Neusa Fleury faria 69 anos neste sábado: confira depoimentos emocionantes

Neusa Fleury Moraes. | Fotos: Arquivo pessoal

por Bernardo Fellipe Seixas

Minha mãe, meu pai, meu povo. Eis aqui tudo de novo. A mesma grande saudade. A mesma grande vontade. (Neusa Fleury)

Neste sábado de aleluia, 19 de abril de 2025, Neusa Fleury Moraes completaria 69 anos. Professora, escritora, gestora cultural e ambientalista, ela morreu no último dia 18 de março, 33 dias após passar por um transplante de rim na Santa Casa de Londrina.

Desde então, a comoção nas redes sociais tem sido um reflexo do impacto profundo de sua trajetória. São centenas de mensagens — de ex-alunos, colegas de profissão, amigos, familiares, autoridades e entidades — que reafirmam o tamanho da falta que ela faz, e a grandiosidade do legado que deixou.




No último dia 21 de março, o Jornal Biz publicou uma reportagem especial sobre sua atuação marcante na cultura de Ourinhos e região. Agora, reunimos um compilado de homenagens que brotaram espontaneamente nas redes sociais — textos que, juntos, formam um verdadeiro mosaico de carinho, gratidão e reconhecimento.

As mensagens estão organizadas por grupos. Ao clicar nos nomes destacados em azul, você será redirecionado ao perfil do autor da homenagem em uma rede social. Este conteúdo pode ser atualizado a qualquer momento. Caso tenha visto outras publicações, ou queira contribuir com mais lembranças, envie para nós pelo e-mail jornalbiz@gmail.com ou WhatsApp (14) 99888-6911.

Neusa Fleury no Museu do Holocausto, em Curitiba.

Laíz Rodrigues – Minha professora de coral❤️Que saudades… Ela foi uma mulher maravilhosa🥹.

Kátia KwiatkowkiProfessora Neusa, meu coração é eternamente grato por ter me ensinado tanto, quando ainda era uma menina. Me lembro do seu incentivo incansável pra que eu “soltasse” a voz e todo seu orgulho quando nos apresentávamos, não só de mim, mas de todo o Grupo Falta de Coro, da qual dedicou seu tempo, seu talento e principalmente seu amor. Hoje aos 41 anos, guardo com todo amor do mundo minha caixinha de música vc me deu há 30 anos atrás, quando vim embora pra outra cidade. Contava pra vc minhas experiências musicais por aqui, e vc sempre vibrou com elas. Vc me incentivou sempre a não parar, e não parei… sei que está em um lugar de luz e muita arte, com músicas e sonetos, não imagino lugar melhor para a melhor. Com amor e muita gratidão por tudo o que representa pra mim, da sua “pequena” aluna Kátia.

Neia Gonçalves – Neusa Fleury, você é o amor que fica em saudade e admiração.

Janaína de Paula – Ela via potencial e escolhia a dedo o seu time. Gratidão a minha eterna professora de piano, que também viu em mim essa veia comunicativa e artística. Muita honra, Neusa, presente para sempre.

Andréa Talamini – Fiquei muito triste pela perda dela. Foi uma pessoa que quando eu estava em Ourinhos nos apoiou muito, aliás ela é referência para minha filha no campo da música.

Aula do grupo de percussão do Projeto Acolher, no Jardim Itamaraty.

Luana Emanuela – Neusa, que prazer ter convivido com você!

Lucienne Arduino – Uma das mulheres que mais admirei na minha vida. Viva, pra sempre em nosso coração.

Ana Paula Ziglio – Ela foi minha professora, e anos mais tarde, já formada jornalista e trabalhando com Mona Dorf, eu a revi como secretária de Cultura no Agosto da Letras… foi muito bacana!!! Saudades!!!

Heloísa Lolo Ferreira – Minha eterna professora de música!

Flávia Manfrin – Meu coração também está de luto. Além da minha grande admiração pela Neusa Fleury, um afeto verdadeiro, desde a época da infância, quando tive a sorte de ser sua aluna em aulas de teoria do Conservatório Musical da minha cidade. Siga na luz minha querida mestra. A sua, sabemos, é de um brilho intenso e capaz de grandes maravilhas.

Doni Nogueira – Vou sentir saudades. Era muito humana, minha colega querida.

Neusa com suas grandes amigas Walquíria Ramalho e Rose Guidetti.

Solange Batigliana – Neusa Fleury era uma pessoa incrível!

Fatima Salaro – Minha querida Neusa… É inacreditável perder você. Fique em paz onde você estiver.

Flávio Henrique Migliari Neusa foi uma pessoa incrível, diferenciada, acima do normal. Agora descansa, deixa saudade e as lembranças , obrigado por tudo.

Márcia Santos G. De O. Guedes – Era da turma da Faia, minha irmã. Pouco convivi, mas conheci seu belo trabalho através de matérias e entrevistas de jornais da região, incluindo o 360. Merece todo o reconhecimento.

Eliud Messias – Que triste. Fiz parte do seu grupo “Cobra Coral” nos anos 90. Meus sentimentos a família.




Luis Maximo – Grande pessoa, perda inestimável para a comunidade, à memória e cultura. Tive o privilégio de conviver com ela um curto período. Vá em paz e com missão mais que cumprida.

Lurdes Tavares Araripe – Uma pessoa especial, muitos talentos! Eu a conheci como a primeira Regente do Coral da Prefeitura, do qual também fiz parte!! Meu sentimentos aos familiares. Que ela leve sua LUZ por onde passar!

Lahis Oliveira Fiquei pensando em inúmeras frases de impacto para falar algo sobre ela, mas achei muito clichê. E se tem uma coisa que Dona Neusa não era, era clichê. Mulher de pulso firme, inteligente, poetisa, humana, cidadã consciente e pronta para o que der e vier. Pronta para nos aconselhar, nos dar força para enfrentar as adversidades e, principalmente, para ensinar.

A mulher que me deu forças num momento em que precisei, que me disse que filhos são dádivas e que eu era forte o suficiente para enfrentar tudo sozinha.

A mulher que me ajudou a ensinar meus alunos como funciona uma composteira e que não existe idade para pensar no próximo… Porque a arte de reaproveitar, na terceira idade, é fruto de uma geração que não existe mais.

A mulher que não deixava a peteca cair, mesmo aguentando subir apenas metade do Morro do Gavião, rs. Sentava-se com toda a classe e admirava a natureza.

Essa era ela. Mulher de sorriso sempre no rosto, feliz da vida.

Até um dia, Dona Neusa. Alegre a todos e enfeite o céu com jardins maravilhosos, kokedamas e hortênsias azuis. Te admiro para sempre, no presente.

Emílias do Projeto Recrearte, início dos anos 2000.

Leonilda Pinheiro – Lendo a reportagem do Jornal Biz, revivi a história das minhas filhas que participaram do coral no teatro municipal, e no colégio Objetivo. Na época, também nos orientou e ajudou a fundarmos a Casa do Artesão de Ourinhos, em 1996. E no qual meu nome está lá placa fundação junto com o dela e o prefeito Claury na época . Vai deixar vazio muito grande pra a música e cultura de Ourinhos! Descansa em paz minha amiga, abraços.

Rosária Mazzante – Amiga que dava orgulho. Culta, inteligente, alegre, admirável.

Elvio Bass – Tenho e terei admiração e gratidão eterna por ela, pois quando eu, Fernando Nogueira e mais alguns que agora me fogem a memória começamos a estudar em Tatui, antes mesmo de haver a Escola Municipal de Música, que assim como o Bailado foram implantados na gestão dela, ganhávamos passe de ônibus dela para nos locomovermos até lá. A cultura ourinhense está de luto. Que Deus conforte os amigos e familiares dessa mulher iluminada, que na minha humilde opinião foi como Pelé: JAMAIS haverá outra!

Ricardo Diogo – Circo da Cultura Popular de Ourinhos!

