Estado de São Paulo perde 11,5 mil postos de trabalho na indústria no mês de junho

João Dória, ex-prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin ex-governador de São Paulo e o presidente Michel Temer. | Foto: O País

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou ontem, 17, que foram fechados 11,5 mil postos de trabalho no mês de junho. A indústria paulista apresenta pelo segundo mês consecutivo fechamento de vagas em seu quadro de funcionários. O número representa uma queda de 0,53% em comparação com o mês de maio, na série sem ajuste sazonal. Com o ajuste sazonal o resultado também é negativo: 0,27%.

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Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa da Fiesp para o mês de junho, quatro ficaram positivos, dois, estáveis e 16, negativos. Entre os positivos, os destaques ficaram por conta de Bebidas, com geração de 331 postos de trabalho, seguido por produtos Farmoquímicos e farmacêuticos (196) e Impressão e reprodução de gravações (108).

No campo negativo ficaram, principalmente, produtos Alimentícios (-2.910), Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2.377) e produtos de Borracha e de material plástico (-1.160). Os dados de Nível de Emprego do Estado de São Paulo foram divulgados nesta terça-feira (17/07) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.

Apesar de os meses de junho, desde 2011, apresentarem saldo negativo, o presidente em exercício da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, lembra que esta queda é a pior do período recente. “Esse junho foi pior, em termos de empregabilidade para a indústria paulista, do que o mês de junho do ano passado. Algumas variáveis políticas e econômicas estão influenciando fortemente alguns setores importantes, como o alimentício, por exemplo, que sofreu uma forte perda de postos de trabalho”, avalia Roriz.

Segundo dados do IBGE, 13,2 milhões de brasileiros estão em busca de emprego.

Em dezembro de 2016 o Congresso Nacional aprovou a PEC 95, de autoria do presidente Michel Temer (MDB), que congelou os gastos em saúde e educação e limitou o reajuste do salário mínimo à inflação pelo período de 20 anos. Em janeiro de 2017 o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) enviou à Assembléia Legislativa um projeto semelhante ao de Temer, bloqueando investimentos públicos e reajustes do funcionalismo. A crise econômica no Brasil parece não ter fim.

Com informações de Cristina Carvalho, Agência Indusnet Fiesp.

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