Pressão alta já afeta 36 milhões de brasileiros

Foto: ABC

A cardiologista Dra. Ângela, da Santa Casa de Ourinhos, alerta que a hipertensão arterial não aparece sozinha, vindo sempre acompanhada de outros fatores de risco.

A data de 26 de abril é marcada pela celebração do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, uma disfunção que, segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) , já acomete aproximadamente 36 milhões de brasileiros.

Conhecida também como pressão alta, a Hipertensão Arterial é uma das disfunções mais prevalentes na população. Se não tratada, pode causar consequências sérias que levam à incapacitação e mesmo a morte.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), no Brasil, cerca de 36 milhões (32,5%) de indivíduos adultos são hipertensos, sendo mais de 60% idosos, o que contribui direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular  devido a alterações na função do coração, o que inclui as arritmias cardíacas.

Entre 80% a 90% das mortes súbitas cardíacas (MSC) são consequência de algum tipo de arritmia. Além disso, a hipertensão é um dos principais fatores de risco para a ocorrência da fibrilação atrial, que pode estar ligada à ocorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

“Tratar a hipertensão desde o inicio é a melhor forma de evitar a progressão da doença”, diz a cardiologista Dra. Ângela. | Foto: Assessoria Santa Casa de Ourinhos

A médica cardiologista da Santa Casa de Ourinhos, Dra. Ângela Cristina Baer de Lara, falou sobre o tema. Segundo ela, em geral, a Hipertensão Arterial não aparece sozinha,  vindo sempre acompanhada de outros fatores de risco como o diabetes e dislipidemia. Tabagismo, sedentarismo, excesso de peso, histórico familiar também podem contribuir para seu surgimento.

Confira a entrevista:

O que é a Hipertensão arterial sistêmica (HAS)?

Dra. Ângela Cristina Baer de Lara – A HAS é o principal e mais prevalente fator de risco para doenças e complicações cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral e a insuficiência cardíaca. Também contribui para a insuficiência renal crônica.

Em geral, a HAS não aparece sozinha, vindo sempre acompanhada de outros fatores de risco como o diabetes e dislipidemia. Tabagismo, sedentarismo, excesso de peso, histórico familiar também podem contribuir para seu surgimento.

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Como diagnosticar a doença?

O diagnóstico e o tratamento precoces contribuem para a redução da mortalidade e do risco de doenças cardiovasculares.

O paciente deve ser considerado hipertenso, quando em mais de uma visita médica os níveis tensionais se mantiverem maiores ou iguais a 140 mmHg para pressão arterial sistólica e/ou maior ou igual a 90 mmHg para pressão arterial diastólica (14 por 9).

Claro que existem dificuldades para diagnostica a HAS, como a hipertensão do avental branco ou até o inverso, o paciente apresenta pressão arterial normal nas avaliações do consultório.

Por isso, o exame do MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) é muitas vezes usado para definir o diagnóstico e também para avaliar de forma mais segura a eficácia do tratamento anti-hipertensivo.

Quais os sintomas da pressão alta?

Em geral, os pacientes com hipertensão dita não-complicada, não apresentam sintomas.  O que pode até ser visto como uma desvantagem, pois atrasa o diagnóstico da doença.

Quando aparecem os sintomas já podem ter ocorrido lesões de órgãos-alvo, que são as retinopatias, cardiopatias, nefropatias e doenças cerebrais.

Sintomas comuns são cefaléia (dor de cabeça), alterações visuais, dor torácica, falta de ar.

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Qual o tratamento da pressão alta?

Tratar a hipertensão desde o inicio é a melhor forma de evitar a progressão da doença . E como a HAS é uma síndrome multifatorial, o tratamento tem que começar com modificação do estilo de vida.

Alimentação rica em sódio e gorduras, ausência de exercício físico regular, tabagismo, etilismo e alterações psicoemocionais, todos estes fatores tem que ser modificados, para que o tratamento seja efetivo.

A ingestão habitual de sal varia entre 9 a 12 g/dia, enquanto o considerado saudável para população em geral é de 6 g/dia. A ingestão média de sódio pelos hipertensos deve ser de 3 a 6 g nas 24 horas.

Em relação ao álcool os estudos mostram que a ingestão não de ultrapassar 20 a 30 g/dia para os homens e 10 a 20 g/dia para as mulheres.

O exercício físico recomendado é do tipo aeróbico, como andar, correr, nadar ou pedalar, sempre iniciado após avaliação do cardiologista.

A escolha do medicamento nem sempre é fácil, são inúmeras opções disponíveis e vai depender de múltiplas análises feitas pelo médico.

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Há casos de crianças com pressão alta? Como evitar que a doença desencadeie tão cedo ?

Nos mais jovens, a partir dos 30 anos, a prevalência (dados obtidos no Brasil) de hipertensão é de cerca de 30 %. Antes desta faixa etária os casos estão aumentando em consequência da obesidade infantil.  Portanto, para evitar que a doença desencadeie precocemente, em todas as faixas etárias, é necessário modificar o estilo de vida para um estilo mais saudável.

Mas também há crianças e adolescentes com doenças renais (do parênquima renal, estenose da artéria renal), doenças da glândula supra renal (hiperaldosteronismo, síndrome de Cushing, feocromocitoma) e a coarctação de aorta, necessitando  de tratamento específico.

Texto/foto: Assessoria Santa Casa de Ourinhos

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