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por Bernardo Fellipe Seixas / Jornal Biz
Progressistas e conservadores se preparam para a disputa pela prefeitura da cidade
O cenário político para as eleições municipais de outubro na cidade de Ourinhos está começando a tomar forma. Diferentemente do pleito de 2020, onde o atual prefeito Lucas Pocay (PSD) disputou a reeleição contra apenas um adversário, até o momento quatro nomes, todos homens, já se manifestaram publicamente como pré-candidatos à prefeitura.
No campo progressista, dois nomes despontam como pré-candidatos: Mário Ferreira (Rede) e o ex-vereador Antonio Amaral Junior, conhecido como Toninho do PT. Mário Ferreira já disputou as eleições de 2016 pelo PT, ficando em terceiro lugar. Toninho também tentou a cadeira de prefeito em 2012, terminando na terceira colocação. Ambos buscam uma nova oportunidade nas urnas para conquistar a prefeitura de Ourinhos.
Essa será a primeira eleição de Mário fora do PT, partido ao qual esteve filiado por três décadas e do qual pediu desfiliação no final de novembro passado. Ele contará com o apoio do PSOL e do Coletivo Enfrente, numa frente partidária que pode ser definida como de esquerda. Já Toninho terá o suporte do PV, configurando uma chapa de centro esquerda.
No campo conservador, os partidos do centrão e da direita estão divididos entre as candidaturas de Caio Lima e Guilherme Gonçalves. Caio, além de contar com a força da máquina pública, terá em sua coligação os candidatos a vereador do PSD, MDB, Cidadania e PSB. Apesar de ter origem socialista, o PSB de Ourinhos abraçou nomes com posições conservadoras, como os vereadores Eder Mota e Anísio Felicetti. O Cidadania, liderado pelo vereador Santiago Lucas, é uma sigla sem identidade clara, cujo posicionamento varia conforme o humor do seu líder nacional, Roberto Freire.
Dos atuais 15 vereadores de Ourinhos, nove estarão na coligação de apoio a Caio Lima: Alexandre Enfermeiro, Anísio Felicetti, Eder Motta, Ederson Kitta, Fernando Seco, Furna, Borjão, Raquel Spada e Santiago. O vice de Caio deverá ser Dr. Ferreirinha, que já ocupou o cargo entre 2017 e 2020, com Lucas Pocay. No espectro político, a candidatura de Caio pode ser definida como de centro-direita.
Por sua vez, o vereador Guilherme Gonçalves (Podemos) já conta com os apoios do PL, PP, Republicanos, Novo, União Brasil e PRD, todos partidos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O PDT pode engrossar a coligação. Além disso, Guilherme também tem o apoio dos vereadores Roberto Tasca, Latinha, Gil e Nilce, assim como do deputado federal Capitão Augusto (PL) e do pecuarista Kiko Quagliato. Seu vice provavelmente será o ex-vereador Alexandre Zóio (PL). Sua candidatura pode ser definida como de extrema-direita.
A multiplicidade de visões políticas reflete a complexidade da sociedade local e a necessidade de soluções abrangentes e inclusivas para os desafios que se apresentam. Caio Lima tem associado sua imagem à do atual prefeito Lucas Pocay, destacando realizações da prefeitura. Guilherme Gonçalves aposta em publicações nas redes sociais com mensagens religiosas e motivacionais. Toninho do PT divulga feitos do governo federal para Ourinhos. Mário Ferreira, por sua vez, critica a gestão Pocay, especialmente em relação à privatização da SAE e à realização da Fapi, além de fazer análises de questões nacionais, com foco em educação e saúde.
Enquanto os candidatos preparam seus projetos e buscam apoio, as pré-campanhas estão em pleno vapor. Em breve, a contagem regressiva para o início oficial da corrida eleitoral em 16 de agosto. Fique ligado no Jornal Biz para acompanhar as estratégias e propostas que moldarão o futuro político de Ourinhos.
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