Luiz Carlos Martines Ruiz – Grande perda para Ourinhos. Vai fazer falta pra cultura!

Benedito Pimentel, Neusa Fleury e Wilson Pereira, em evento no Teatro Municipal de Ourinhos, em 1993.

Cassia A. Ribeiro – Fiz parte de seu coral na década de 90. Professora Neusa, pessoa de uma cultura maravilhosa, simples, alegre…Vai fazer muita falta, nossa cultura fica de luto. Segue em paz, seus ensinamentos nos deu vida, arte, cultura, música…só gratidão.

Roni Carvalho – Graças a Deus eu tive a oportunidade de conhecer essa mulher maravilhosa. Vai deixar muitas saudades e boas recordações.

Carla Regina Santos – Professora Neusa foi uma pessoa iluminada, tratava todos iguais, com muito respeito e amor. Descanse em paz no braço do criador.

Sergio Eduardo Jaime – Tive o privilégio de fazer parte do Cobra Coral. Lembro quando ela fez o teste de voz comigo. Aprendi a gostar de boa música no grupo. Que Ourinhos tenha mais “Neusas”. A cultura em geral perde muito sem ela.

Lançamento do livro sobre os 10 anos do Festival de Música de Ourinhos: Neusa, Marco Aurélio e o Maestro Antônio Carlos Neves.

Adriana Cristina Cordeiro – Dona Neusa Fleury, como disse o poeta “uma mulher admirável, destemida”. Todos que estiveram com ela foram privilegiados.

Beth DidonéQue privilégio o nosso, alunos do IELAV em Santa Cruz do Rio Pardo, por tê-la como amiga. Quantos momentos bons tivemos, risadas deliciosas e ela já despontava com sua inteligência e facilidade de escrita. Era uma excelente aluna. Ainda não acredito que ela se foi.

Neusa Fleury foi madrinha de casamento de Valdir Minucci e Ângela Cristina. À direita nesta foto o artista plástico Edílson Pedroso, padrinho do casal.

Ângela Cristina Francisco Minucci – Ah, Neusa, minha querida!! Tantos foram nossos momentos juntas… Desde os ensaios e inúmeras apresentações, no coral municipal, em 1989; depois, no Grupo Cobra Coral, anos 1990; um pouco mais pra frente, na Orquestra da Fundação Miguel Mofarrej, com nosso saudoso e também querido maestro Mário Nelli, quando até gravamos um CD na cidade de Assis… Foram muitas noites em estúdio!
Vi seus filhos crescerem e me vi crescendo com eles…
Fiquei arrasada com sua partida. Sem resposta para as mensagens que enviei antes do transplante.
Neusa é sinônimo de cultura, inteligência, humanidade, simplicidade. E um monte de outras qualidades. Quando penso em Neusa, vejo seu sorriso sempre.
Pessoa sempre acessível, generosa, amorosa… Eu só tenho a agradecer a Deus por ter me colocado ao lado dela durante boa parte do meu caminho!
Estará sempre viva em minha memória!

Janice Breve – Uma pessoa ímpar!!! Cravou bons sentimentos em todos que a conheceram.

Marta Lima – Grande mulher Ourinhense!

Selma Pupim – Somos gratos pelo seu legado e compromisso com a Cultura em todas as suas dimensões.

Neusa adorava intervenções de arte urbana.

Rosemeiry Pinhata Andrade – Tive o prazer de conhecer a Neusa, mulher brilhante, talentosa, gentil e imensamente humana para com o próximo, entre tantas qualidades. Assim como seu irmão Sérgio, ela deixa um vazio na Cultura do mundo. Que Deus receba a alma da Neusa junto aos Anjos do Céu, e dê conforto ao seu coração e de todos os familiares.

Dulcinéia Gomes de Oliveira – Com grande tristeza, respeito e gratidão, mesmo longe, me despeço dessa pessoa maravilhosa! Seu trabalho e seu carinho estará gravado em nossos corações. Que a luz de Deus esteja sempre contigo!

Fernanda Xineider Muraro – Eterna Neusa da Cultura de Ourinhos!

Caricatura feita wm 1996 pelo pelo arquiteto e amigo Narciso Calegari.

Katia Kodama – Que triste, Ourinhos perde uma grande incentivadora da cultura. Gratidão pelos bons momentos que tivemos de arte e música promovidos pela Neusa.

Fábio Leite da Silva (Bigode) – Se tem alguém que trabalhou pela cultura nessa cidade, essa pessoa foi a Neusa Fleury. Muito obrigado por tudo que fez, tudo que representa para as artes e a educação da nossa Ourinhos! Se eu fosse Prefeito dessa cidade daria seu nome para a Secretaria de Cultura, de forma permanente!

Apresentação da Escola Municipal de Música no Centro de Serviços da Prefeitura de Ourinhos (Pátio). 1º Festival de Música de Ourinhos, julho de 2001.

Rafael Dantas da Silva – Quando eu cheguei em Ourinhos, no ano de 2007, pude vivenciar algo espetacular em termos de Cultura, a cidade vivia uma efervescência cultural grandiosa. Comecei a notar um nome muito peculiar nos agradecimentos das apresentações e eventos, Neusa Fleury. Quando citavam este nome, no meio do público era nítido sorrisos abertos, sinais de aprovação com a cabeça e comentários aplicativos para aqueles que não a conheciam: “É a Secretária de Cultura”. A percepção era de que naquela época a Secretaria Municipal de Cultura era a pasta mais importante da Cidade, e era de fato.

Marcelo Grandini Spiller – Sinto muitíssimo a perda. Neusa Fleury sempre foi, é, e sempre será referência para todos nós. Foi observando o trabalho dela que comecei a entender o que é Cultura. Em muitos momentos das campanhas que participei, em todas as conversas e reuniões com amigos da Cultura, para tentar desenhar propostas palpáveis para a pasta, a frase mais falada sempre era: “…temos que fazer como a Neusa fez…”. O grande legado dela há de ser sempre celebrado e apreciado.

Fernando Nogueira – Ourinhos e a cultura Ourinhense estão de luto. Só gratidão por tudo.

19 de abril de 1996, aniversário de 40 anos de Neusa. Na foto ela dança com Mestre Lalo, que ao seu lado e de Terezinha de Paula (Tiririca) foram os fundadores da Escola Municipal de Bailado de Ourinhos.

Ju Spina Ela vive no coração de todos nós ❤️ Uma pessoa incrível e amável demais! Muita luz onde estiver. ✨ Que toda sua família receba amor, sabedoria e conforto!

Ale Oliveira – Neusa Fleury foi responsável pela realização de vários sonhos musicais em nossa região, devemos muito a ela, GRANDE NEUSA. Abraço carinhoso em sua família. Força!

Marco Antonio Fabiani – Fico triste. Ela sempre foi uma lutadora pela cultura. Sou muito grato a ela por me dar tanta força! O mundo perdeu uma pessoa exemplar.

Fulvio Scarme – Muito triste….Dona Neusa abriu as portas para que a Banda Municipal de Laranjal Paulista, com apenas 5 anos de existência, tivesse a oportunidade de se apresentar no palco principal do Festival de Música de Ourinhos. Triste a senhora Neusa não poder estar nos 25 anos de nossa Banda. Vá em paz e obrigado por tudo!

Denise Bassit Tanus –  O legado que ela deixou ficará para sempre em todos os corações.

Nathália Bruzarosco – Neusa, linda. Ela vive na cultura de Ourinhos!

Neusa no jardim de sua casa.

Rosária Mazzante – Amiga que dava orgulho. Culta, inteligente, alegre, admirável. 

Vânia Bastos – Viva Neusa Fleury para sempre!!!

Vânia LucasMulher linda, generosa, corajosa e amável. Trabalho sempre fundamentado e impecável. Ela sim, uma grande influenciadora! Palmas para ela!

Ana Luiza – Vivas à querida Neusa Fleury! Obrigada! Siga na Paz!🩵

Amélia RabelloSinto muito, muito mesmo! Pessoa muito querida!

