A família de Vera Lucia Bernardes dos Santos, que mora há mais de 20 anos no Conjunto Orlando Quagliato, zona leste de Ourinhos, já perdeu as contas de quantos escorpiões encontrou na casa. Com a chegada do neto, há um ano e meio, resolveu apelar colocando galinhas no quintal. “As galinhas estão ajudando bem, pegam bastante. Acho que o problema maior é escorpião e aranha caranguejeira, que devem vir do mato da beira da água”, diz Vera, indicando que o córrego das Furnas, que passa em frente à sua casa, pode ser o condutor de insetos e aranhas.
Para Mariane Bernardes, filha de Vera, o problema com pernilongos se acentua em dias de muito calor e sem vento. “Até por aqui ser esquina, venta bem, mas quando fica muito parado os pernilongos aparecem. Porém, minha maior preocupação é mesmo com escorpião”.
Francisca Rabelo de Oliveira mora há 23 anos no Jardim Vale Verde, e está assustada com a quantidade de pernilongos. “Nunca vi desse jeito. De uns dois anos pra cá, a gente não vence comprar veneno e passar repelente”, diz Francisca, que redobra a atenção em roupas e calçados quando recebe os netos em casa.
“Há duas semanas o meu marido encontrou um escorpião grande no banheiro. O bueiro que fica em frente de casa está sempre entupido, e nem adianta a gente pedir para limpar”, reclama a moradora, que justifica. “Eu sempre mantenho a casa e o quintal limpos, mas o bueiro entupido faz juntar barata, que atrai escorpião”.
Sujeira e nuvem de pernilongos
Do outro lado de Ourinhos, na zona oeste, os moradores sofrem com a infestação de pernilongos. Eliane Cardoso, do Jardim Brilhante, e Aldair Pereira, do Jardim das Paineiras, usam a mesma expressão para definir a situação. “Está infestado!”
Morando há 27 anos na mesma casa, Aldair diz que nunca enfrentou um problema tão grande com pernilongos. “Parece que o bairro é um berço para mosquito. Eu converso com os vizinhos e todos dizem que suas casas estão cheias de pernilongos. O pior de tudo é que a Prefeitura não faz nada. Tinha que ter carro com “fumacê” nas ruas, operação de limpeza de terrenos, pente fino nas casas”. Usando uma raquete elétrica, ele diz que mata, todos os dias, mais de 50 pernilongos em sua casa. “Começou como uma brincadeira, mas é bem sem graça. É pernilongo que não tem fim!”
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A reportagem do Jornal Biz também esteve em residências do Jardim Cristal e Esmeralda, e confirmou que a população não está exagerando. Um morador que preferiu não se identificar disse que os pernilongos vêm de um pequeno lago que fica no meio dos eucaliptos plantados ao longo da avenida Vitalina Marcuso e da lagoa de decantação próxima da Tecnal, no Jardim Guaporé.
O local apontado pelo morador fica em uma estrada de terra que sai de frente do Ambulatório Médico de Especialidades (AME). Nossa reportagem esteve lá, e a menos de 200 metros do AME se deparou com uma cena desanimadora: uma montanha de lixo e entulho, “um berço para pernilongos”, como disse seu Aldair.
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