AstraZeneca anuncia remédio para tratar quem é contaminado pelo coronavírus

Imagem: Google

Cientistas britânicos testam uma nova droga que poderia impedir quem pegou o coronavírus de desenvolver a covid-19, doença causada pelo vírus. O remédio, conhecido como AZD7442, envolveria uma combinação de anticorpos de longa ação. A notícia foi publicada ontem pelo jornal britânico The Guardian.

Em vez de anticorpos produzidos pelo organismo para combater a infecção, a droga usa anticorpos monoclonais (uma única célula) criados em laboratório. Seria capaz de prover imunidade instantânea contra a doença, e ser ministrada como tratamento emergencial para conter surtos da doença em hospitais e asilos, por exemplo. Ainda, seria uma forma de conter o número de mortes e complicações causadas pela covid-19 enquanto não há vacinas para imunizar toda a população.

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Quem desenvolve o fármaco é a AstraZeneca, um dos maiores grupos farmacêuticos do mundo, resultado da fusão da sueca Astra AB com o Zeneca Group, do Reino Unido. A indústria possui laboratórios em 18 países, inclusive no Brasil, em Cotia, na grande São Paulo. Também estão envolvidos no projeto os UCLH (Hospitais da Universidade College Londres, em tradução livre).

Unidade da Astrazeneca fica localizada na rodovia Raposo Tavares, em Cotia, na grande São Paulo. | Imagem: reprodução

Os documentos sobre o ensaio clínico enviado aos Estados Unidos, diz o The Guardian, mostram que é investigada a eficácia do AZD7442 para profilaxia pós-exposição da covid-19 em adultos”. Esse tratamento impede que o vírus se acople às células humanas.

“A proteína da espora do Sars-CoV-2 contém o RBD (domínio de receptor-obrigatório) do vírus, que possibilita ao vírus unir-se aos receptores em células humanas. Mirando a essa região da proteína da espora do vírus, anticorpos podem impedir o vírus de se acoplar em células humanas, e assim poderia bloquear a infecção”, relata o documento.

Se tiver eficácia comprovada, o remédio deve ser tomado até o 8º dia da exposição ao Covid19, e ajudaria a impedir o desenvolvimento da doença por até 12 meses. Os participantes dos testes têm recebido duas doses da droga. Os estudos receberam o nome de “Storm Chaser” (Caçador de Tempestades, em tradução livre).

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Seria possível ter a droga até março ou abril de 2021, se aprovado pelas agências reguladoras de medicamentos depois de ter os estudos revisados. Os testes são feitos em UCLH, outros hospitais britânicos e uma rede de 100 outros lugares pelo mundo.

Os UCLH ainda fazem um teste paralelo com a mesma droga. A ideia é descobrir se o remédio protege pessoas com o sistema imune comprometido, como é o caso de quem faz quimioterapia. Esse estudo recebeu o nome de “Provent”. Tanto esse quanto o Storm Chaser estão na fase três, a última dos testes de medicamentos.

Os dois ensaios são realizados no novo centro de pesquisas em vacinas dos UCLH, financiado pelo braço de pesquisas do NHS (Nacional Health Service, equivalente do SUS no Reino Unido).

Só no Brasil o coronavírus já matou 190.488 pessoas, segundo dados oficiais de ontem divulgados pelo Ministério da Saúde.

É aguardada para 2021 a vacinação em massa da população, que já começou em alguns países. Pesquisa PoderData mostrou que cada vez menos brasileiros querem ser vacinados contra a covid-19.

Com informações do Poder360, The Guardian e UOL.

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