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por Bernardo Fellipe Seixas / Jornal Biz
Cidade fica aquém de suas expectativas e se distancia de outras localidades do mesmo porte
No início deste mês, o Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (IOEB) de 2023 foi divulgado, trazendo resultados preocupantes para a população de Ourinhos. A “nota” da cidade regrediu, colocando-a atrás de Santa Cruz do Rio Pardo e Espírito Santo do Turvo, e empatando com Salto Grande e Ribeirão do Sul.
Desenvolvido pela Gestão Institucional Roda Criativa desde 2015, o IOEB é um indicador que avalia as oportunidades educacionais oferecidas em distintas localidades do Brasil. Ele considera tanto as redes públicas quanto as privadas, abrangendo também crianças que estão fora da escola. O IOEB analisa a qualidade da educação em cada território, levando em consideração não apenas os resultados dos alunos, mas também aspectos sistêmicos.
Dessa forma, permite uma comparação sobre como cada localidade garante oportunidades educacionais, concentrando-se na contribuição do sistema educacional para os estudantes, em vez do que os alunos trazem para o sistema.
Infelizmente, Ourinhos tem enfrentado dificuldades em evoluir desde a criação do índice, em 2015. Após um pequeno salto de 5 para 5,3 em 2019 e posteriormente para 5,6 em 2021, a educação na cidade deu um passo atrás em 2023, pontuando com uma nota de 5,3.
Além disso, é preocupante constatar que o IOEB de Ourinhos também fica abaixo da média do estado de São Paulo, que é de 5,5. Comparando com cidades de porte semelhante, como Avaré (5,4), Botucatu (5,4) e Votuporanga (5,5), fica evidente que Ourinhos está se distanciando de outras localidades que conseguiram oferecer um ambiente educacional mais propício para seus estudantes.
A regressão no IOEB de Ourinhos é um alerta para a necessidade de medidas urgentes e efetivas por parte das autoridades educacionais e dos gestores públicos da cidade. É fundamental identificar as deficiências do sistema educacional local e implementar ações urgentes que visem a melhoria da qualidade da educação, levando em consideração tanto os aspectos estruturais quanto os pedagógicos.
Apesar do prefeito Lucas Pocay (PSD) propagar que “a educação em Ourinhos é referência”, os dados mostram o contrário. Mesmo tendo um vice-prefeito que é profissional da Educação, o setor em seu mandato não progrediu. Em quase oito anos comandando a Prefeitura, Pocay não construiu nenhuma escola ou creche. Nas redes sociais, inúmeras reclamações sobre instalações precárias, falta de manutenção e equipamentos básicos nas escolas. As pautas das sessões da Câmara Municipal, frequentemente com requerimentos e indicações (alguns até de vereadores da base governista) clamando por serviços essenciais, também comprovam que a Prefeitura de Ourinhos deixa a desejar nesse setor.
A educação é um pilar fundamental para o progresso social e econômico de uma comunidade, e é necessário que sejam direcionados esforços contínuos para garantir oportunidades de aprendizado de qualidade a todos os estudantes. Ourinhos precisa redobrar seus esforços, investindo em recursos, formação e capacitação permanente de professores e implementação de políticas educacionais inovadoras, para que possa avançar e proporcionar um futuro promissor para seus jovens. Somente assim será possível reverter esse cenário preocupante e colocar a cidade no caminho do desenvolvimento educacional que seus cidadãos merecem.
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