Médico faz diagnóstico de varíola do macaco para mulher de Piraju que trabalha em Ourinhos

Paciente enviou fotos para WebTV de Piraju, que exibiu-as ao vivo

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        • por Bernardo Fellipe Seixas

Uma moradora de Piraju, de 27 anos de idade, teve confirmado o diagnóstico para varíola do macaco (B.04). Ela trabalha em Ourinhos, e o atestado com a informação foi dado por um médico da Unidade de Saúde Tiribiçá II, de Piraju. A informação foi divulgada com exclusividade pelo apresentador Anderson Moreira, da WebTV MaterDei, de Piraju, no início da tarde desta terça-feira (12).

Reprodução Facebook

Durante o noticiário, que teve início ao meio-dia, Anderson conversou ao vivo com a mulher infectada, resguardando seu nome verdadeiro. Ela está em total isolamento domiciliar desde o dia 4, e disse que inicialmente realizou testes para outras patologias. A Organização Mundial de Saúde relata que a transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. Ainda segundo o órgão máximo da saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

“No dia 28 surgiram duas manchinhas pequenas, que de início pareciam apenas picadas de insetos. No dia seguinte já tinha tomado todo o antebraço direito e o abdômem. A primeira suspeita foi de dengue, mas descartada. Como os sintomas persistiram, procurei o posto de saúde no dia 4, em Ourinhos, onde trabalho”, relatou a mulher ao apresentador.

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Segundo a vítima, o médico desconfiou de que poderia ser a varíola do macaco, e que ele já estava estudando sobre a doença há alguns dias, imaginando que o vírus não demoraria a chegar em cidades da região. “Para o meu azar, chegou comigo”, disse a mulher, que se mostrou assustada. “Não faço parte do grupo comum de transmissão, então não conseguimos descobrir como aconteceu a contaminação. Eu trabalho com pessoas que viajam o tempo todo para São Paulo, mas não imaginava que já havia um surto lá”.

Reprodução Facebook

O médico Dr. Carlos Alessandro Pereira Tavares assinou o atestado médico sugerindo 14 dias de afastamento do trabalho. A mulher infectada está fazendo o isolamento por conta própria, sem receber nenhuma recomendação dos órgãos de saúde. “Um descaso total. Pediram fotos e nunca mais fui procurada. Na Vigilância de Ourinhos recebi um pouco de atenção”.

Até agora não foi feita coleta para envio de amostra para o Instituto Adolfo Lutz. A vítima também reclama das dificuldades para ter atendimento com dermatologista. “Não posso pegar um ônibus de linha, cheio de gente, ou em um carro com outras pessoas, e ir. Em nenhum momento disponibilizaram um veículo para eu fazer o exame”, reclamou.

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A vítima diz que as feridas continuam aparecendo e causam muita dor, mas não tem febre, e não está tomando nenhum medicamento. “Só não tenho feridas nas costas, nas palmas das mãos e solas dos pés”.

Na conversa com Anderson, ela relatou medo de perder o emprego e dúvidas quanto ao período de afastamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a transmissão da varíola do macaco pode ocorrer entre 5 e 21 dias. Por mais de uma vez, a vítima clamou por melhor atendimento da Saúde de Piraju com informações sobre tratamento e para o transporte e coleta para exame.

Segundo notícia publicada ontem (11) pela Agência Brasil, o país já tem 219 casos confirmados de varíola dos macacos, sendo 158 no estado de São Paulo.

Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde de Ourinhos não se manifestou sobre o caso.

O primeiro caso de varíola do macaco registrado no Brasil aconteceu em São Paulo, em 8 de junho de 2022. O paciente foi um homem de 41 anos, que havia chegado recentemente da Espanha | Foto: Saúde.org.br

Sobre a varíola dos macacos

(fonte Ministério da Saúde)

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.




A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ​​ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

Sintomas:

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.




Casos confirmados ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por meio do exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real e/ou sequenciamento.

O surto de varíola dos macacos, que já foi confirmado em 16 países e várias regiões do mundo, ainda pode ser controlado e a OMS garantiu, na terça-feira (24/5/22), que o risco de transmissão é baixo.

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Vacinas – A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos, mas a OMS explicou que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.

A agência trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola para ver se precisam ser atualizados.

A prevenção e o controle dependem da conscientização das comunidades e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão.

Confira abaixo atualização sobre esse caso:

Mulher de Piraju com suspeita de varíola dos macacos tem exame negativo, aponta Instituto Adolfo Lutz

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