Ricardo Simões se recusa a depor na CPI Delfim Verde

Ricardo Simões, da Delfim Verde. | Imagem: captura de tela vídeo TV San

Estava marcado para as 9 horas de hoje o depoimento do empresário Ricardo Simões na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que leva o nome de sua empresa, a Delfim Verde. Ricardo foi abordado por veículos de imprensa em frente à Câmara Municipal de Ourinhos, e recusou-se a depor na CPI devido à presença de um advogado da parte de defesa. “Entendo que essas partes não tem o direito de participar da reunião. O presidente da CPI pode pedir para que eu entre coercitivamente. Vai até o Fórum, fala com a juíza, ela determina. Se não concordar com a juíza, eu recorro”, disse Ricardo para repórteres.

Ricardo chegou a entrar no prédio da Câmara, mas quando o vereador Cícero Investigador (Republicanos), presidente da CPI, pediu que tomasse acento para o início da reunião, Simões recusou. Cícero pediu que o depoente declarasse formalmente o que estava acontecendo, no entanto o empresário se negou mais uma vez. O presidente da CPI solicitou, então, que Ricardo assinasse um termo contendo as razões de não querer depor, mas também foi recusado. “A lei assegura o direito da presença do advogado de defesa do Sr. Osvaldino, que é citado na denúncia”, explicou Cícero.

O vereador declarou que todas as medidas legais para a continuidade dos trabalhos da CPI já estão sendo tomadas. “Não são esses empecilhos armados que me farão desistir de apurar os fatos. Não esperava nada fácil quando assumi a presidência da Comissão. Vamos apurar a denúncia, independente de quem sejam os envolvidos, e vale lembrar que a denúncia é de responsabilidade de quem a fez”.

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Desde 24 de maio, quando o Jornal Debate teve acesso à denúncia e publicou reportagem, Ricardo tem dado inúmeras entrevistas à imprensa. A cada conversa, novas contradições, o que deixa cada vez mais confuso o caso que teve início quando o próprio registrou queixa à Polícia Federal (PF), em Marília, sobre atos ilícitos praticados por agentes públicos em processo de dação de pagamento em dívida de sua empresa.

Na manhã de hoje, defronte à Câmara, Simões entrou em conflito até com o advogado nomeado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e que o acompanhou no momento do registro da denúncia na PF em Marília.

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Ricardo, que tem 69 anos de idade, disse que está com problemas na visão e não consegue ler documentos, e mencionou a doença de Alzheimer mais de uma vez. “Eu estou ficando velho, Alzheimer, sabe?”, disse ao repórter Alexandre Mansinho, da TV San, quando perguntado se ele havia sofrido extorsão por parte de Pedro Vinha.

Os sites Negocião, TV San e Passando a Régua transmitiram a entrevista ao vivo por mais de 20 minutos, em suas redes sociais. Mesmo em perguntas simples e objetivas Simões se esquivou, desviando o foco para outros assuntos.

A recusa em depor na CPI é um claro sinal de que o empresário está “ganhando tempo”. Resta descobrir o motivo.

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