Aconteceu na manhã de hoje no ginásio da ADPM, em Ourinhos, a convenção dos nove partidos que fazem oposição ao atual governo municipal. Além dos presidentes das nove siglas, vereadores, apoiadores, o ex-prefeito Toshio Misato e o deputado federal Capitão Augusto (PL) estiveram no ato de oficialização da candidatura de professor Robson Sanches para prefeito e Dr. Salim Matar para vice.
Diferente das eleições passadas, quando os candidatos levavam apoiadores numa tentativa de demonstração de força na Convenção, desta vez a pandemia de Covid-19 fez com que poucas mesas fossem colocadas na quadra, e nas arquibancadas as pessoas também mantiveram o distanciamento.
Nos últimos dias, movimentos nos bastidores sugeriam que o PTB e o Republicanos poderiam rachar com o grupo oposicionista. O jornalista Fernando Cavezale desejava ser candidato pelo PTB, ou que seu partido indicasse o vice para Robson Sanches. Também foi ventilada a possível ida do vereador Alexandre Zóio (Republicanos) para o posto de vice do prefeito Lucas Pocay (PSD). Após intensas reuniões, Cavezale retirou sua pré-candidatura e, em nota do partido, sinalizou apoio a Robson e Dr. Salim. O presidente do Republicanos disse que o possível acerto com o prefeito era mentira. “Foi apenas mais uma fake news na tentativa de desmanchar o grupo. Nem eu nem o Zóio tivemos essa conversa com ninguém do governo. Estamos unidos”, disse Marinho Mercante. Zóio também rechaçou a ideia. “Não é verdade. Essa conversa nunca existiu”, disse o vereador que não compareceu ao evento por estar com uma forte gripe e em isolamento, com suspeita de Covid-19.
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O grupo de oposição formado por Patriotas, PSDB, PL, Republicanos, PSL, PTB, Solidariedade, PRTB e Podemos vai lançar 115 candidatos a vereador. Cícero Investigador, Flavinho e Vadinho vão tentar a reeleição.
Em entrevista ao Jornal Biz, o ex-prefeito Toshio Misato disse que “político que não faz a lição de casa não deve continuar no cargo”. Toshio lembrou que o atual prefeito tem muitas promessas não cumpridas e deixou muito a desejar em áreas consideradas prioritárias, principalmente na saúde. “Política é eleger prioridades com os olhos voltados aos que mais precisam”, disse Misato, que foi prefeito por três mandatos e detém o recorde de votos em eleições municipais. Na reeleição em 2008, Toshio obteve 38.631 votos, equivalente a 73% dos votos válidos, e derrotou Claudemir Ozório Alves da Silva.
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O deputado federal Capitão Augusto não poupou críticas a Lucas Pocay. “É um Pinóquio, mente para a população e não se aplica para resolver os principais problemas da cidade”, criticou Augusto, que lembrou um dado incômodo para o grupo adversário. “Ele e a família são políticos de um mandato só, porque a população enxerga as mentiras. Foi assim com o pai, o tio e agora ele”. A menção do deputado é sobre o histórico de derrotas eleitorais da família de Pocay. Em 1995 o então prefeito Claury Alves Silva, pai de Lucas, não podia concorrer à reeleição, e apoiou o médico Dr. Gilberto, que perdeu para Toshio. Em 2004, Claudemir Ozório, tio do atual prefeito, tentou a reeleição mas também perdeu para Toshio por uma diferença de mais de sete mil votos.
O médico e vereador Dr. Salim Matar (PSDB), candidato a vice de professor Robson, focou o discurso em sua área de atuação. “Precisamos fazer mais UBS, equipar melhor as que já existem e colocar mais médicos, para evitar filas e agilizar a solução dos problemas de saúde. A informatização da saúde é algo urgente na cidade”, disse Salim, ressaltando o atendimento para mulheres. “Sofro de ver o que enfrentam as mulheres ourinhenses que precisam de tratamento de saúde. Temos que realizar ações preventivas para mulheres a partir dos 40 anos de idade, que é quando começam a surgir algumas doenças. É possível fazer com que a estrutura da saúde de Ourinhos funcione melhor, como acontece em Votuporanga, que é uma cidade do mesmo porte”.
O professor Robson Sanches se mostrou emocionado ao iniciar seu discurso. Fez um resumo de sua história, do relacionamento com alunos, histórico político e pontuou os graves problemas da cidade. “Qual a preocupação do atual prefeito com a terrível falta de água? Está faltando remédio e muita gente não tem como comprar. Como é que pode alguém dormir tranquilo sabendo que seu povo está nessa situação?”, questionou. O agora candidato a prefeito também lembrou do excesso de cargos de confiança, que inviabilizam que investimentos sejam feitos na cidade. “É um absurdo uma cidade como Ourinhos ter quase 700 cargos de confiança. É muito mais do que Marília e Londrina juntas! Tem funcionário que só serve para fazer política, não tem comprometimento com o serviço público, e enquanto isso falta médico, falta equipamento para exame de saúde e remédios. Vamos mudar isso urgentemente”, concluiu o professor.
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