Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais, o clima eleitoral começa a esquentar em Ourinhos. Trocas de partidos, busca por alianças e convites para possíveis candidatos a vereador vem acontecendo nas últimas semanas. Se até agora o prefeito Lucas Pocay (PSD) velejou em águas calmas, com uma oposição desunida, desorganizada e praticamente inofensiva, o cenário pode mudar até o final do ano.
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Ex-prefeito por três mandatos (1997 a 2000, 2005 a 2008 e 2009 a 2012), o engenheiro Toshio Misato, segundo colocado nas eleições de 2016, tem conversado com lideranças da cidade. Ele diz que há uma exigência para que seu partido, o PSDB, tenha candidaturas próprias em todos os municípios com mais de 70 mil eleitores. “Mas é preciso haver uma composição com outros partidos, uma frente ampla. O PSDB tem tradição e força em Ourinhos, e estará no centro das conversas”.
Toshio ainda é o político mais votado da história de Ourinhos, com 38.631 votos em sua reeleição, em 2008, mas é categórico quando o assunto é disputar novamente a Prefeitura:
“Eu não serei candidato, tenho que cuidar da família. Acho que já dei minha cota de participação na vida pública da cidade, mas como gosto da política, continuarei como militante”. (Toshio)
O deputado federal Capitão Augusto é quem vai liderar as questões de seu partido, o PL (ex-PR), nas próximas eleições. Em 2016 houve uma queda de braços na legenda entre o deputado e o então vereador Roberto Tasca e outros candidatos: Augusto apoiou Toshio, contra a decisão da maioria, que apoiou Pocay. A assessoria do Capitão já teve uma conversa com o único representante do partido na Câmara, Anísio Felicetti, que é da base de apoio do prefeito, e está aguardando um posicionamento. O mais provável é que Anísio se mude para outro partido; seu destino pode ser o PSC.
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Toshio e Augusto articulam uma candidatura para fazer frente ao atual prefeito Lucas Pocay. “O Capitão tem comandado conversas com algumas lideranças, mas o PSDB tem bons quadros, como a professora Maria Tereza. Nos bastidores há muitas conversas no sentido de convencê-la a disputar a Prefeitura no ano que vem”, diz Toshio, referindo-se à sua companheira de chapa em 2016. Independente de quem for o candidato do grupo, não terá o voto do deputado: Augusto mudou seu título eleitoral para Bauru.
A coligação partidária que elegeu Lucas como prefeito deve ser mantida. É o prefeito quem faz as articulações e a distribuição de pré-candidatos a vereador nas siglas.
Pocay tem nas mãos o PSD, PSB, PV, PRB, PSC, PTC, PRP, PTB e PPS, e outros partidos ainda podem se unir ao grupo nos próximos meses.
Especulado como possível candidato a prefeito, o nome do vereador Alexandre Zóio (PRB) perdeu força após o fraco desempenho nas urnas nas eleições do ano passado, quando tentou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Zóio deve tentar a terceira reeleição para a Câmara, com o desafio de se manter como o mais votado: teve 1.837 votos em 2016.
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O empresário Mário Ferreira, presidente do PT, disse que o partido ainda não discutiu a questão das próximas eleições municipais. “O assunto entrará em pauta após as eleições para os novos dirigentes do partido. A princípio, a ideia é ter candidatura própria”, explicou Mário, que disputou a Prefeitura em 2016 e ficou em terceiro lugar.
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Lanterna nas últimas eleições majoritárias de Ourinhos, o professor Robson Sanchez (Patriota) deve voltar à disputa. “Tenho o desejo de disputar a Prefeitura, pois vejo a cidade sendo maquiada, pessoas sendo iludidas. A população confiou em um governo que prometia ser diferente, mas que na verdade é a velha política”.
Robson diz que está dialogando com vários partidos, mas que seu posicionamento contra o loteamento de cargos e seus princípios pessoais podem fazer com que “saia sozinho”. “Se tiver que sair sem o apoio de outros partidos, para manter minhas convicções, assim farei”.
Nos últimos 30 anos, os políticos da família Alves da Silva e o grupo político de Toshio Misato sempre foram os protagonistas nas eleições municipais ourinhenses. Toshio iniciou a vida pública em 1988, como vice de Dr. Clóvis Chiaradia, e depois governou a cidade por três mandatos, além de eleger sua vice-prefeita, Belkis, em 2012. Claury Santos Alves Silva, pai do atual prefeito Lucas Pocay, foi prefeito entre 1993 e 1996, e depois atuou como principal cabo eleitoral de seu irmão, Claudemir Ozório, eleito para o mandato 2001-2004.
Sem o surgimento de novas lideranças, em 2020 as urnas ourinhenses vão apresentar aos eleitores a mesma pergunta de sempre: Alves da Silva ou não?
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