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por Bernardo Fellipe Seixas | Jornal Biz
Conteúdo publicado em 27 de outubro de 2017
O menino sempre foi apaixonado por futebol. Antes de ir para o campinho, tinha o hábito de assistir algum vídeo onde Ronaldinho ou Neymar estivessem jogando. Era a senha que estimulava o futuro atleta a perseguir a vitória, acalentando o sonho de um dia ser um jogador profissional.
Pedro Henrique Pires Lourenço passou a infância no Jardim Santa Fé, em Ourinhos. Estudou em escolas públicas da cidade. Foi aluno da escola Sesi, e nesse período treinou com o professor Ronnie Negrão. Também foi aluno de Márcio Puruca, do time Nova Geração, além dos treinadores Nilton Batista e Carlinhos Losano. “Eles foram essenciais para a minha formação”, confessa, agradecido.
Quando terminou o segundo grau, percebeu que para realizar o sonho da infância seria mais viável ir para o exterior. “Mandei email para uns 200 times”, conta, rindo, dizendo que um empresário respondeu pedindo que ele mandasse um vídeo. Logo depois veio o convite para fazer um teste em um time no Canadá.
“Eu tinha 19 anos. Comecei a vender o que tinha para juntar dinheiro para a viagem. Minha família tinha receio de que eu pudesse estar sendo enganado por algum empresário, de que o convite pudesse ser um golpe. Felizmente não foi”.
Depois de dois anos fora do país, Pedro se lembra das dificuldades que passou nos primeiros tempos no Canadá: “Lá é frio demais, e eu não sabia falar inglês, passei apertado…. O futebol deles é mais de força e correria, e os times são formados na maioria por estrangeiros. Eu era contratado pelo York Region Shooters. O bom é que lá é possível encontrar todo tipo de comida que tem no Brasil, e bem mais barato”.
Difícil também foi passar pelo problema de saúde causado por uma lesão no joelho. No primeiro ano vivendo fora do Brasil, Pedro precisou se submeter a uma cirurgia e ficar afastado do futebol por vários meses. “Voltei para Ourinhos o ano passado, enquanto me recuperava. Antes de voltar para o Canadá, treinei durante 40 dias com o professor Rondinelli, no Campo Miguel Cury, na vila Margarida. Ele me apoiou em um momento difícil.”
Mas a vida continuava a surpreender, e, logo depois que voltou a jogar no time canadense, Pedro recebeu outro convite. “Foi através de um amigo paraguaio que conhecia os empresários mexicanos e recebi um convite para jogar lá. Achei bom porque no México o futebol é mais popular do que no Canadá”.
E assim, em pouco tempo, ele precisou se adaptar a outro país e cultura diferentes. “Estou há dois meses no México, mas percebo que cansa mais por causa da altitude. Mas o difícil mesmo é me acostumar com a comida. Eles comem “taco” a toda hora do dia, no café da manhã, almoço ou jantar. E enchem de pimenta!”(Taco é um prato típico mexicano, com uma massa preparada com farinha de milho e recheio de carne desfiada)
Hoje Pedro Pires é contratado do Desportivo do México, mas também tem vínculo com os Leones Negros. Os treinos são puxados, de terça a sexta, e jogos acontecem duas vezes por semana. Em algumas manhãs os jogadores também participam de apresentações em escolas, para divulgar a agência à qual estão vinculados, que mantém uma Escola de Profissionalização no futebol e intercâmbio para equipes do Brasil, Paraguai, México e Estados Unidos.
“Sinto saudades da família, dos amigos e da comida brasileira. Infelizmente a imagem do Brasil no exterior não é boa. Sempre comentam sobre criminalidade e corrupção. Mas os gringos também elogiam o nosso samba e a beleza das mulheres”, diz.
Enquanto treina duro, o menino ourinhense, criado no Jardim Santa Fé, sonha em poder jogar em um time grande no Brasil. Quem sabe até participar da Seleção Brasileira?
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