A força da mulher que mudou a história de Ourinhos

Curta o JornalBiz no Facebook Instagram Twitter YouTube



Crônica de Luiz Carlos Seixas

São tantos os candidatos, é tanta poluição visual e sonora, que perdi essa da Raquel Spada. Tomando o para-brisa traseiro de um carro estacionado (adivinha onde?) em frente a uma das secretarias municipais na Avenida Antônio de Almeida Leite, que o prefeito deve ter colocado ali porque ali o aluguel é mais caro, a sorridente Raquel e seu slogan de campanha: “A força da mulher que mudou a história de Ourinhos”.

Há oito anos, Raquel Spada elegeu-se vereadora por uma dessas igrejas pentecostais. Precisa desenhar? Elegeu-se pelo simples fato de que era evangélica, até 2016. Então, Raquel virou também política. Reeleita em 2020, trocou a cadeira de vereadora pela de secretária de governo a convite de Lucas Pocay. Agora, em 2024, acaba de se eleger para um terceiro mandato. A única mulher dentre os 15 vereadores, embora tenha tido 401 votos a menos do que Roberta Stopa, não reeleita por causa das regras do jogo.

Feita a apresentação da “mulher que mudou a história de Ourinhos”, é de se perguntar: Que página da história ela teria mudado? Que parágrafo, que linha? Qual dos livros escritos sobre a história de Ourinhos ela teria corrigido? Aliás, qual livro sobre a história de Ourinhos Raquel Spada leu na vida?

Como diz o ditado, o papel aceita tudo. E eu diria mais: para-brisa de carro também. E para essa gente que gosta de mudar a história, ou entrar para a história como o maior, como o melhor, os nossos linguistas bem que podiam ressuscitar a palavra estória, que os antigos usavam para referir-se a narrativas não verdadeiras ou ficcionais.

CURTA O JORNAL BIZ NO FACEBOOK
Instagram @JornalBiz

Inscreva-se no canal Jornal Biz no Youtube