Moradores da região do Max Atacadista reclamam de caminhões estacionados, sujeira e barulho

Curta o JornalBiz no Facebook Instagram Twitter




da Redação Biz

Os caminhões ficam até 12 horas aguardando para descarregar, estacionados em frente às residências

Um acidente ocorrido com um caminhão na rua Machado Florence, na vila Mano, motivou revolta entre os moradores da rua e adjacências, que reclamam de dificuldades depois da instalação do Supermercado Max Atacadista. O caminhão desgovernado desceu a rua de ré, e esmagou um carro que estava ali parado, além de derrubar árvores, poste e fios de energia e internet.

Acidente aconteceu na última terça-feira, 26, na rua Machado Florence, na vila Mano
Caminhão arrastou veículo, arrebentou fios e derrubou poste

O bairro é dos mais antigos da cidade, e os moradores ainda se lembram da antiga Sambra, fábrica de óleo que funcionou durante décadas no local onde hoje fica o Shopping. As ruas do entorno são essencialmente residenciais, e muitos dos moradores são idosos.

Com a instalação do Plaza Shopping e mais recentemente do Supermercado Max Atacadista, havia a expectativa de mudança na região, mas os moradores dizem que o sonho virou pesadelo. A rua Machado Florence tem mão dupla, é estreita, antiga, sem estrutura para um trânsito intenso como tem acontecido com a mudança de direção da rua Cardoso Ribeiro.

Caminhões não respeitam garagens mesmo com pintura de solo demarcando a área

F.M.V, policial aposentado que mora na rua José Felipe do Amaral e que não quis se identificar, disse que as irregularidades começaram com a obra do supermercado: “Não tinha hora para o barulho, nem final de semana. Fomos ficando estressados e nunca vi nenhuma fiscalização da Prefeitura para proteger os direitos dos moradores”, conta.

Ele diz que os caminhões que abastecem o Supermercado Max ficam estacionados nas ruas Machado Florence, José Felipe do Amaral e adjacências. São veículos de grande porte, que passam até 12 horas esperando estacionados em frente às residências aguardando o horário de descarregar. “Frequentemente fecham a entrada das garagens, teve um motorista que pediu que eu tirasse meu carro da rua onde estava estacionado, pois do contrário passaria por cima”, denuncia, dizendo que estacionar na contra mão virou cena comum por ali.

Além do transtorno causado por usarem a rua residencial como estacionamento de caminhões enormes, as manobras causam danos como calçadas e árvores quebradas, fios rompidos e até uma tampa de bueiro foi quebrada. “O supermercado não oferece um local para os motoristas, que acabam comendo na calçada e deixando sujeira. Usam a rua até para necessidades fisiológicas, em frente às casas”.

O funcionário público Marco Aurélio Gomes mora na rua Machado Florence, onde aconteceu o acidente, e reclama da falta de segurança. “Hoje os moradores sofrem com a falta de segurança provocada pelo tráfego intenso de caminhões. Acidentes, árvores e calçadas danificadas e fios de energia rompidos se transformaram numa rotina, além dos caminhões estacionados na contramão ou impedindo o acesso às garagens. O acidente com o caminhão desgovernado já era esperado. Será que alguém precisa morrer para que seja tomada alguma providência?”.

Os habitantes reclamam da falta de planejamento da Prefeitura com a implantação dos dois grandes comércios em região residencial e antiga da cidade.

Anuncie no Biz (14)99888-6911

Para a artesã Amanda Fávaro, as ruas estreitas do bairro não suportam o tráfego intenso dos caminhões. “Desde a inauguração, em junho, que nós moradores estamos enfrentando contratempos. Os benefícios econômicos dos empreendimentos para a cidade são inegáveis, mas tem alto custo para os moradores. As ruas estreitas não suportam o tráfego intenso de caminhões, as garagens dos moradores não são respeitadas, mesmo tendo sido pintada a faixa amarela. Ninguém se responsabiliza pelos transtornos, cabendo aos moradores arcar com os danos de um capitalismo desenfreado que escolhe por si só, calando a voz dos habitantes do até então, tranquilo e pacato bairro”.

O professor Ítalo Franciscon pede providências urgentes da Prefeitura e do comando do supermercado. “É necessário que o Poder Público tome alguma medida sobre o impacto causado pela instalação do Max Muffato na vila Mano e Boa Esperança. O grupo mostra não se interessar pelo bem estar dos vizinhos de seu empreendimento. Qual a dificuldade de criar uma área de carga e descarga que acomode os fornecedores? O órgão responsável pelo Trânsito deve avaliar a alteração do trânsito na Machado Florence. Acidentes como este tem tudo para se repetirem se as coisas continuarem como estão. Precisamos agir antes que uma fatalidade aconteça”.

Os moradores do bairro preparam um abaixo assinado que deverá ser entregue ao prefeito Lucas Pocay (PSD), pedindo mudança no estacionamento dos caminhões que servem ao Supermercado e providências quanto ao trânsito no local.

Conforme apurou o Jornal Biz em reportagem com os moradores, existe  outro problema: O Supermercado utiliza câmaras frias que ficam ligadas durante toda a noite, provocando barulho e incômodo. “Eles precisam colocar uma proteção contra esse ruído intermitente. A Prefeitura precisa fiscalizar e verificar isso também. O que era pra ser algo bom para o bairro se tornou um pesadelo”, disse F.M.V.

Segundo Cícero Aparecido da Silva, gerente geral do Max Atacadista, desde as 5h30 desta sexta-feira, um funcionário do supermercado está na área externa para receber os caminhoneiros e orientá-los como e onde estacionar. “Recebemos moradores da vizinhança e ouvimos suas reivindicações. O fiscal vai orientar os motoristas das 5h30 até meio-dia, que é o último horário para descarregar. Os caminhões só vão poder estacionar nas laterais do supermercado, e não na frente das residências”, disse Cícero ao Jornal Biz. As ruas laterais citadas são a Machado Florence e José Felipe do Amaral.

Clique e confira as ofertas

ESTEJA SEMPRE BEM INFORMADO! Envie uma mensagem do seu WhatsApp para (14)99888-6911, com nome+bairro+cidade e receba em primeira mão as notícias de Ourinhos e região.

CURTA O JORNAL BIZ NO FACEBOOK
Instagram @JornalBiz
Twitter @jornal_biz