A Polícia Federal prendeu ontem, 22, Helio Ogama, diretor-presidente da Triunfo Econorte, empresa que detém a concessão do pedágio de Jacarezinho.
A 48ª fase da Lava Jato, batizada de Integração, prendeu também Nelson Leal, diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Oscar Alberto Gayer da Silva, ex-funcionário do DER, Wellington de Melo Volpato, sócio da Eco Sul Brasil Construtora, Leonardo Guerra, administrador da empresa Rio Tibagi e Sandro Antonio de Lima, funcionário da Econorte.
Segundo o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Carlos Fernandes Santos Lima, a nova fase da operação quer mostrar “as reais causas do usuário pagar preços tão elevados pelo serviço público”.
O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, determinou o bloqueio de até R$20 milhões dos investigados. “Considerando os indícios do envolvimento dos investigados em vários episódios de intermediação de propina e de lavagem de dinheiro”, disse Moro.
Para a PF, a Econorte usou os serviços dos operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran para lavar dinheiro.
De acordo com o MPF, a Econorte recebeu cerca de R$2,3 bilhões de tarifas pagas pelos usuários entre 2005 e 2015. Pelo menos R$63 milhões foram repassados para empresas de fachada ou sociedades cuja prestação de serviço ou entrega de produtos não foi confirmada.
Pedágio de Jacarezinho custa R$20,30 e teve aumento de 5,09% em novembro, índice acima da inflação.
Defesa-padrão
Ao G1, a defesa de Hélio Ogama disse que a prisão preventiva é desnecessária e que está tendo acesso às informações da acusação.
*Com informações do G1.