o PIB de $3,2 trilhões (também em dólares).

Podemos ver também que a economia do Brasil é menos livre que muitos países com regimes ditatoriais. Na América, fica atrás de Colômbia, Panamá, Barbados, Guatemala, Paraguai e até do Haiti, uma nação morta de fome.

Muito bem. Navegando pelo site, chegamos a uma seção onde se diz que o novo governo brasileiro ‘foi eleito por uma maioria que espera a restauração da lei e da ordem, estabilizar a economia e colocar o país no caminho da liberdade econômica’ (sic).

Fiquei com a curiosidade aguçada para visitar este site daqui a um ano.

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Isso por que, segundo a descrição acima, exposta no portal, podemos ver que a população que elegeu Bolsonaro é formada de pessoas com grande esperança. Claro, pois evidente que acreditar tanto em um deputado federal que passou 30 anos no congresso praticamente fazendo nada, é ter esperança em excesso. Pelo jeito, o discurso folclórico usado por ele em sua campanha presidencial funcionou e muito.

Presidente faz o gesto de seu principal símbolo de campanha eleitoral e de governo: “arminha com a mão”.

Até agora, o ‘mercado livre’ praticado pelo presidente significou a abertura do mercado argentino ao abacate brasileiro, fruta que corresponde a 0,007% das nossas exportações. Isso foi anunciado por ele (claro, via Twitter) com a data da primeira carga, numa perfeita imitação de um competente chefe de uma área logística. Ora, presidente! Isso é algo para ser anunciado pelo quarto, quinto escalão do governo.

Falemos também da “canelada” ao fazer comentários sobre decisões que deveriam ser tomadas pela direção do Banco do Brasil. Ou querer controlar os preços da Petrobrás, o que causou estragos. Mercado livre, mas controlando os preços?

Sobre o outro ponto citado, restabelecer a lei e a ordem, acredito eu ter relação com a liberação de armas para algumas categorias da população. Aqui também não se vê renovação de pensamentos e ações, pois fazendo isso, pratica-se o que há muito se faz por outros governantes, que é transferir a responsabilidade da segurança para o cidadão. Isso aconteceu, por exemplo, quando as pessoas foram proibidas de usar telefone celular dentro de agências bancárias. Ou seja, a polícia não prende bandidos e a população é que não pode usar o aparelho para não provocar um assalto. Bolsonaro faz isso liberando armamentos para uso de civis. Tal ato, inclusive passando por cima da Câmara dos Deputados e do Ministro Moro. Claramente, apenas para cumprir uma promessa esdrúxula de campanha.

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O site não anuncia o capitão reformado como esperança. Ele enuncia o que foi levado em conta pelos eleitores ao votar nele.

Está ficando cada vez mais evidente que esta esperança tem tudo para se tornar decepção num futuro bem próximo.

| Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Jornal Biz. |

Escreva para a Coluna do Russo: luizrobertorusso@hotmail.com

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