Se você imagina que uma cidade limpa é aquela sem sujeira nas ruas e com praças e espaços públicos bem cuidados, acertou.
Mas não é só isso. Existe outra forma de sujeira que chamamos de “poluição visual”, e disso Ourinhos também está cheia.
No centro e nos bairros, percebe-se que não existe orientação ou fiscalização para colocação de faixas, cavaletes nas calçadas e placas em postes.
Esse exagero de cartazes, placas e anúncios publicitários provoca cansaço visual pelo excesso de informações. Sem falar que muitas vezes divulgam eventos ou campanhas que já aconteceram, mas ninguém se encarrega de recolher esse material. Além disso, os cavaletes colocados nas calçadas são obstáculos para pedestres, prejudicando a acessibilidade e facilitando acidentes.
Além da poluição visual causada pelo excesso de placas, faixas e banners no centro, os ourinhenses convivem com outra praga: a poluição sonora dos carros de som. Sem fiscalização eficiente, esses veículos trafegam pelo centro com volume acima do permitido. Somada à poluição visual, essas “sujeiras” incomodam e causam sensação de desconforto.
Algumas cidades conseguiram resolver esse problema disciplinando e fiscalizando o uso de material publicitário e de divulgação, especificando tamanhos e locais onde é permitida sua colocação. São Paulo, Ribeirão Preto, Caxias do Sul e Londrina são alguns dos municípios que implantaram o Projeto Cidade Limpa, e hoje os moradores comemoram os resultados positivos.
Em São Paulo o projeto Cidade Limpa foi implantado em 2006 pelo então prefeito Gilberto Kassab, fundador do Partido Social Democrático (PSD), mesmo partido do atual prefeito de Ourinhos. Os comerciantes tiveram um prazo para se adaptar às novas normas. A diferença foi visível, e os paulistanos aplaudiram o projeto.
Em Londrina a Lei Cidade Limpa foi sancionada em 2010, mas demorou algum tempo para ser implementada. A Prefeitura elaborou uma cartilha explicando aos comerciantes de que forma poderiam fazer a publicidade, dando um prazo que se adaptassem à nova legislação. Com a retirada dos painéis das fachadas dos prédios do centro, os londrinenses descobriram uma nova cidade, formada pela arquitetura original, marcada pelas formas geométricas e onduladas, balcões nas janelas e pequenas varandas em edifícios.
Em Ourinhos, além da sujeira que se acumula nas ruas e terrenos baldios, o uso indiscriminado e a falta de fiscalização na colocação de cartazes, faixas e cavaletes também colaboram para que a cidade esteja com um ar de sujeira e abandono.
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