IV Festa do Folclore, na Praça Mello Peixoto. Da esquerda para a direita: Márcia, Beth, Lúcia, Neusa e Tiririca.
Aurélio Alonso – Neusa Fleury foi muito importante para a Cultura de Ourinhos. Responsável por trazer Sérgio Nunes de volta à cidade, criar escolas de música, bailado, teatro, festivais e mostras. Teve uma passagem também pela imprensa, na edição exclusiva do jornal Debate sobre Ourinhos. Foi importante também para Santa Cruz do Rio Pardo, quando realizou a restauração completa do Palácio da Cultura Umberto Magnani, no final da década de 1990. Neusa foi especial para a cultura de várias cidades, e espero que a sociedade e autoridades façam homenagens à altura de seu legado. Estou triste, muita emoção com sua partida.
Zélia Guardiano – Neusa vive! Viverá sempre! É eterna!

Luís Fernando Wiltemburg – A Neusa fez muito pela cultura de Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos, onde foi secretária municipal em algumas gestões. Era irmã do Sérgio Fleury, primeiro jornalista a botar fé em mim. Abriu-me as portas do Jornal Debate, onde aprendi a fazer jornalismo. Ela fará muita falta, assim como faz seu irmão para o jornalismo independente e seu pai, um intelectual santa-cruzense.

Circo da Cultura Popular, 1996, projeto criado por Neusa Fleury e Sérgio Nunes Faria durante o governo do prefeito Claury Alves da Silva. Nesta foto ela é a primeira da esquerda, vestida com calça vermelha.

Zana Bertossi – Uma perda lastimável. Deixou um legado. Nunca mais foi substituída na Secretaria de Cultura a contenda.

Alzira Rosa – Muito amiga e querida, a gente vivia rindo de tudo. Saudades. Beijos no coração de todos.

Neusa Fleury Moraes

Marcimedes Guarani Kaiowá – Partiu! A foto poderia ser o preto habitual do luto. Mas a Neusa Fleury era mais do que alegria. Como diz meu irmão Márcio: só alegria! A trajetória dela foi linda demais: guerreira! Fez diferença na cultura de Ourinhos, Santa Cruz do Rio Pardo e tantas outras regiões. Viveu e se fez como História, inclusive estando em Sorocaba quando da luta para a cidade ter a Secretaria da Cultura no movimento liderado pela ATS – Associação Teatral Sorocaba. Partiu, mas deixou muito de si, muita semente que frutificou cultura nas mais diversas áreas. Saudades!

Bernardo Pellegrini Profundamente consternado com mais uma partida daquelas de tirar o chão. Ela esteve no lançamento do PRATO CHEIO meses atrás, e há algumas semanas fez chegar até mim um livro com a historia da culinária em Ourinhos. Essa troca de informações que surge espontânea e despretensiosa é só uma uma demonstração, nos pequenos gestos, da generosidade dessa mulher incrível. Ourinhos deve homenagens a Neusa Fleury.

Ano 2001 – Inauguração da Secretaria de Cultura de Ourinhos: Neusa Fleury, Eliane Maróstica e seu filho Arthur, Beth Silva, Alexandre Campos e Tsuneo Oda.

Vera Lúcia Mandolini Marcatti – Ela fez a diferença, e mudou o cenário cultural de Ourinhos, com a sua vivacidade, criatividade e simpatia! Estive em várias ocasiões participando de eventos criados e desenvolvidos por ela! Neusa deixou sua marca no mundo, e cumpriu sua missão com empenho, simpatia e principalmente muito amor! Neusa querida que seu brilho continue, por onde estiver!

Cicero de Pais – Sem ela, a cultura em Ourinhos não teria a visibilidade que têm. Os ourinhenses reconhecem isso.

Paulo Viggu – Uma grande articuladora cultural, parceira das cidades vizinhas na amizade e compartilhamento de conquistas ao setor. Fazedora de ótimos trabalhos. Resta e importa seguirmos lutando. Valeu a troca de experiências, quando, no mesmo período, exercemos cargos na área cultural. Descanse em paz!

Clarice Godoy Ioli – Uma mulher à frente do seu tempo! Uma professora querida,amada! Uma brilhante escritora e não podemos deixar de mencionar que foi uma das melhores secretárias da cultura que Ourinhos já teve.

Neusa com companheiros de trabalho e músicos: ‘canja’ do II Festival de Música de Ourinhos, Bar Tropical.

Rafaela Maria – Culta, elegante e simplesmente a melhor secretária de cultura que Ourinhos teve. A cidade era efervescente contigo. Vá em paz, você deixa um legado maravilhoso por onde passou.

Sueny Eloy – Momento de confissão : tem pessoas que garro amizade e nem preciso ver e ser vista todo dia. A confiança da amizade sabe o que nos liga ! Principalmente caráter. Tchau Neusa Fleury ! A gente se cruza já já.

Lançamento do livro “Me voy me vengo”, em São Paulo.

Rui Santos – Tive o prazer de conhecer a Neusa Fleury no lançamento de seu livro “Me voy, me vengo”, aqui em São Paulo. Sempre busco refúgio e inspiração em suas palavras. Estou muito triste por sua partida, orando por toda a família.

Vivinha Rios – Fiquei emocionada. Sabia do seu incrível valor, e lendo a reportagem sobre sua vida fui relembrando sua caminhada. Pessoa muito especial.

Rachel Ribeiro da Silva – Pessoa maravilhosa! Sou muita grata a Neusa, pela amizade e atenção à minha família. Em especial ao meu irmão Jesse Ribeiro.

Claudia Baccili – Linda trajetória, deixou um legado incrível. Presença marcante na construção da cultura de nossa cidade. Sua presença será Eterna!

Neusa conversa com Cristóvão Bastos, tendo ao fundo Maurício Carrilho. Festival de Música de Ourinhos, julho 2009.

Tânia Faber – Neusa Fleury é uma mulher admirável. Estará sempre em nossos corações e sempre serei grata a ela por ter dedicado uma vida à cultura.

Juliano Valentim – Pessoa muito educada, querida. Neusa Fleury foi a maior secretária de Cultura que Ourinhos já teve, não há dúvidas.

Marcondes Emidio Filho – A Estrela que iluminou a Cultura de Ourinhos…E continuará iluminando do céu!

Neusa Fleury, Ofélia Fernandes e Mona Dorf, durante o Festival Literário Aogosto das Letras, ano 2012.

Ofélia Fernandes – Será que algum dia vai existir alguém com sua  nobre e genuína capacidade de fazer de um município medíocre, o exemplo de movimento cultural como você implantou em nossa cidade? Que se tornou o baluarte cultural de um estado todo, de um país! Pela sua  elevadíssima capacidade, Ourinhos exportou artistas para o mundo todo!

Ourinhos perde um tesouro e parte importantíssima de sua história. Uma secretária que fez mais por nós do que esses babacas e ignorantes prefeitos que tivemos. O Centro Cultural deveria mudar de nome para Professora Neusa Fleury!

À ela cabe a palavra e o sentimento tão forte que só deve ser externado quando muito verdadeiro: GRATIDÃO querida e pessoa única, minha amiga Neusa Fleury.

Integrantes da equipe da Secretaria de Cultura: Marco Aurélio, Fernanda Botelho, Tatiana Oliveira, Nelsinho Pereira, José Luiz Martins, Mila Martins, Walquíria e Neusa. | Foto: Arquivo Solange Rocha

João Vitor Migliari – Neusa é dessas pessoas raras que aparecem de tempos em tempos para modificar o espaço. Dentre tantas qualidades  eu destaco a habilidade em fazer as pessoas darem o melhor de si. Era incrível ver como as pessoas tinham o prazer de fazer acontecer. Até o mais preguiçoso e acomodado servidor se curvava às suas solicitações. Lidar com pessoas talvez seja o maior desafio em uma prefeitura, e ela o fazia com maestria. Até suas broncas tinham um sabor doce. Seu sucesso não era um acaso e sim fruto de muita paixão, resiliência e propósito muito bem definido e planejado.

