
Se por um lado iniciativas populares como as do projeto Cidade Verde realizam ações de plantio de árvores com intenção de melhorar o paisagismo e contribuir para amenizar a temperatura na cidade, a Prefeitura de Ourinhos tem se encarregado de diminuir as áreas verdes. Exemplos são a construção de ciclovias na avenida Expedicionários e criação de novas vagas para estacionamento nas praças da cidade.
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O engenheiro agrônomo Rafael Cortez lamenta a intervenção da Prefeitura:
“Sou ciclista, apoio a construção de ciclovias. Mas as áreas verdes da avenida dos Expedicionários estão sendo massacradas”. Segundo ele, de uma só vez quase 3.500 m2 de canteiro de área verde e dezenas de árvores foram removidas para a construção da ciclovia. “A avenida é uma das principais entradas da cidade. A arborização nas calçadas é falha, e o canteiro central era sua área verde mais significativa”.

A instalação da ciclovia reservou uma área de cerca de 30 cm no centro do canteiro, o que não é suficiente para que as árvores tenham vida saudável.

“Isso não compensa as perdas e sufoca as árvores”, diz Rafael, concluindo que “se o desenvolvimento de nossa cidade não levar em conta as questões ambientais, a qualidade de vida por aqui irá piorar muito. Se continuarmos assim, teremos que conviver com problemas de enchentes e direcionar recursos financeiros para obras de drenagem, o que inviabiliza outros investimentos necessários”.

“Vou sentir um desgosto toda vez que passar por ali. Poderíamos ter aprendido com os erros de São Paulo, onde a população sofre com o excesso de asfalto e concreto. Pelo jeito ainda teremos que errar muito para depois tomarmos o rumo correto”, lamenta Rafael.
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