Denúncia: Câmara de Ourinhos paga despesas com energia elétrica de manifestantes antidemocráticos

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por Bernardo Fellipe Seixas | Jornal Biz

Vestidos de verde e amarelo, os militantes não aceitam a vitória do presidente Lula e pedem intervenção militar

Se você acha que sua conta de luz está cara, saiba que está financiando também a energia utilizada pelos grupos de manifestantes vestidos de verde e amarelo em Ourinhos.

O Jornal Biz recebeu um vídeo denunciando (veja ao final do texto) que a energia utilizada nas barracas montadas em terreno ao lado da Câmara Municipal está sendo retirada diretamente do relógio de luz da sede do legislativo ourinhense, que também facilita para que os manifestantes utilizem os banheiros do prédio. Como os recursos da Câmara saem do orçamento municipal, quem está pagando a conta somos você e eu, munícipes ourinhenses.

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Desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o resultado do segundo turno das eleições, grupos bolsonaristas que não aceitam a vitória do presidente Lula resolveram bloquear estradas e acampar em frente aos quartéis ou sedes dos Tiros de Guerra. De início, diziam que as urnas eletrônicas haviam sido fraudadas, e que a vitória de Lula era uma farsa. Um relatório publicado pelas Forças Armadas afirmou a veracidade do resultado, e a lisura no funcionamento das urnas eletrônicas. Não foi o suficiente para sossegar os manifestantes ourinhenses, que continuaram em frente ao Tiro de Guerra, agora exigindo intervenção militar. Um vídeo que viralizou na internet mostra seguidores bolsonaristas, de mãos em riste, gritando “Eu autorizo!”, referindo-se à ingerência dos militares no governo brasileiro. O comportamento desses grupos em diferentes regiões do país é bastante parecido: Às vezes parecem entrar em transe, marchando de maneira desconjuntada ao som de uma única trilha sonora, com gravação de todos os hinos pátrios, outras vezes se desesperando gritando contra o comunismo.

Quem financia esses grupos, além da população ourinhense que paga as despesas de energia elétrica? Alguns empresários fizeram questão de não se esconder, como num vídeo em que um funcionário da Usina São Luiz dos Irmãos Quagliato aparece com carro da empresa lotado de carne para o churrasco que acontece nas barracas, ou o caminhão da Empresa Zanutto com o guincho ostentando a bandeira brasileira. Sem contar o Sindicato Rural de Ourinhos (SRO), onde seu vaidoso presidente Luiz Eduardo Bicudo Ferrado, o Brigadeiro, figura presente, discursando a favor da democracia, enquanto incita os manifestantes a não aceitarem o resultado das urnas. Outros homens de negócios participam da “vaquinha” para garantir as barracas, banheiro químico, mesas, cadeiras, café, alimentação e cerveja para os “patriotas”. No desembarque de carnes em acampamento ás margens da rodovia Raposo Tavares, o presidente do SRO se gaba de que a refeição seria “só picanha”.

Apesar dos manifestantes continuarem acampados há mais de 10 dias com discursos antidemocráticos, o prefeito Lucas Pocay (PSD) faz de conta que nada está acontecendo. Alguns dias antes do segundo turno das eleições Pocay postou em suas redes sociais foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), divulgando sua preferência nas eleições. Talvez isso explique a omissão.

Apesar do movimento ser considerado golpista e antidemocrático por pedir “intervenção militar” e atentar contra a Constituição, e questionar as urnas eletrônicas que foram fiscalizadas devidamente durante todo o processo eleitoral, não temos notícias de que o Ministério Público da cidade tenha tomado alguma providência quanto aos bloqueios nas estradas ou ao acampamento montado ao lado da sede do poder Legislativo ourinhense.

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Outra grave omissão das autoridades da cidade foi com relação à “lista negra” formada por estabelecimentos comerciais cujos proprietários apoiaram Lula (PT). A lista que correu nos grupos de WhatsApp pede que as pessoas não comprem nada desses locais, consistindo em prática semelhante adotada pelo nazismo. Apenas o presidente do Sindicato dos Empregados no Comérgio (Sincomerciários), Aparecido Bruzarrosco, publicou um texto repudiando a atitude fascista. Nem o MP ourinhense ou tampouco o prefeito Lucas Pocay se manifestaram sobre o assunto.

É compreensível que militantes ligados a grupos de esquerda em Ourinhos tenham encaminhado denúncias sobre as manifestações golpistas diretamente ao Ministério Público Estadual, preferindo não reivindicar junto às autoridades do município.

Em Santa Cruz do Rio Pardo, ao contrário, o MP recebeu uma série de denúncias, a maioria anônimas, sobre a participação de pessoas nesses atos, e, segundo publicação do Jornal Debate de 13 de novembro, pediu investigação ao Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e para o Núcleo de Inteligência e Gestão do Conhecimento do MP Paulista. Além disso, cópia da denúncia foi remetida ao Ministério Público Federal de Ourinhos. As pessoas envolvidas já foram identificadas.

Se os manifestantes “paus mandados” de ricos empresários se acham no dever se cumprir uma “missão patriótica”, o mesmo não acontece com quem mora perto do “acampamento” em Ourinhos. Os vizinhos reclamam da execução dos hinos em alto volume o dia todo, o que dificulta tarefas online ou a concentração para o trabalho. O Jornal Biz também recebeu queixas de que os manifestantes jogam lixo nas ruas e até recipientes como copos e marmitas descartáveis nas margens do córrego que existe atrás do prédio da Câmara.

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Aos Ministérios Públicos de Ourinhos e às autoridades estaduais cabe investigar os atos golpistas e as manifestações que continuam acontecendo.  Aos ourinhenses, a Câmara deve uma resposta: Qual o motivo para financiar com recursos públicos as despesas de energia elétrica para grupos antidemocráticos? O presidente Santiago deve explicações à população.

CLIQUE AQUI PARA VER O VÍDEO comprova o “gato” de energia da Câmara Municipal de Ourinhos para a barraca de manifestantes antidemocráticos.

Clique para ver o vídeo

Enquetes: Como você avalia o trabalho do prefeito Lucas Pocay, secretários municipais e vereadores? Vote.

 

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