Estudo de universidades públicas brasileiras revela a eficácia do enxaguatório bucal na prevenção contra o coronavírus

UEL integra equipe que produz enxaguante bucal contra o vírus da Covid-19. | Imagem: redes sociais

O antisséptico bucal elimina o vírus da COVID-19 em 96%, evitando a propagação para outras pessoas e o avanço para o restante do organismo

Apesar das evidências de que o governo brasileiro vai ficar na lanterna do ranking de países que estão vacinando a população contra a Covid-19, pesquisadores de universidades brasileiras não dormiram no ponto, e anunciaram no mês passado conclusão dos estudos para a criação de um enxaguatório bucal que mata o coronavírus.  Participaram da pesquisa a Universidade de Londrina (UEL), a Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) em Bauru , o Instituto de Ciências Biológicas da USP e o Instituto Federal do Paraná.

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Estudo semelhante aconteceu no Reino Unido, reunindo cientistas da Universidade de Cardiff, revelando a eficácia de enxaguatórios bucais baseados em CPC (cloreto de cetilpiridinío).

No Brasil, a parceria das universidades gerou estudos coordenados pelo cirurgião dentista Fabiano Vieira Vilhena, pesquisador da USP que coordena, também, o Centro de Pesquisa e Inovação da Dentalclean.

Na primeira etapa do estudo, pesquisadores da UEL comprovaram a eficácia do antisséptico bucal, no Laboratório de Pesquisa em Imunologia Clínica. Nessa parte do estudo, foram analisadas amostras de saliva de pacientes que participaram da pesquisa clínica, realizada em outros centros de pesquisa.

Produto já é oferecido em diversos sites. | Imagem: divulgação

A segunda etapa refere-se à realização de um estudo clínico, iniciado em outubro, que vai avaliar a eficácia do antisséptico bucal na carga viral em pacientes com diagnóstico de COVID-19, atendidos pelo setor de Moléstias Infecciosas do Hospital Universitário (HU/UEL). O antisséptico vai ser usado individualmente ou em associação com spray nasal. Até o momento, 23 pacientes  participaram do estudo e o produto tem sido bem aceito, sem nenhum efeito colateral relatado.

O Hospital Universitário de Londrina. | Foto: Wilson Vieira / Amepar

A terceira etapa será avaliar como o antisséptico atua de forma preventiva em funcionários do HU, como enfermeiros, médicos e residentes. Essa etapa da pesquisa está prevista para janeiro de 2021.

Segundo o estudo brasileiro, o  antisséptico apresenta como vantagens ser administrado de forma tópica – ou seja, local – podendo reduzir a carga viral de SARS-COV-2 e reduzir a microbiota nasofaríngea, o que melhora clinicamente o paciente infectado e reduz a contaminação do ambiente.

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O pesquisador da USP Fabiano Vilhena, que coordena os estudos, realizou uma entrevista coletiva, via Youtube, na última terça-feira para falar dos estudos e do produto. Ele afirmou que o antisséptico bucal elimina o vírus da COVID-19 em 96%, evitando a propagação para outras pessoas. Ele ressaltou que as pesquisas foram aprovadas em Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, que estabelecem regras para o levantamento ético dos dados. Além disso, há registro no Clinical Trials da Organização Mundial de Saúde e Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos.  Ao todo, foram 10 estudos entre epidemiológicos, clínicos e estudos de caso controle.

Fabiano Vilhena explicou que o vírus, ao entrar no organismo humano, percorre uma rota. Ele vai para a glândula salivar, língua, amígdala e vias respiratórias. “Inativar a transmissão da COVID-19 nas vias aéreas é uma das formas mais eficazes de não avançar a doença para as vias aéreas respiratórias inferiores”, afirma. “O antisséptico é capaz de bloquear o vírus na boca, impedindo que ganhe forças e avance para o restante do organismo”.

O uso de máscaras, distanciamento social e lavar as mãos constantemente são recomendações que seguimos durante o ano. Acrescente aí o uso rotineiro do enxaguatório bucal.

O produto está sendo fabricado em Londrina, PR, com o nome de Dentalclean Detox Pro. No site da Amazon aparece com o preço de R$ 9,77.

(Com informações do site O Perobal)

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