A companheira de trabalho Rose Guidetti se tornou uma das melhores amigas de Neusa.

Rose Maria (Rosita) – Neusa, a pessoa com o dom de agregar pessoas , motivando-as a realizar seus talentos. Ela conseguia trazer à tona o que havia de melhor no outro ser humano, fazendo com que ele se beneficiasse e também a comunidade. Muito amor envolvido.

Joana Darc – Neusa Fleury foi uma pessoa maravilhosa. Sempre sorrindo, sempre feliz, amiga de vdd. Tive o prazer de conviver com ela por alguns anos de minha vida, líder na secretaria da cultura, tudo o que ela se propunha a fazer era bem feito e dava resultado positivo . Querida Neusa Fleury, descanse em paz nos braços do senhor.

Neusa e Marcelo Piraju em evento do Soarte no Núcleo da Cultura Popular de Ourinhos, julho de 2024.

Marcelo Piraju – Um brinde a essa mulher tão especial, vá em paz minha amiga, vc será sempre lembrada eternamente por tudo que vc fez pela gente. Nunca me esqueço quando 25 anos atrás, vc me viu super conversador entregando panfletos de campanha politica no semáforo e me perguntou, se eu tinha interesse de emprego.

Eu sem trabalho fixo, sem profissão defenida e ainda bem triste pela morte do meu pai, sem pensar direito respondi rápido, lógico, mas onde é, o que vou fazer ?

Ela me disse, será na Secretaria Municipal de Cultura.

Eu com humildade logo falei, mas eu não entendo nada disso. Ela me respondeu, fica tranquilo, eu vou te ensinar, vai conhecer um monte de gente inteligente e participar de vários eventos legais, vc vai gostar!

Carlos Pessôa Guimarães – Neusa foi um divisor de águas para a cultura de Ourinhos. Uma perda imensa.

Leandro Faria – Obrigado por tudo, amiga.

Cláudia Guedes Paiva – Como senti sua partida, mesmo tão distante! Lembro de sua generosidade e de tantos momentos culturais que tivemos em Ourinhos. Lembro de quando ligou em minha casa, logo que parei de trabalhar na cidade! Voa Dona Neusa…

Viviane Rodrigues – Uma mulher inteligente, humana, sábia, deixou seu legado. E como foi maravilhoso trabalhar com ela e sua equipe.

Neide de Oliveira – Minha amiga querida, sempre vou lembrar dela. A secretaria de cultura nunca mais foi a mesma.

Entrevista a Abner Tinelo, para falar sobre o projeto Memória Ourinhos.

Solange Ferreira RochaArte e cultura são parte da minha essência desde criança, mas eu aprendi a trabalhar nessas áreas com vc, Neusa Fleury !!!! Obrigada por tanta generosidade, pelo quanto vc me acolheu e ensinou!!

Fernanda Botelho – Neusa Fleury é minha maior referência em Gestão Cultural.

Franco Furlan – Tive o privilégio de conviver profissionalmente com a Neusa entre 2009 e 2012, quando eu tinha recém ingressado no serviço público e ela era secretária de cultura de Ourinhos. Me sinto grato por ter convivido e aprendido tanto com ela. Depois, nossos caminhos profissionais se distanciaram, mas ficou uma relação muito carinhosa e uma grande admiração minha pela competência e paixão que ela tinha pela gestão cultural.

Recebi com muita tristeza a notícia do seu falecimento. Para além do pesar que fica em todos que a conheceram, Ourinhos perde uma de suas maiores figuras públicas. A Neusa fazia política com P maiúsculo, e se hoje o cenário cultural ourinhense tem relevância, muito disso deve-se a ela. Obrigado por tudo, Neusa. Que você esteja em paz.

Fátima Barboza – Hoje quero dedicar um momento especial para agradecer uma pessoa incrível que fez  toda a diferença na cultura de Ourinhos. Sua dedicação, talento e paixão transformaram não apenas projetos e eventos, mas também a trajetória de muitas pessoas — incluindo a minha, durante minha passagem pela Secretaria de Cultura. Sou imensamente grata por tudo que aprendi com você, e pelo impacto que seu trabalho teve  na cidade. Que sua luz continue inspirando e fortalecendo a cultura de Ourinhos! Descanse em Paz, Neusa Fleury.

Orlando Alves – A Neusa era uma mulher sensacional, poucas pessoas entendiam de Cultura como. Com uma equipe pequena, ela transformou a cena cultural de Ourinhos. 

“Obrigado por tudo, minha querida amiga e mentora. Te amarei para sempre”. Nelsinho Pereira. | Imagem: Arquivo pessoal

Luis Antonio Ferreira – Neusa Fleury Moraes, Oi patroa!

A forma carinhosa, reverente e alegre que muitas vezes falava com você… na grande parceria nos dez anos que vivemos juntos. . . vivendo, respirando e transformando CULTURAS e fazendo ARTE de 1994/2004. Pude estar ao seu lado nos grandes momentos de transformação, formação, criação e vivência cultural nos municípios de Ourinhos e Santa Cruz do Rio Pardo. E hoje é normal e entendível a grande tristeza que invadiu meu dia, continuando ainda por quase todos os momentos da noite. Além da tristeza, o sentimento é de GRATIDÃO e não posso deixar de expressar palavras de respeito e agradecimentos. Pois o que sou hoje como artista e como Gestor Cultural devo a você e todos os caminhos que você me mostrou, a todas as situações de experiência que vivi na sua Gestão de Cultura, teatro, música, seresta, dança, Carnaval, literatura, circo, artes visuais e principalmente tantos artistas e pessoas importantes que pude trocar experiência nesse período. Obrigado Neusa, quando naquele dia de um Festival de Música na escola Domingos Carmelingo Caló, nos meus 16 anos, você jurada do Festival, veio conversar comigo e me convidou para cantar no Cobra Coral, ali tudo começou . . .Obrigado Neusa…E agora noutro plano vai encontrar os grandes que já estão por lá e muita cultura com certeza vai rolar por aí. Gratidão Neusa Fleury Moraes. Até, patroa. (Meus sentimentos e forte abraço ao Marco Aurélio e seus filhos…Fellipe, Glauber, Gabriela e netos e netas).

Neusa com integrantes da Associação Cultural Soarte.

Valfredo Inforzato Junior – Parte importante da história cultural de Ourinhos, da qual fica impossível dissociar a imagem da querida Neusa Fleury. Todos nós sentimos sua perda. Obrigado Neusa!!!!! Receba os aplausos, mas a cortina não se fecha…

Leandro Moraes – Deixou um legado! Foi um prazer em trabalhar com ela. Sua história jamais será esquecida!

Marcos PraddoFoi um imenso privilégio conhecer Neusa Fleury. Ela se tornou sinônimo de Cultura. Seu legado perdurará na memória social e cultural de Ourinhos e região.

Valdir Grandini (Dentinho) – NEUSA FLEURY VIVE!!

Quando estava na Secretaria de Cultura em Londrina e estávamos implantando o Promic, com a Rede Cidadania em pleno andamento, um dia recebemos a visita de gestores culturais de Ourinhos, entre eles meu hoje amigo do coração, Marco Aurélio Gomes. Eles gostariam de conhecer melhor o nosso modelo de gestão, que chamava a atenção do país. Bernardo Pellegrini me pediu que os recebesse. Passamos umas horas conversando e eu mostrando como estávamos pensando e organizando as coisas.

Em 2009, ao término de nossa gestão à frente da cultura em Londrina, eu me preparava para um período de descanso quando recebi um telefonema de Ourinhos: era a Secretária de Cultura, Neusa Fleury. Ela me convidou para ir até lá e disse que gostaria de ter minha colaboração para discutir a política pública de cultura em Ourinhos. Me prontifiquei, marcamos para a semana seguinte e fui.

