Curta o JornalBiz no Facebook Instagram Twitter
por Redação Biz
A mistura de terra com areia é remexida como se fosse uma massa de bolo. É preciso chegar ao ponto certo para envolver completamente as raízes da planta. A produção de um kokedama passa por várias etapas, da escolha da muda ao traçado final feito com barbante, garantindo a harmoniosa composição do arranjo.
Neusa Fleury e Marco Aurélio cultivam o mesmo gosto por plantas e jardins, e descobriram essa arte de origem japonesa, ainda pouco conhecida em Ourinhos, há cerca de um ano. De lá pra cá, entre leituras e pesquisas na Internet, o que era um simples interesse acabou se tornando uma prática rotineira, e hoje ocupa suas vidas com muita criatividade e prazer.
Há pouca informação sobre a origem do Kokedama, cujo termo é a união das palavras Koke (bola) e Dama (musgo). Portanto, a palavra kokedama pode ser traduzida como “bola de musgo”. Sabe-se que se tornou muito popular no Japão no século 15 e é considerada uma vertente do bonsai. A técnica consiste no cultivo de plantas com a utilização de um substrato (terra, areia e adubo), revestido com uma camada de musgo, conferindo ao arranjo um formato esférico. Não são utilizados vasos e o musgo garante a umidade necessária. Os kokedamas podem ser suspensos, ou acomodados em suportes de madeira, ferro ou cerâmica.
Mas o processo de criação do arranjo envolve muito mais do que o simples plantio de uma muda: “Criar um kokedama é um exercício que desperta vários sentidos, desde a percepção da consistência da mistura e a modelagem cuidadosa que vai conferindo seu formato, até o acabamento final, que deve resultar num conjunto harmonioso. É um exercício do olhar”, diz Marco Aurélio.
Marco e Neusa se conhecem há bastante tempo e trabalharam juntos por muitos anos na área cultural. Ela foi secretária de Cultura em várias gestões, enquanto ele é responsável pela biblioteca do Centro Cultural Tom Jobim. Hoje eles compartilham suas vidas e essa nova experiência surgiu também em função da pandemia que atingiu de forma significativa o Brasil. A tragédia que ainda provoca a morte de centenas de pessoas todos os dias, também gerou a necessidade de uma reflexão sobre a postura com relação aos outros e com o ambiente que vivemos. Reinventar-se se tornou uma palavra chave nesses novos tempos, e a criatividade da dupla permitiu novas descobertas. Para Neusa Fleury, “Sinto necessidade de perceber a beleza e harmonia, que andam escondidas. Além da tragédia da pandemia, o Brasil passa por um retrocesso civilizatório provocado por um governo desastroso. No meio disso, criar e observar a beleza de um kokedama é um alívio, faz bem à alma”.
Percebendo o interesse das pessoas pelos arranjos, eles resolveram comercializar sua produção, o que resultou no surgimento da “Casa do Kokedama”. “Não possuímos um espaço físico, e observando os cuidados sanitários em função da pandemia, as pessoas podem realizar seus pedidos através das redes sociais, onde são postadas fotos da nossa produção”, explica Marco Aurélio.
Neusa Fleury esclarece que é possível fazer Kokedamas utilizando diversas espécies de plantas, como mini antúrio, comigo-ninguém-pode, lírio, dracena, hera, orquídeas e suculentas: “Cada espécie possui suas peculiaridades e a manutenção é realizada conforme a necessidade da planta”. Por sua delicadeza, os kokedamas podem compor diferentes ambientes, e sua beleza pode enriquecer desde o jardim de casa até um ambiente comercial.
Para o Dia Mulher, a Casa do Kokedama vai lançar uma promoção de kokedamas de mini antúrio, uma espécie muito apreciada e que convive bem em ambientes com sombra, mas bem iluminado. Para conhecer a produção e obter mais informações, basta acessar Casa do Kokedama no Facebook ou no Instagram.
CONTINUE BEM INFORMADO! Envie a mensagem “Quero notícias do Jornal Biz + seu nome” do seu WhatsApp para (14)99888-6911 e receba em primeira mão as notícias de Ourinhos e região.
CURTA O JORNAL BIZ NO FACEBOOK
Instagram @JornalBiz
Twitter @jornal_biz