Lucas Fleury: “O Brasil da série: Quem viver, verá”

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O Brasil da série: “Quem viver, verá.”

Vivemos um período conturbado, típico das noites que antecedem as grandes revoluções, ou a decadência dos grandes impérios. Acompanhando a geopolítica, vemos o conflito entre Israel e Palestina varando todas as resoluções ou tentativas de paz da ONU, ao passo que a mídia hegemônica ocidental perde seu posto de formadora de opinião uníssona, e na Ucrânia (OTAN) versus Rússia, o clima esquentando com a verbalização de Putin ameaçando o Ocidente de extinção. Em nossa casa, o Brasil, terra dourada, essa pressão já é rotina há décadas a fio, vivemos um conflito secular, parecido também com a guerra. Porém, a peculiaridade é que conseguimos ser felizes!

É de se pensar… Como? Rondando as manchetes da semana: “STM ‘inocenta’ soldados que
executaram músico. Agiram em ‘legítima defesa’” manchete acompanha vídeo da mãe aos
prantos clamando pela justiça que não virá nessa vida. “Policial recusa a descer para buscar lanche e atira em motoboy”, permeia a questão: não desceu pra pegar o lanche, mas desceu para atirar no entregador. Mais um ato de violência mergulhado nos milhares que ocorrem no dia-a-dia em toda sociedade. Na política, extrema-direita ganha comissões importantes e permanentes do congresso nacional, como a Comissão de Educação e Comissão de Constituição e Justiça. Tecer comentários sobre os parlamentares eleitos seria transformar essa coluna em uma tragicomédia de mal gosto.

Governo Petista faz de tudo pra agradar a Direita. AGU (ministro escolhido pessoalmente por Lula) não vê motivos para cassar concessão de emissora que incentivou golpe de estado e espalhou fake News sobre vacina. Efeito multiplicador resultante da estruturação do Bolsa-família é social democracia, mas economia nacional continua conservadora e rentista, com cortinas de fumaça como a “taxação de ricos”, que só agradou a esquerda distante dos estudos de economia e não afeita a crítica de seu partido adorado. A economia petista e os famosos “voo de galinha”.

Aí podemos pensar: “A economia está crescendo, e a inflação está controlada, isso dá uma
sensação geral de ‘conforto’”. Não penso assim. Esses problemas existiam em períodos mais conturbados da economia nacional, como no desastroso, assombroso, governo anterior. Claro que a fome deixava o quadro mais assustador e desumano do que já é, e o projeto obscuro rondava nossa pátria. E no meio de uma pandemia, mostrávamos nossa resignação pela dor, agravando essa pressão.




A questão é, apesar de todos os reveses, as contradições, o sangue e a luta, se encontramos na família, no trabalho formamos outra, cantamos e dançamos como lugar nenhum do mundo! E amanhã será outro dia. É de se pensar se nosso futuro é a pressão dessa panela explodir ou simplesmente esvaziar pela válvula de escape social, mostrando um povo forjado pela resiliência e em comum acordo caminhando em Paz. Se explodir, será no limiar dessa noite que antecede as grandes revoluções. Revoluções que inclusive, sabemos fazer. Se esvair mostrará à decadência ocidental como viver melhor, e feliz. Da série: “Quem viver, verá”.

  • Lucas Fleury Moraes é formado em Pedagogia e cursa Direito pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). O email dele é lucas.fleury@hotmail.com .

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