Região de Ourinhos perdeu 818 empregos formais em dezembro

Imagem: rbnet

Pior resultado foi de Ipaussu, com saldo negativo de 215 demissões a mais do que contratações

O Ministério do Trabalho e do Emprego divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referentes ao mês de dezembro de 2019. Na microrregião de Ourinhos, que engloba 18 municípios, o número de empregos formais foi negativo: 1.694 admissões e 2.512 demissões, perfazendo 818 desligamentos a mais do que contratações. Deste saldo, 449 empregos foram perdidos no setor de agricultura e criação de animais. A Administração Pública vem em seguida, com menos 248 empregos.

A alta expectativa quanto às contratações para o período de fim de ano não se concretizou. Na região, a variação positiva no comércio foi de apenas 35 empregos: 460 admissões e 425 demissões.

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Proporcionalmente, as cidades que apresentaram os piores resultados foram Ipaussu (-215), Chavantes (-101), São Pedro do Turvo (-91), Bernardino de Campos (-101), Taguaí (-102), Santa Cruz do Rio Pardo (-140) e Ourinhos (-200). Apenas Timburi conseguiu saldo positivo: 24 empregos a mais do que demissões. O setor de agricultura foi responsável por 82% dessas contratações.

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Apesar da propaganda do governo federal e de alguns órgãos de imprensa insistir na ideia de que “a economia está melhorando”, o PIB do Brasil cresceu apenas 0,6% em 2019. O índice do primeiro ano do governo Bolsonaro é pior até do que o do último ano do governo Temer, quando o Produto Interno Bruto alcançou crescimento de 1,1%.

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Um levantamento divulgado pelo IBGE em agosto de 2019 mostra que o trabalho informal atingiu nível recorde, representando 41,3% da população ocupada. No trabalho informal se enquadram todas aquelas pessoas que “trabalham por conta própria” ou em subempregos. Apesar do desemprego ter recuado para 11,2% da população em novembro de 2019, após atingir 11,8% em julho (PNAD Contínua), a analista do IBGE, Adriana Beringuy considera essas oscilações dentro da média. “O movimento da carteira é positivo, mas não é suficiente para uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. A despeito dessa reação, durante todo o ano houve crescimento nas categorias relacionadas à informalidade, como conta própria e emprego sem carteira assinada”, diz Adriana.

Fonte: IBGE

Já o pesquisador Cinar Azeredo, do IBGE, acredita que o aumento do trabalho informal pode ser um indicador de reação da economia. “Nas crises de 2003 e de 2008, o mercado de trabalho começou a se recuperar a partir da informalidade, que permitiu reaquecer o mercado e, gradativamente, aquelas vagas informais foram tendo a carteira assinada. Mas essa crise de agora, além de já durar mais tempo que as anteriores, devastou muito mais postos de trabalho”, afirmou o pesquisador.

Em Ourinhos, após a frustração acerca da quantidade de empregos que seriam gerados com a abertura do Plaza Shopping (o prefeito Lucas Pocay chegou a falar em 1.000 novas vagas, mas atualmente são pouco mais de 300), a possibilidade de instalação da loja Havan reacende o ânimo de quem procura uma colocação, mesmo tendo o sonho da carteira assinada e dos direitos trabalhistas cada vez mais distantes.

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