A ONG Rio Pardo Vivo, coordenada pelo gestor ambiental Luiz Carlos Cavalchuki, realizou no último sábado (4) uma importante ação de preservação e reparação ambiental nas margens do rio Pardo. Com apoio de 11 paramotores de Santa Cruz do Rio Pardo e região, a ONG despejou 10 milhões de sementes de espécies nativas da região em um trecho de 25 alqueires (500 mil metros quadrados).
A atividade faz parte do calendário anual da Rio Pardo Vivo, que alcança 15 municípios da região: Pardinho, Botucatu, Pratania, São Manoel, Cerqueira César, Avaré, Água de Santa Bárbara, Oleo, Bernardino de Campos, Santa Cruz do Rio Pardo, Ipaussu, Chavantes , Ourinhos e Salto Grande.
O reflorestamento utilizando paramotores foi a opção escolhida por ter custo relativamente baixo e grande possibilidade das sementes germinarem – em todo de 5% a 10%, dependendo da umidade da região.
Segundo estudo da Unesp de Ourinhos, a bacia do rio Pardo tem uma deficiência de 12,5 milhões de árvores nas áreas de preservação permanentes (APPs) e nascentes em toda a região. Em área urbana de Ourinhos, como no Recanto dos Pássaros IV, isso fica evidente: a mata ciliar não existe, e a Prefeitura não tem nenhum planejamento para o local.
A primeira ação da ONG foi realizada no ano de 2016, no município de Águas de Santa Bárbara, onde uma grande área devastada se formou em decorrência da construção de uma hidrelétrica. Naquela ocasião foram despejadas mais de 1 milhão de sementes em uma área de 20 alqueires, usando dois paramotores.
A atividade realizada no dia 3 de abril comemorou o Dia Mundial da Água, que também é a data escolhida como Dia do Rio Pardo. A área foi determinada a partir de análise de pontos com deficiências nas matas ciliares. “Neste ato contamos com a participação de 11 paramotores de Santa Cruz do Rio Pardo, Fartura, Jacarezinho e Carlópolis, e conseguimos despejar 10 milhões de sementes”, disse Luiz Carlos Cavalchuki, que é fundador da Rio Pardo Vivo e especialista em recursos hídricos e planejamento de bacias.
Chuva de sementes
A preparação das sementes é feita dias antes do evento, quando uma mistura com argila e gel hidrofílico, transformada em ‘bolotas’, envolve as sementes para facilitar o transporte e dispersão.
Para a atividade realizada no dia 3 de abril a ONG Rio Pardo Vivo recebeu o apoio da Special Dog, Rotary Club de Santa Cruz do Rio Pardo e da Real Hunter Uniformes. Não houve participação de nenhuma prefeitura.
Para colaborar com as próximas atividades da Rio Pardo Vivo, contate (14) 99103-0196 ou www.riopardovivo.org .
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