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por Bernardo Fellipe Seixas | Jornal Biz
Problemas com abastecimento de água, saúde, trânsito, cuidados com o meio ambiente e recuperação da economia são alguns dos problemas a enfrentar
Ourinhos comemora hoje 102 anos de emancipação política, vivendo a segunda grande epidemia de sua história. A primeira foi a gripe espanhola, que chegou ao Brasil em outubro de 1918, ano que a cidade estava nascendo. Informações sobre os efeitos da gripe espanhola na cidade foram registradas no Annuario Demographico: secção de estatística demographo-sanitaria, produzido pelo Serviço Sanitário do Estado de São Paulo. Segundo o documento, entre anos de 1918 e 1920, morreram “de 10 a 49 pessoas”. Cento e dois anos depois, os dados são mais precisos, e até a data de hoje podemos afirmar que 49 ourinhenses perderam a luta contra o coronavírus no ano de 2020.
A ferrovia chegou a Ourinhos em 1908, quando a cidade era apenas um amontoado de casebres situados em terras de propriedade do mineiro Jacinto Ferreira de Sá. As poucas casas que existiam no local quando a ferrovia aportou por aqui ofereciam pouso e comida para os tropeiros que passavam para que pudessem prosseguir viagem. Parece que a vocação da cidade para o comércio existe desde seu início. O pequeno povoado virou Distrito de paz em 1915, mas ainda era subordinado a Salto Grande do Paranapanema, de quem se emancipou em 1918.
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No decorrer das primeiras décadas a cidade progrediu, as ruas de terra foram substituídas por paralelepípedos, e posteriormente pelo asfalto. Quem chegava à cidade em suas primeiras décadas de vida comentava que aqui “tudo era vermelho” de barro e poeira. A população foi aumentando, e surgiram novos bairros, escolas e postos de saúde. Hoje possuímos duas faculdades públicas e duas particulares, e dezenas de unidades escolares. Nas últimas décadas foram criados os distritos industriais, embora esse ainda não seja um setor muito desenvolvido na cidade.
Durante muitos anos a agricultura foi o forte em nossa economia, com o café e algodão plantados no município e toda a região. A ferrovia teve papel destacado neste período de crescimento da cidade, escoando a produção e trazendo novos moradores.
Com uma população estimada hoje em 112 mil habitantes, novos investimentos imobiliários estão sendo concretizados, alterando o cenário urbano. É o caso de uma rede de supermercados que está construindo uma unidade em terreno na área central cidade. A expansão desse tipo de atividade e toda dinâmica que envolve seu funcionamento, como o aumento do fluxo de pessoas e veículos, promove também uma reconfiguração dos bairros mais próximos do centro.
Ainda convivemos com problemas estruturais como a falta d’água, apesar dos três rios que nos banham. Com uma rede de distribuição antiga e carente de manutenções, grande parte da água tratada se perde antes de chegar às casas. O trânsito também representa um desafio, já que o comércio e bancos estão situados na área central, onde ruas estreitas obrigam o ourinhense a dar voltas na praça Mello Peixoto. Com o excesso de carros em circulação, já temos horários de congestionamentos, como nas grandes cidades. Também não cuidamos como deveríamos do meio ambiente. O esgoto produzido na cidade não é tratado, nossos córregos foram canalizados sem que as margens tenham sido arborizadas e temos entulho jogados em ruas da cidade.
Como todas as cidades da região sudeste do país, estamos sofrendo com as mudanças climáticas. Com raras exceções, as ruas de Ourinhos são pouco arborizadas. Um projeto de arborização feito pela CPFL prevê a retirada de árvores de grande porte como as sibipirunas, que serão substituídas por outras menores, o que deve fazer com que a região central fique ainda mais quente.
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A pandemia do novo coronavírus provocou um ano atípico para todas as cidades brasileiras. Ourinhos completa 102 anos num momento em que o mundo procura respostas para novos desafios. A suspensão temporária de atividades comerciais provocou crise econômica e desemprego. A situação não deve ser resolvida de imediato, exigindo dos governantes políticas públicas que possam ao menos amenizar os efeitos dessa crise sanitária que já tirou a vida de quase 180 mil pessoas no Brasil.
Apesar das dificuldades, dizem que temos o por do sol mais bonito da região, e fotos de ourinhenses embasbacados com a beleza da cena são postadas nas redes sociais. Muitos moradores fazem jardins em suas calçadas ou em terrenos baldios próximos às casas. Bancos debaixo das árvores e cadeiras nas calçadas comprovam que somos um povo que faz amigos e gosta de estar juntos. Temos poucas áreas públicas de lazer, que são bastante procuradas, assim como as ciclovias que também alteraram a aridez das ruas asfaltadas e aproximaram pessoas.
O próximo ano deverá ser de reconstrução da nossa economia, e início de novos projetos. O Jornal Biz se solidariza com os familiares e amigos que perderam entes queridos na pandemia, e deseja que em 2021 a cidade busque caminhos em direção ao bem-estar de seus moradores. Nossa alegria é levar informações e boas notícias para todos.
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