Imaginei que ela gostaria de ter minha participação em algum processo de planejamento de gestão e talvez de formação de agentes culturais. Mas não, logo no início da nossa conversa ela disse que me queria na equipe, para trabalharmos juntos a gestão cultural pelos quatro anos que se seguiriam, com um salário digno e um cargo de Diretor de Programas e Projetos. Não havia o que pensar. Aceitei.

Ali se iniciou a imensa amizade de dois do signo de áries, duas crianças abrindo lutas no mundo. Eu quero deixar meu testemunho de quem foi (e pelo legado é) Neusa Fleury. Não vou fazer biografia, mas uma cartografia do meu sentimento dessa experiência com ela.

Neusa era o compromisso com a gestão da cultura para a alegria da cidade. Ela não aceitava desafios: ela os fazia. Por exemplo, pelos quatro anos que se seguiram, nos propunha sempre que o ano que se iniciava fosse melhor que o ano anterior. E assim foram os quatro anos em que trabalhamos juntos.

Logo de cara, nossa equipe, com a presença instigante dela a cada passo, pensou num programa cultural que oferecesse à cidade, de modo acessível, a diversidade da cultura. A esse programa batizamos de VivOurinhos e quando o lançamos logo depois no Teatro Miguel Cury, com o prestígio do então prefeito Toshio Misato, prometemos que no final do ano o panorama cultural da cidade estaria vibrando como nunca.

E foi assim que demos energias novas ao Festival de Música, à Mostra Sérgio Nunes de Teatro, apoiamos decididamente o Festival de Dança e iniciamos um novo festival literário, o A(o)gosto das Letras. Além disso, amplificamos as oficinas culturais e o contato entre a cultura e o universo escolar de Ourinhos.

A Secretaria de Cultura mantinha um Blog e um jornal impresso com a agenda cultural, amplamente distribuídos e lidos na cidade. Pelos anos que se seguiram, por ali estiveram nomes da MPB, do teatro e da literatura no Brasil, que a Neusa Fleury contatava e trazia, com energias que suplantavam os poucos recursos. Lá tive conversas com Dominguinhos, Hermeto Pascoal, Inácio de Loyola, o jornalista Jeferson Del Rios, o poeta Sérgio Vaz, entre outros.

A cidade pulsou e experimentou. Implantamos o projeto Ponto Para Ler o Mundo, com oficinas de criação de documentários junto a crianças das escolas publicas, inspirado na ideia paulofreireana de leitura de mundo.

Ourinhos se tornou referência de política cultural no interior paulista. Nada disso teria acontecido sem a energia, generosidade e liderança da Neusa, amparada pelas ideias e mediações de Marco Aurélio e de uma equipe sensacional, com a qual tive a felicidade de colaborar e conviver.

Neusa aceitava desafios. Eu propus a ela implantarmos um fomento a projetos culturais, que somasse ao poder público a energia criativa dos produtores, ampliando a oferta da cultura. Neusa, com seu perfil de gerenciadora, temeu que não houvesse tanto interesse e não funcionasse bem. Eu tinha convicção de que daria certo. Ela topou e em dois anos isso foi mais um diferencial incrível, com ótimos projetos acontecendo na cidade.

Nós nos tornamos grandes amigos, desses que se amam verdadeiramente. Muita gente me chama de Dentinho, outros me chamam de Dente. Mas ela tinha sua formulação própria: Dentuço. A notícia de sua partida, ontem, me dilacera o coração. Mas ter feito parte de sua história me restitui nesse coração imenso orgulho!

Que a cidade de Ourinhos e a cultura do estado de São Paulo te reconheçam merecidamente, querida amiga. Agora que estou iniciando um novo projeto, não vou deixar de te prestar, nele, as homenagens merecidas.

Neusa Fleury vive!

Na manhã de 28 de março, amigos e familiares de Neusa Fleury Moraes se reuniram no jardim da Secretaria de Cultura de Ourinhos para um gesto singelo, mas carregado de significado: o plantio de um ipê branco.

A iniciativa partiu de Viviane Silvestre e seu marido, Rafael Cortez, que escolheram a árvore não por acaso. Neusa sempre teve um olhar especial para os ipês, admirando-os sem pressa e registrando em fotos sua beleza efêmera. Em 2008, ela plantou uma muda promissora em frente à sua casa, mas uma tempestade a arrancou e a correnteza a levou para o Rio Pardo, justamente quando se preparava para sua primeira florada.
Agora, tantos anos depois, um novo ipê florescerá em sua memória, no centro da cidade, na sede da Cultura. E ao lado dele, outra muda, representando Marco Aurélio Gomes, seu marido, que se aposentou no último dia 1º após quase três décadas dedicadas à Cultura ourinhense.
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André Rodrigues da Silva – Sobre ela mim

Tinha sete ou oito anos quando entrei pela primeira vez em uma casa que ficava à Rua Silva Jardim. Fiz aulas de coral com um professor que usava óculos, tocava piano e tinha a pela negra. Não consigo lembrar seu nome, mas me recordo que cantamos “O leãozinho” de Caetano Veloso. 

Após um hiato, mas com uns dez ou onze anos, passei a fazer aulas no Centro Cultural Tom Jobim com um professor basco. Lembro-me que ele falava corchea. Acredito que o edifício estava recém-inaugurado. 

Aos 13 anos comecei a tocar bateria com o professor Rodrigo Donato na Studium, inclusive considero que “me formei” aos 17 anos quando chamado à sua sala, ouvi daquela forma bem delicada que ele costumava tratar as pessoas: Já deu bicho, agora você se vira. Foi nesse período que comecei a frequentar o Festival de Música. Inclusive guardo o certificado de 2004, quando fiz aulas com o baterista jazzista Bob Wyatt. 

Não que a minha relação com a arte se resuma a isso, mas eu já “era da cultura” sem ser “da cultura”. Naquela época como músico, sabia quem era Neusa Fleury. A princípio a minha relação com ela era muito distante e de muito respeito. Quem tinha mais contato era a minha mãe, pois a loja dela ganhou várias vezes o concurso de “Melhor Vitrine do Festival de Música”, que na ocasião presenteava os lojistas selecionados com entradas para os concertos do festival que ocorriam no Teatro Municipal Miguel Cury. 

Queria ter convivido e aprendido mais com ela. Desde que entrei na secretaria municipal de cultura como servidor concursado, aos poucos e após estudar e inclusive escrever um artigo acadêmico sobre as políticas culturais em Ourinhos, fui tomando consciência e entendendo melhor qual foi o papel da Neusa Fleury na cidade. 

Não desmerecendo e tampouco dando menos importância aos que já passaram pela pasta, mas vi que praticamente quase tudo o que temos de sólido quando nos referimos a serviços e equipamentos culturais, veio da gestão dela. 

Inclusive, para o artigo que escrevi, realizei a entrevista em sua casa, em uma área que dava para um jardim muito agradável. 

Falei bastante de mim no início deste texto, porque de certa forma, tudo o que experienciei enquanto músico na cidade, e posteriormente como servidor, teve o “dedo” dela de forma direta ou indireta, portanto falo de alguém, que com o seu trabalho, contribuiu na formação de quem eu sou. É sobre ela mim. Muito obrigado, Neusa Fleury.

Cinthia Pereira Bueno – A Grande da Cultura de Ourinhos nos deixou um legado determinado na cultura, amor e resiliência.

Secretaria de Cultura de Ourinhos | 18/03/2025

Jeferson Bento – Ela

A vida é feita e construída diariamente. Lembro-me quando fui convidado para trabalhar em Ourinhos como músico. Estava na Unicamp e ela me convidou. Sim, ela. Ela que teve uma trajetória marcante. Musicista com o seu piano, soube que também deu aulas de coral no Teatro Municipal Miguel Cury, na gestão do prefeito Clóvis Chiaradia.

