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por Bernardo Fellipe Seixas / Jornal Biz
Decisão do prefeito Lucas Pocay reflete desconexão com a realidade e falta de zelo com dinheiro público
Em um exemplo de mau uso do dinheiro público, a gestão do prefeito Lucas Pocay (PSD) aprovou o gasto de R$364 mil para a locação de brinquedos infláveis, picolés, algodão doce e outros itens para eventos. O investimento, registrado no Diário Oficial de Ourinhos no dia 2 de agosto, levanta sérias questões sobre as prioridades da administração, especialmente em pleno período eleitoral.
Uma pesquisa simples revela que os valores pagos pela prefeitura ultrapassam, e muito, a média de mercado. Enquanto em São Paulo a diária de um touro mecânico custa cerca de R$850, em Ourinhos, o gasto reservado para o mesmo item é de R$70 mil. Da mesma forma, tobogãs infláveis, com preços a partir de R$250 na capital, e camas elásticas, cotadas entre R$140 e R$250, indicam que os valores praticados pela gestão local podem estar consideravelmente inflacionados.
Este gasto é ainda mais questionável diante do contexto social e econômico atual. Em vez de destinar recursos para áreas cruciais como saúde e educação, a administração municipal opta por investir em entretenimento passageiro e de baixa relevância para o bem-estar da população. Tal decisão, além de irresponsável, sugere uma tentativa de agradar o eleitorado com ações superficiais e de efeito efêmero.
Em um período de desafios econômicos, é inadmissível que o dinheiro público seja desperdiçado em frivolidades. A gestão de Lucas Pocay demonstra uma preocupante desconexão com as reais necessidades do município, priorizando medidas de impacto momentâneo em detrimento de políticas públicas duradouras. Este episódio é mais um reflexo de um padrão recorrente de má gestão dos recursos públicos, que deve ser alvo de questionamento pelos vereadores e órgãos de controle, antes que os cofres do município sejam mais uma vez dilapidados em ações que não trazem qualquer benefício real à sociedade.
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