Brasil deve continuar sem horário de verão em 2023

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Com informações da EBC e G1

Setor de bares e restaurantes pede que Governo Lula implante novamente o horário de verão, extinto em 2019 por Jair Bolsonaro

O Ministério de Minas e Energia (MME) avaliou não ser necessário, por enquanto, a implantação do Horário de Verão em 2023. “Em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo, os dados não apontam, até o momento, para nenhuma necessidade de implementação do horário de verão”, disse a pasta, em nota.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro nas regiões Sul, Norte, Sudeste e Centro-Oeste, o que representa estabilidade no sistema. O ONS também ressalta que o período tipicamente seco está próximo do seu encerramento.

Criado em 1931, o horário de verão foi extinto em 2019 pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com base em estudos que apontaram a pouca efetividade na economia energética. A gestão da época também se baseou em estudos da área da saúde sobre os impactos da mudança no relógio biológico das pessoas.




Quando foi criado, o adiantamento do relógio em uma hora entre os meses de outubro e fevereiro tinha por objetivo reduzir o consumo de energia elétrica durante o horário de pico, que costumava ser em torno das 18h, e trazer economia de energia com maior utilização da iluminação natural. No entanto, nos últimos anos, o Ministério de Minas e Energia constatou mudanças no horário de pico, com maior consumo de energia no período da tarde, principalmente por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar condicionado.

Setor de bares e restaurantes pede o retorno do horário de verão

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) informou que enviou nesta sexta-feira (22) uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o retorno do horário de verão, que está suspenso por decreto desde 2019.




O documento também foi enviado ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e ao ministro do Turismo, Celso Sabino.

Segundo a entidade, o horário de verão gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com alta estimada de 10% a 15%.

“No momento em que o setor ainda se recupera dos prejuízos causados pela pandemia, a implementação da medida beneficiaria um setor que gera renda direta para mais de 7 milhões de brasileiros e tem cerca de 1,5 milhão de empreendimentos no país”, acrescentou a Abrasel.

A Abrasel argumenta também que a medida “movimentará a economia, principalmente no comércio e no turismo, uma vez que os turistas tendem a aproveitar melhor os destinos, estendendo suas atividades até mais tarde”.

“O retorno do horário de verão proporcionaria mais tempo de luz natural durante os dias, o que favorece o consumo e a frequência de clientes nos estabelecimentos, além de trazer mais movimento e segurança às cidades de um modo geral”, avaliou Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

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