Com sua personalidade marcante, aos poucos foi ocupando espaços que até então não eram ocupados majoritariamente por elas.

Ao longo da década de 90 agiu diretamente para que as políticas culturais em Ourinhos começassem a ganhar corpo quando surgiram as escolas municipais de bailado e música e o “Centro de Convivência Jornalista Benedito da Silva Eloy”.

Como leitora e escritora, trabalhou potencializando as bibliotecas da cidade e concomitantemente fez com que a cidade se tornasse referência cultural na região e no estado de São Paulo, sendo a “mãe” de diversos festivais como o de música, dança, teatro e literatura.

Muitas pessoas passaram pela pasta, mas com certeza ela foi um divisor de águas. Ainda não disse o seu nome pela força que ele tem, mas não só por isso, mas porque aqui, na secretaria municipal de cultura e no lugar em que ocupo atualmente, o seu nome nunca deixará de existir.

O seu legado foi uma Divina Comunhão entre vida e arte, entre figura pública e responsabilidade social. A vida é construída diariamente e por isso é que Me voy, me vengo, não é Neusa? Mesmo tendo acabado de deixar este plano, você já voltou: Me voy, me vengo. Me voy, me vengo. Com carinho, Jeferson Luís Bento, secretário municipal de Cultura de Ourinhos, 2025.

O ex-prefeito Toshio, Neusa e Yoko, no Carnaouro 2008.

Toshio Misato – Foi com muita tristeza que recebi a notícia da morte  da Neusa. Uma pessoa que deixou profundas marcas positivas na cultura da nossa Ourinhos, por seu conhecimento aquirido durante toda sua vida. Desde criança, aprendeu em casa, família culta!

Tive o privilégio de tê-la como companheira na gestão da nossa cidade, como Secretária de Cultura. Com seus trabalhos altamente entusiasmantes, me convenceu a aumentar significativamente o orçamento com a Cultura, e colhemos muitos frutos disso. Ourinhos foi referência nacional em termos de investimento em cultura, servindo como exemplo para muitas prefeituras que nos procuravam e também pelos grandes eventos culturais que trouxeram a Ourinhos os grandes nomes da música, dança, teatro. literatura, e consequentemente alunos que vieram fazer os cursos e turistas de todo o Brasil.

A Neusa tinha conhecimento intrínseco da cultura, e por isso pode propor ações e eventos que mexeram com toda a população de Ourinhos, desde os comércios tradicionais que tinham nas vitrines, nos momentos dos festivais, arranjos pertinentes a ocasião, aos bares, restaurantes e botequins que organizavam as famosas “Canjas” que atraiam os jovens. Quantos profissionais se formaram ou se aperfeiçoaram em música com os grandes maestros que aqui estiveram…E o Festival de Dança Estadual que Ourinhos sediou! Muita saudade dela! Ourinhos se lembrará da Neusa Fleury sempre!

PREFEITURA MUNICIPAL DE OURINHOS: Prefeito decreta três dias de luto oficial pela morte da ex-secretária de Cultura Neusa Fleury

Guilherme assinou o decreto n°8.005, decretando luto oficial nos dias 18,19 e 20 de março, como sinal de respeito e em memória da ex-secretária.

“É com profundo pesar que a Prefeitura de Ourinhos comunica o falecimento da professora, escritora e ex-secretária de Cultura das cidades de Ourinhos e Santa Cruz do Rio Pardo, Neusa Fleury Moraes, ocorrido nesta terça-feira, 18 de março, aos 68 anos. Neusa faleceu devido a complicações decorrentes de um transplante de rim realizado em um hospital de Londrina (PR).

Ao longo de sua trajetória, Neusa Fleury Moraes deixou um legado inestimável para a cultura de Ourinhos. Sua atuação como gestora cultural foi fundamental para transformar nossa cidade em um polo de referência na área. Como secretária de Cultura por três gestões em Ourinhos, Neusa idealizou e implementou diversos projetos culturais marcantes, incluindo a criação da Escola Municipal de Bailado, da Escola Municipal de Música e o Festival de Música de Ourinhos, levando o nome de nossa cidade a todo o Brasil.

Na década de 1990, participou da revitalização da área próxima à estação ferroviária, contribuindo para a instalação do Museu Municipal e a restauração do conjunto de casas que deram origem ao Centro de Convivência. Durante esse período, foi inaugurada uma biblioteca na Vila Odilon e implementadas bibliotecas volantes, atendendo crianças e adolescentes em diversos bairros. Além disso, esteve envolvida na instalação do Circo da Cultura Popular, iniciativa que oferecia oficinas de artes circenses e espetáculos com artistas formados pelo próprio projeto.

Escritora talentosa, publicou o livro de poesias Me Voy Me Vengo, uma homenagem à sua avó espanhola, Francisca Helena Padial (Paquita). Também colaborou com diversos jornais da região e integrou a equipe da série jornalística 100 Anos Ourinhos, do Jornal Biz. Além disso, coassinou os livros Divina comunhão, festa de todos os sons e Um olhar sobre a presença japonesa em Ourinhos, em parceria com Marco Aurélio Gomes.

Com sua dedicação e paixão pela cultura, Neusa fez de Ourinhos uma referência cultural no estado e no país, impactando a vida de inúmeros artistas, estudantes e cidadãos. Seu legado permanecerá vivo na memória da cidade e de todos que tiveram o privilégio de conhecer, trabalhar e aprender com ela.

A Prefeitura de Ourinhos expressa suas condolências aos familiares e amigos neste momento de luto e se solidariza com todos aqueles que sentirão sua ausência. Que seu legado inspire futuras gerações e continue a enriquecer a cultura de Ourinhos”.

Sincomerciários de Ourinhos e região

Alexandre Araújo Dauage (Zóio) – A Neusa sempre foi uma pessoa muito dinâmica, iluminada e, acima de tudo, muito inteligente. Ourinhos não perdeu a Neusa, Ourinhos só ganhou com ela. Não há como falar de cultura em nossa cidade sem lembrar do seu trabalho, sempre impecável, do seu olhar artístico, da sua garra em fazer sempre o melhor. Nos despedimos dela, mas sua memória com toda certeza estará viva entre nós.

Cícero de Aquino (Cícero Investigador) – Falar da Neusa é falar com saudade, uma pessoa muito querida em nossa cidade. Como secretária de cultura, conseguiu levar o nome de Ourinhos a todo o Brasil com belas realizações. Deixa um legado de competência, respeito.

Éder Julio Mota – Neusa foi um grande ícone da nossa cidade, uma pessoa que deixa um grande legado. A senhora Neusa se foi, mas a história fica. O mais importante no ser humano é deixar uma linda história, e quando se fala de cultura em Ourinhos, se lembra de Neusa Fleury.




Santiago de Lucas Ângelo – Nossa eterna secretária de cultura! Tive o prazer de trabalhar com ela de 2000 a 2004. Muitas realizações aconteceram durante suas gestões na secretaria de cultura. 

Edvaldo Lúcio Abel (Vadinho) – Fiquei muito triste e abalado quando soube de seu falecimento. Tentei escrever uma mensagem mas não encontrei palavras. Entendo que Neusa Fleury, por tudo o que fez, pelo legado, merece uma grande e diferente homenagem do Poder Legislativo de nossa cidade. Sua simplicidade, seu comprometimento, sua paixão pela cultura… Ourinhos deve muito à Neusa Fleury. 

Raquel Borges Spada – Em nome de todas as mulheres ourinhenses, quero deixar nosso respeito e carinho à família e amigos. Que Deus conforte seus corações. Nossa homenagem a ela por toda a representatividade que tem para Ourinhos.

