Valor de vale-alimentação tem variação de quase 70% em prefeituras da região

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por Bernardo Fellipe Seixas

Reportagem atualizada às 10:45 de 25/02/2022

Funcionários públicos municipais de Salto Grande recebem o vale-alimentação com menor valor entre os municípios pesquisados

Em tempos de crise econômica, desemprego e inflação alta, é preciso administrar muito bem os recursos para conseguir pagar as contas do mês e não entrar em dívidas. Segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o nível de endividamento médio das famílias brasileiras em 2021 fechou como o maior dos últimos 11 anos: 76,3% do total de famílias recorreram mais ao crédito para sustentar o consumo.

Com a economia do lar na ponta do lápis, auxílios, benefícios e gratificações ganham destaque em salários cada vez mais desvalorizados. Na região de Ourinhos, todas as prefeituras pagam vale-alimentação, mas não para todos os servidores. O direito ao benefício varia conforme a faixa salarial: quem está no topo da folha salarial, geralmente não recebe.

O vale-alimentação ou vale-refeição, ao contrário do vale-transporte, não é um benefício obrigatório, ou seja, não há lei que estabeleça que o empregador deva fornecer refeição ao empregado. O vale é direito apenas se determinado por Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho, ou se o empregador quiser conceder tal benefício.

O Jornal Biz pesquisou os valores de “vale-alimentação” em nove prefeituras da região. A quantia paga em cada cidade difere muito, mas não tem relação com o tamanho do orçamento ou da folha salarial. Os funcionários públicos de Chavantes recebem um vale, em dinheiro, de R$550. O valor é 67% maior do que o recebido pelos servidores de Salto Grande. O vale-alimentação com melhor valor é pago pela Prefeitura de Campos Novos Paulista, R$600 para todos os servidores concursados e cargos comissionados.

Fonte: Prefeituras Municipais | JornalBiz.com

Já Ourinhos e Santa Cruz do Rio Pardo, que detém os maiores orçamentos públicos, repassam vale-alimentação de R$321 e R$278, respectivamente. Em Santa Cruz, o prefeito Diego Singolani (PSD) autorizou, recentemente, reajuste de 16%, e o valor do benefício será de R$329 no mês de março. Para o segundo semestre, Diego planeja realizar uma remodelação do plano de cargos e carreiras do funcionalismo santacruzense, e ampliar o valor do vale sempre que houver dotação orçamentária.

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O prefeito de Bernardino de Campos, Wilson Garcia (PL), também melhorou o valor, e foi mais generoso. Ao lado de Salto Grande, os servidores de Bernardino de Campos recebiam o vale de menor valor da região, R$180. Com o reajuste autorizado por Wilson, a quantia saltou para R$300.

A diferença no valor do benefício, de cidade para cidade, é uma questão política e de gestão. O preço da cesta básica em Ourinhos, Santa Cruz ou Ibirarema não chega a variar nem 10%, embora o vale-refeição não siga essa porcentagem. Se o valor da conta dos supermercados ou restaurantes são parecidos em toda a região, a valorização dos funcionários públicos em alguns municípios se reflete na qualidade das refeições que consomem, já que os servidores conseguem adquirir mais alimentos usando o benefício.

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