Santa Cruz e São Pedro registram déficit de empregos nos seis primeiros meses de 2022

Foto: Thaís Balielo/Prefeitura de S.C.R.Pardo

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por Bernardo Fellipe Seixas

Setor da agropecuária é o maior responsável pelo desempenho negativo em Santa Cruz do Rio Pardo

Santa Cruz do Rio Pardo, São Pedro do Turvo e Timburi foram as cidades da região com resultados negativos no saldo de admissões e demissões no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho, e se referem aos seis primeiros meses de 2022. Os dados foram coletados de empresas do setor privado, com funcionários com carteira assinada.

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O desempenho ruim de Santa Cruz do Rio Pardo no primeiro semestre de 2022 se deve, principalmente, ao setor agropecuário. De janeiro a junho, o segmento demitiu 1.894 pessoas e contratou 894, com déficit de 1 mil postos de trabalho. Segundo um produtor rural ouvido pelo Jornal Biz, sob anonimato, as demissões nesse setor vem acontecendo todos os anos, e são quase na totalidade de trabalhadores da colheita de laranja. “Eles contratam no mês de julho e demitem em fevereiro e março”, informou.

CAGED 1º semestre 2022, Santa Cruz do Rio Pardo

As empresas prestadoras de serviços contribuíram para que o resultado não fosse pior, tendo saldo positivo de 329 admissões. O comércio de Santa Cruz também apresentou déficit de empregos, com 46 demissões a mais do que contratações.

Em São Pedro do Turvo, o déficit é oriundo da agricultura (-36) e indústria (-5), e o melhor resultado veio das empresas de serviços (+28).

Timburi só conseguiu “nota verde” em serviços, com saldo positivo de 22 empregos, mas computou déficit na agricultura (-17) e no comércio (-9).

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DESEMPREGO DIMINUI, INFORMALIDADE AUMENTA

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,3% no trimestre encerrado em junho – menor patamar para um segundo trimestre desde 2015, quando ficou em 8,4%) – segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de trabalho, no entanto, ainda atinge 10,1 milhões de pessoas.

A queda do desemprego é puxada pela informalidade, que atinge 40% dos trabalhadores do país. Em notícia publicada pelo portal G1, a pesquisadora Adriana Beringuy, do IBGE, destacou que o crescimento no número de trabalhadores informais é relacionado a algumas atividades do setor de serviços, como as de alimentação e beleza, que foi o mais impactado pelas medidas de isolamento social em decorrência da pandemia. Ela ressaltou os serviços prestados às famílias, que tem grande parte de trabalhadores informais.

“Isso também tem ocorrido na construção, setor com parcela significativa de informais. Então, a informalidade tem um papel importante no crescimento da ocupação”, acrescentou Adriana.

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Os números do Caged (Ministério do Trabalho) são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad (IBGE) são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

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