Anísio Aparecido Felicetti – Fiquei muito triste com sua morte, mas preciso dizer da minha alegria por ter conhecido a Neusa Fleury, o trabalho que realizou e legado que deixou na cultura. Fui presidente da Liga das Associações de Moradores e nesse período tive uma participação muito ativa junto com a secretária de cultura Neusa Fleury. Eu pedia que levasse a cultura aos bairros, e a Neusa nunca disse não. Com todos esforços ela trabalhava, lutava para levar a cultura aos bairro. Me lembro de quantos bairros receberam a premiadíssima peça teatral “A Barca”, alunos das escolas de música e bailado nas festividades nos bairros com todo o apoio da Neusa. Me recordo com muita saudade e deixo meus sentimentos de todos os presidentes das associações de bairro, de todos aqueles que conheceram e admiraram o trabalho da Neusa Fleury.

Roberta Stopa – Eu conheci a Neusa pelo trabalho que ela desenvolveu na Cultura em nossa cidade. Sempre a admirei, e em 2020, ela me convidou para conversar sobre a candidatura coletiva à vereança, para entender quais seriam nossas propostas e projetos. Foi tão bom esse momento! Cheio de trocas e expectativas. Depois disso, tivemos várias conversas sobre cultura e, em especial, sobre preservação do patrimônio histórico de Ourinhos. Ela foi e é uma inspiração, e em tempos tão duros para a cultura, que seu legado seja inspiração para todos nós.

Projeto Acolher
Homenagem de Reginaldo Pereira Góis

Reginaldo Pereira Góis – Neusa Fleury: A Alma da Cultura Ourinhense que Viverá para Sempre em Nossas Memórias 

Hoje, nossa cidade amanheceu mais silenciosa, como se o próprio vento estivesse de luto. Perdemos Neusa Fleury, professora, escritora e ex-secretária de cultura de Ourinhos, mas seu legado ecoará por gerações.

Neusa dedicou sua vida à arte, à memória e à identidade cultural de nossa terra. Seu amor pelas palavras e pela história transformou páginas em pontes para o futuro, garantindo que nossas raízes jamais fossem esquecidas. Hoje, despedimo-nos com tristeza, mas também com gratidão, pois seu trabalho permanecerá vivo em cada livro, cada projeto, cada memória preservada.

Que sua luz continue a brilhar nos corações daqueles que, como ela, acreditam que a cultura é a alma de um povo.

19/04/2024: Neusa comemorou seu último aniversário em Florianópolis.

Day Antunes – Tenho uma kokedama linda dela aqui em casa! Ela até  precisa ser refeita, mas quis manter do jeito que as mãos dela deixaram.

As mãos da Casa do Kokedama; Marco Aurélio e Neusa Fleury.

Marco Aurélio Gomes – A maior parte da minha vida profissional foi ao lado da Neusa. Nossas afinidades nos uniram no trabalho e na vida. Entendo que todas as homenagens serão insuficientes diante da grandeza do que ela fez. Mas isso não me interessa muito. Sinto falta dos momentos que passamos juntos, nos reinventando a cada dia, sempre descobrindo novos caminhos. Sinto falta das nossas mãos sujas de terra quando cuidavamos do jardim ou para dar forma a mais um kokedama (nunca vi mais belos). As mesmas mãos que se mantinham unidas nas muitas dificuldades. Ainda me lembro do nosso encantamento com a chegada da nossa primeira caixa de abelhas sem ferrão. E de quando cozinhavamos, dividindo funções e esbarrando um no outro. O toque e a presença, sempre tão importantes. Combinamos de assistir ao show do Gilberto Gil em São Paulo. Não fomos, mas Glauber foi por nós. E lembro que Gil falou um dia que o tempo é o verdadeiro grande alquimista. Acho que juntar os cacos é compreender o tempo.

Neusa e Bernardo, seu filho mais velho.

Bernardo Fellipe SeixasMinha mãe se foi.

Mas o que ficou não é só saudade — é uma espécie de vento dentro de casa. Um cheiro de café, uma música tocando baixinho no fundo, a toalha de mesa bordada à mão.

Neusa Fleury Moraes.

Era minha mãe, sim, mas também era um modo de olhar o mundo. Me ensinou a andar, a juntar notas, a juntar letras e coragem. Me ensinou o respeito ao próximo, o combate às desigualdades e aos preconceitos, o amor pela natureza. Foi sempre a primeira pessoa a ler o que eu escrevia — e, às vezes, acho que ela gostava mais dos meus textos do que eu.

Com ela aprendi que é possível ser doce e crítico, gentil e firme. Que dá pra plantar flores mesmo na calçada esburacada.

Quando as coisas se complicavam — e elas se complicavam — ela levantava as sobrancelhas, ria de canto de boca e dizia: 

“Tinha que ser do jeito mais difícil, né, Bernardo Fellipe?”

E, de repente, tudo ficava mais fácil.

Durante mais de vinte anos, fomos também sócios, na Ipê Comunicação. Trabalhar com ela era como atravessar a ponte Pênsil de Chavantes: às vezes rangia, mas a vista era sempre bonita.

Seu legado na cultura não cabe num testamento. Está nas pessoas, nas salas de aula, nos palcos, nas bibliotecas, nos abraços que deu, nos livros que abriu, nas palavras que espalhou como quem joga sementes pro ar.

Ainda não sei direito como conviver com seu silêncio. Dizem que o tempo resolve, mas eu desconfio.

Porque a melhor parte de mim continua sendo ela.

E, de um jeito estranho e bonito, minha mãe está viva — dentro daquilo que não sei nomear, mas que me faz seguir.

Neusa com a filha Gabriela.

Gabriela Fleury Seixas – Minha abelha rainha voou para outra colmeia hoje. Te amo pra sempre.

Neusa com Glauber, seu filho caçula.

Glauber Henrique Seixas – Meu amor maior, minha melhor amiga. Ser seu filho é a minha maior sorte.
Minha Professora, que em seu colo me ensinou as primeiras notas, agora ensinando a passar pelo momento mais difícil da minha vida.
Você vive em mim e em meus irmãos. Em seus netos e bisnetos que virão. Vive em seus irmãos, sobrinhos, afilhados. Vive nos irmãos de coração da família Seixas. Vive no Marco, companheiro inseparável em todos os momentos. Vive na Xica, nas abelhas e na natureza que você amava tanto. E vive no seu imenso legado, nas tantas pessoas que tiveram a vida transformada por você.
Apesar de toda a luta nos últimos anos, você foi feliz. Tenho certeza disso.
Obrigado por tudo, mãe ❤️ Te amo mais que tudo.

Neusa e sua irmã caçula, Cibele.

Cibele Fleury Moraes – Minha irmã querida,

Ainda bem que eu disse o quanto te amava. Com palavras e alguns gestos. Não consegui me despedir de você como queria… ficou faltando o último abraço o último beijo carinhoso e aquela certeza que no dia seguinte faríamos contato por telefone WhatsApp áudios fotos qualquer coisa. Você mais que minha irmã foi minha mentora também. Minha amiga de todas as horas a quem confiava e contava todo o tempo. Eu sempre dizia que íamos viajar juntas… que ainda iríamos nos divertir e rir de coisas boas e até das pedras no caminho… mas não deu. Você lutou bravamente minha irmã. Você ê a pessoa mais corajosa e teimosa que já conheci. E talentosa na arte de reunir pessoas, espalhar luz, carinho amor e todo tipo de arte pelo mundo. Você ê uma estrela agora no céu te amo e vou te amar infinitamente. Obrigada por tudo minha irmã. Ate um dia. Tentarei ser forte como voce sempre me dizia…
Neusa mostra uma das espécies de suas abelhas sem ferrão a Bernardino Seixas.

Bernardino Mendes de Seixas – Mãe dos meus três primeiros netos, era tanto sentimento que a considerava como minha quarta filha. Foram 48 anos de convivência, muito respeito, muita sinceridade, amor.

Luiz Carlos Seixas e Neusa Fleury tiveram três filhos: Glauber (esquerda), Bernardo (centro) e Gabriela (direita).

