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por Bernardo Fellipe Seixas/Jornal Biz
Morreu ontem, dia 3 de outubro em Chavantes, o escritor e agricultor Geraldo Negrão Machado, aos 98 anos. Viúvo da professora Nely Mazzante Machado, Geraldo deixa três filhos, Antonio Carlos, Cristina e Murilo, além de netos e bisnetos.
Geraldo estudou em Jaú, Botucatu e São Paulo, e cursou agronomia na ESALQ (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz/USP), embora não tenha concluído. Publicou dois livros de crônicas: “O celeiro da memória” e “Na garupa da memória”. Vivendo grande parte da vida na zona rural, próximo ao lugar onde nasceu, suas crônicas contam muito da vida da roça e seus personagens. Segundo ele dizia, “Não invento nada. Tudo o que escrevo aconteceu de verdade”.
Publicou sua primeira crônica no antigo Jornal da Divisa, aos 79 anos. Foi cronista do semanário santa-cruzense Debate durante vários anos. Foi estudioso da cultura indígena, e possuiu importante coleção de artefatos em pedra, recolhidos ao longo dos anos na região do Paranapanema. A coleção foi catalogada e doada para a Universidade de São Paulo.
Para a profa. Neusa Fleury Moraes, ex-secretária de Cultura de Ourinhos, “a região perde uma referência cultural com a morte de seu Geraldo. Era dono de uma memória prodigiosa e cultura invejável. Se não bastasse, gostava da vida e tinha imenso respeito com a natureza”. Seu sítio em Chavantes reflete a forma de viver e pensar do escritor, com respeito a áreas de reflorestamento e uso consciente do solo.
O velório foi em Chavantes, e o enterro aconteceu na tarde de hoje, às 14h30, no Cemitério de Irapé.
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