Funcionários com filhos com necessidades especiais podem ter jornada de trabalho diminuída

Alexandre Zóio (vereador), Vera Lúcia (diretora Apae) e Euclides Spiller (presidente Apae)

Um requerimento apresentado por dois vereadores na última sessão da Câmara propõe a diminuição da jornada de trabalho de funcionários públicos que tenham sob sua dependência filhos com necessidades especiais, naturais ou adotivos.

Mãe empurra cadeira de rodas da filha Vitória | Foto: Genival Moura – G1

O nascimento de um filho traz mudanças emocionais e financeiras na vida dos pais. Se a criança nasce com alguma deficiência física ou intelectual, as dificuldades são muito maiores, e envolvem toda a família.

A proposta é um avanço, pois é o reconhecimento do poder público a respeito de dificuldades que essas famílias conhecem de perto. Para que possa desenvolver suas potencialidades e ser inserida na sociedade, uma criança com necessidades especiais precisa de estímulos, amparo familiar e cuidados médicos. Frequentemente a rotina inclui idas ao fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapias ocupacionais, escolas especiais e cuidados constantes. Se os pais não contam com ajuda de familiares ou amigos a situação pode ficar muito difícil.

Vera Lúcia, ao centro, apóia a iniciativa da Câmara de Vereadores

Diretora da APAE de Ourinhos há muitos anos, Vera Lúcia Ferreira vivencia as dificuldades vividas pelos tutores das crianças e apóia a iniciativa. “Essa é uma questão que tratamos há muito tempo. Nós temos todo um cronograma para atender o pai, a mãe ou o responsável que tem que trabalhar. Precisamos conciliar os horários para não prejudicar a relação do responsável pela pessoa com necessidades especiais em seu trabalho”, diz Vera, lembrando que a regulamentação da jornada será para os pais, mas os benefícios serão sentidos pelas crianças que vão poder desfrutar de mais atenção de sua família.

Segundo o presidente da Câmara Alexandre Zóio (PRB), autor do Requerimento ao lado vereador Anísio Felicetti (PR), o projeto é visto com bons olhos pelo prefeito Lucas Pocay (PSD). “Agora que foi aprovado na Câmara por unanimidade, o documento segue para o prefeito, e é ele quem vai regulamentar. O Lucas já demonstrou sensibilidade para a causa, e deve formalizar a lei ainda esse ano”, diz Zóio, que é advogado voluntário da APAE há 10 anos.

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