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por Bernardo Fellipe Seixas | Jornal Biz
Represa de Chavantes está com apenas 13,64% de volume útil armazenado, diz CTG Brasil
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Além dos prejuízos ambientais, a seca pode provocar uma crise sem precedentes no turismo da região. O rio Paranapanema, que divide os estados de São Paulo e Paraná, está com capacidade abaixo de 20% na região de Chavantes. A diminuição da vazão de água em época de piracema como a que vivemos, significa a morte de milhares de peixes. A lama aparente e os peixes mortos trazem mau cheiro que afastam os turistas das pousadas e hotéis existentes na região, especialmente em Ribeirão Claro, no complexo conhecido como Angra Doce.
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Segundo a CTG Brasil, empresa que administra as hidrelétricas na região, em Avaré, na represa de Jurumirim, o reservatório opera com apenas 13,92% do reservatório. O pior está na usina hidrelétrica de Capivara, na divisa entre São Paulo e Paraná, onde o rio tem apenas 8,04% de sua capacidade.
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De acordo com ofício encaminhado no último dia 10 pelo deputado federal Capitão Augusto (PL) ao Procurador da Republica responsável pela defesa do Meio Ambiente, além da seca que atinge a região, a baixa no Paranapanema está sendo causada pelo envio de água das jusantes das represas de Jurimirim, Chavantes e Capivara para a Usina Itaipu, responsável pela geração de energia elétrica para o sudeste do país.
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Conforme o documento, “a determinação da vazão de maneira exagerada e sem critérios, como leva a cabo a Agência Nacional de Águas, bem como o Operador Nacional do Sistema, levará ao caos nos Municípios Paulistas e Paranaenses”. O deputado pede providências para a crise.
Nos anos 1980, quando houve o represamento do rio Paranapanema e Itararé para a criação da hidrelétrica, aconteceu considerável prejuízo ambiental, com o desaparecimento de espécies de plantas e animais e alagamento de terras que trouxeram dificuldades para os proprietários. Nos anos seguintes, a natureza foi aos poucos se recompondo, e várias espécies de peixes foram sendo reintroduzidas nos rios. As cidades que tiveram territórios alagados foram se dedicando ao turismo, e empresários criaram hotéis e resort em um cenário onde a natureza é exuberante.
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Ocorre que, com a diminuição das águas do Paranapanema e consequente mortandade de peixes, o turista se afasta da região, provocando crise financeira e ambiental em uma área carente de recursos dos Estados de São Paulo e Paraná.
Não é só esta região que sofre as consequências da seca. A represa de Furnas opera com apenas 18% de sua capacidade, colocando em risco a distribuição de energia para o país.
Ambientalistas tem ressaltado que a região sudeste do país sofre com alterações climáticas como a falta de chuvas e altas temperaturas provocadas também pelo desmatamento na região Amazônica.
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A perspectiva ambiental para os próximos anos não é nada favorável. São necessárias a adoção de formas alternativas de geração de energia que não dependam da água dos rios e não prejudiquem a natureza e a sobrevivência dos moradores da região.
O Jornal Biz enviou diversos questionamentos à Assessoria de Comunicação da CTG Brasil, como as consequências da seca para a piracema, médias dos volumes dos reservatórios em anos passados e os motivos para o rebaixamento das represas, mas a empresa não respondeu. Sobre o aumento na vazão a CTG informou que “por determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), aumentou, no dia 2/12/2020, a vazão defluente, com vertimento, da UHE Chavantes, de 600 m³/s para 900 m³/s. E, no dia 10/12/2020, também por determinação do ONS, a empresa reduziu a vazão defluente da usina para 580 m³/s e cessou o vertimento”.
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