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por Bernardo Fellipe Seixas
Estamos entre as cidades brasileiras onde a tragédia pela pandemia Covid19 atinge os piores cenários atualmente
Ourinhos está no podium. Mas não temos motivo algum para comemorar. A edição deste domingo da Folha de São Paulo trouxe matéria mostrando 15 cidades brasileiras com população maior que 100 mil habitantes com maior número de mortos e contaminados pelo coronavírus. Estamos lá, mostrando ritmo acelerado (crescimento rápido de novos casos), na mesma lista em que constam Maringá, Londrina (Paraná) e Florianópolis (capital de Santa Catarina). Das cidades do estado de São Paulo em estado de alerta além de Ourinhos constam Araraquara e Jaú.
Para informar sobre as cidades com mais mortos e contaminados durante a pandemia a pesquisa da Folha de São Paulo comparou a semana com mais mortes em dois momentos: março a outubro de 2020 (primeira fase) e o período entre novembro e esta última semana (segunda fase). Foram consideradas as cidades com mais de 100 mil habitantes, onde os dados tendem a ser mais confiáveis.
A região sul do país foi que apresentou piora nos números, onde 9 entre 10 municípios bateram o recorde de mortos em uma única semana. A cidade com maior número de mortos foi Jaú, que saiu de 1 em outubro para 14 em fevereiro.
Segundo a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo, governantes em diversas esferas se limitaram à preocupação em aumentar vagas na UTI, e com isso, “investiram na doença”. “Estamos esperando as pessoas adoecerem para dar a elas uma morte mais digna (UTI). Muitas coisas poderiam ser feitas, e o Brasil não está fazendo nada. Não é só o governo federal, é todo mundo”.
Em Ourinhos, desde o ínício da pandemia, o prefeito Lucas Pocay (PSD) tem se omitido em implementar medidas mais severas de isolamento social, já tendo desrespeitado medidas de flexibilização do governo do estado e do Ministério Público. Os decretos municipais de Lucas Pocay não proíbem as aberturas de escolas particulares e estaduais.
FESTAS CLANDESTINAS – A fiscalização municipal praticamente não existe e se limita a advertências. As pessoas, em grupos, continuam saindo de casa para fazer compras, já que os supermercados não cumprem à risca as restrições e e o comércio “não essencial”, apesar das portas fechadas, funciona e leva movimentação para a região central da cidade. O funcionamento clandestino do comercio na área central de Ourinhos pode ser comprovado, inclusive, com a falta de vagas para estacionar nas redondezas, mesmo com a vigência da faixa vermelha do Plano SP. A ACEO (Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos) incentiva desde o ano passado, através de movimentos articulados online, rebeliões contra as medidas restritivas estaduais e municipais. O Jornal Biz possui fotos e mensagens de dezenas de leitores denunciando o mesmo problema de falta de fiscalização.
Além do prefeito não querer prejuízos políticos com uma medida impopular como o fechamento radical do comércio – o lockdown – , os ourinhenses de maneira geral mostram-se indisciplinados e continuam lotando bares e realizando festas. Apesar do número crescente de mortos e o clima de medo entre as pessoas, o prefeito Pocay não manifestou solidariedade às famílias enlutadas, e continua publicando nas redes sociais como se ainda estivéssemos em posição de equilíbrio na guerra contra o Covid19.
É fácil perceber porque estamos na frente no ranking das cidades com o maior número de mortos e contaminados.
SEM AR – Após matéria publicada pelo Jornal Biz ao meio-dia de ontem (13) sobre o fim do estoque de oxigênio no Hopsital Covid e a transferência de pacientes para a UPA, a Prefeitura se pronunciou por meio de mensagem nas redes sociais, às 9h30 de hoje (14). O Poder Executivo declarou que a operação foi realizada de forma preventiva, devido ao baixo de estoque de oxigênio na unidade.
O Jornal Biz reafirma, com base em informações de familiares de dois pacientes internados, e de uma profissional de saúde que atuava no local no momento, que a medida não foi preventiva, e sim emergencial.
Segundo a nota oficial, a Prefeitura foi reabastecida com 16 cilindros de oxigênio, 16 cilindos de ar comprimido, 01 cilindro médio e 03 cilindros de oxigenio para transporte.
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