Luiz Carlos Seixas – Sem ter a pretensão de ser melhor do que ninguém ou mesmo mudar a história dessa cidade, Neusa Fleury Moraes foi a pessoa mais importante na área da Cultura de Ourinhos no seu primeiro centenário. Importante porque consequente. Importante porque se empenhou em realizar o que precisava ser feito (e ainda não era), em criar o que a comunidade merecia (e ainda não tinha), em abrir tantas portas para tanta gente se realizar.

Lucas Fleury Moraes, sobrinho e afilhado. | Imagem: Arquivo pessoal

Lucas Fleury Moraes – Querida Madrinha (Escrevendo assim consigo ouvir sua voz, “meu sobrinho lindo”).

Nossa conexão começou logo nos meus primeiros dias de vida, quando meus pais convidaram você para ser minha madrinha de batizado. Desde que me lembro por gente, te encontrar era, toda a vez, um momento prazeroso. “Madrinha!”. Isso foi na minha infância, isso foi na minha adolescência e isso foi na minha fase adulta. Você nunca deixava um aniversário sequer passar em branco!  Sua ligação era certeza! Isso é uma prova de seu companheirismo, carinho e alegria que exalava. Sou teu sobrinho e afilhado… isso é uma sorte tremenda! Assim como seus filhos têm a sorte de tê-la como Mãe, seus netos tê-la como avó, seus irmãos como a irmã mais velha, seus pais como filha, seu companheiro como companheira e seus amigos como amiga.

Até esses dias atrás, me envolvi numa discussão acalorada. Você estava no hospital. Após aquele conflito todo, minutos depois, quando deitei e olhei o céu azul, estava injuriado, ouvi nitidamente sua voz em meu ouvido: “Tem gente que não compensa”. Era você, eu sei!

Você me deu muitos e muitos conselhos, em todas as fases da minha vida.

Madrinha, você mostrou a todos nós, que mesmo passando por uma dificuldade atroz, um fardo terrível para o corpo, tendo ainda que lhe dar com relações difíceis, continuou com a alegria e vontade de viver, o riso fácil, os ouvidos voltados à música, o valor dos encontros amigos e uma luta por uma sociedade democrática e não autoritária. Me dava conselhos e puxava minha orelha. “Ei tranqueira, por que não te vi lá?” – Era pra ter perdoado e feito o certo. Você era assim!

Você é uma mulher muito, mais muito forte! Você é uma mulher preocupada em realizar. Trabalhou para dois municípios. Não gostava de discutir, de brigar, de protagonismos. Realizava-se em realizar. Uma mulher honesta! Sinceridade diante da vida. Não fugia da realidade, mas, também não dava bola pra tanta dureza dela. Teve ainda, aposentada, vários hábitos saudáveis! Fazia composteira em casa, para gerar adubo para as plantas! Fazia e vendia as “Kokedamas”, plantas dentro de um coco e até semanas atrás, criava colmeias de abelhas em casa junto de seu companheiro Marco!

Não sei se encontrei as palavras certas para expressar tudo oque você significa em nossas vidas, o importante é que você sabe, e nós sabemos!

Obrigado por sua passagem por aqui madrinha! Você se tornou muito mais que minha madrinha, figura para mim no alto da estante dos ídolos, e com razão!

Essa carta vai com um abraço apertado em seus filhos Bernardo Fellipe Seixas, Gabriela Fleury Seixas e Glauber Seixasr. Nos netos Caetano, Leonardo, Carolina, Gael e também no seu companheiro Marco Aurelio. Bom descanso querida Madrinha! Viva Neusa! Te amo! Até mais…

P.S No dia dessa foto você me deu um exemplar de “Reunião” – Carlos Drummond de Andrade.

Rafael FleuryÉ Neusinha, queria poder me despedir mais apropriadamente e te dizer que o show terminou e que as cortinas baixaram, e se ouvia apenas os aplausos de quem aproveitou sua ilustre presença em nossas vidas. Eu me despeço e peço que cuide de todos nós aí de cima, que bote o papo em dia com o vô e a vó, que cuidaremos de tudo aqui. Agradeço por ter sido a minha tia querida, atenciosa, amorosa que ficava toda feliz quando eu lhe mandava minhas pesquisas e textos. Amei ter você em minha família e todos nossos momentos juntos, nas suas broncas quando eu lia as poesias escritas nas paredes da sua casa que  sempre me dizia para ver o ritmo da prosa. Saiba que é com muito pesar que me despeço, tia, e que o show tem que continuar. Te amo Tia, e sempre amarei.

Ana Cláudia Seixas – E assim como um fechar de uma janela nossa irmã do ❤ nos deixou. Que tristeza meus queridos sobrinhos Gabi, Fê e Lau! Que esse sorriso permaneça para sempre em nossos corações e assim vamos lembrar dessa mulher guerreira, mãe exemplar, esposa parceira, Vó perfeita e irmã querida! Que Deus te receba com tapete vermelho, Neusa Querida!

Amanda Azollini Chueiri – Eu sinto tanto, mas tanto que nem sei dizer! Eu tinha um carinho infinito pela Neusa, uma pessoa incrível e do coração maravilhoso!  Que ela tenha seu descanso muito mais que merecido! E que quem fica consiga seguir com todo amor que ela deixou! ❤

Neusa na Praça Mello Peixoto, centro de Ourinhos, em 2022. | Foto: Brenda Cardin

Brenda Vitória Cardin – É assim (foto acima) que vou me lembrar da Dona Neusa Fleury, sorridente. Nenhuma foto que eu tirava dela ficava ruim, sempre fotogênica. A famosa secretária de Cultura de Ourinhos que trouxe arte para a cidade, que mudou a vida de tanta gente, e que se não fosse por ela, eu jamais teria a chance de ter estudado ballet de graça quando criança, mesmo que naquela época nem imaginasse que anos depois ela seria tão próxima de mim. Ela mudou minha vida também. Me ajudou a ver que as coisas mais lindas, estão nos pequenos detalhes. Me acolheu como parte da sua família. Sua força e resiliência inspirou e continuará inspirando todos nós que pudemos acompanhar pelo menos uma fração da sua passagem aqui na Terra. O céu vai ficar florido e cheio de abelhinhas com a sua chegada.

REPERCUSSÃO NA IMPRENSA

Capa – TRIBUNA OURINHENSE
Página 4 – TRIBUNA OURINHENSE
Passando a Régua
Ourinhos TV
Capa – EN DIA
Página 2 – EN DIA
Página 3 – EN DIA
Página 4 – EN DIA
Página 5 – EN DIA
Ourinhos Online
página D
Reporter Ourinhos
EN DIA/Negocião
Voz de Ourinhos

Jornal ARTE: Neusa Fleury Moraes foi a autora homenageada no 4⁰ Concurso de Contos e Crônicas, realizado pelo Incena, de Ourinhos, em 2021. Texto da curadoria do concurso:

“Todos reconhecem a sua importância no cenário cultural de Ourinhos e Região. Na Secretaria de Cultura, você organizou festivais de música, dança, teatro, enfim, deu apoio à arte em todas as suas manifestações.
Na literatura, lançou o Projeto Via Verso, foi curadora do Festival A(o)gosto das Letras, de 2009 a 2014. Com Marco Aurélio Gomes, publicou os livros Um olhar sobre a presença japonesa em Ourinhos e Divina comunhão- A festa de todos os sons.
Marco Aurélio, resume, no prefácio de seu livro de poesias, me voy me vengo, seu amor pela literatura. “Antes de escrever poesias, Neusa é, sobretudo, leitora. Não é por acaso que seus esforços sempre foram no sentido de promover a leitura; quem a conhece, sabe do que estou falando. Como Secretária de Cultura, suas ações sempre reforçaram a ideia de que a literatura é ferramenta essencial ao ser humano. Foram muitos anos dedicados a projetos culturais que transformaram realidades e alimentaram o desejo de criação de muita gente.”

Neusa Fleury: A Estrela que iluminou a Cultura de Ourinhos

Partido Solidariedade – Santa Cruz do Rio Pardo e Canitar

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