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por Bernardo Fellipe Seixas
Durante todo o domingo nas redes sociais os amigos, companheiros de trabalho, funcionários públicos, políticos e pacientes lamentaram a morte do ex-prefeito e médico ourinhense Dr. Clóvis Chiaradia, ocorrida ontem, 14, por problemas renais. Ele tinha 86 anos, e foi eleito prefeito em 1988, tendo sua gestão marcada pelas questões sociais. Em 1996 foi eleito vice-prefeito de Toshio Misato, tendo assumido a Prefeitura durante seis meses em 1999.
Em sua gestão foram construídas casas populares e houve investimentos relevantes na educação, cultura e esportes. Através de sua iniciativa, o escritor Jefferson Del Rios pôde escrever e publicar o livro mais importante sobre a história da cidade, “Ourinhos, memórias de uma cidade paulista”, e foi realizado concurso para escolha do Hino da cidade, de autoria de Fernando Henrique Mella Ribeiro, o Fernando Cavezale, recentemente falecido vítima da Covid-19.
Durante seu mandato, Clóvis Chiaradia deu início à construção do prédio que abrigaria um grande sonho, a construção do Hospital Regional, mas não foi possível terminar a obra. Durante anos o esqueleto do prédio ficou abandonado, até que, em 2013, durante a gestão Toshio Misato, o projeto foi concluído, transformando-se no Ambulatório de Especialidades – AME, mantido pelo governo estadual.
A escola Profª. Dorothildes Bononi Gonçalves, a EMEI Maria José Ferreira e as NEI Nhandeara, Curupira, Benedita Fernandes Cury, Marupiara, Enry Cesar Cury Negrão e Curumim são algumas obras marcantes da sua gestão (1989-1992).
Apaixonado pela cultura indígena, Clóvis Chiaradia publicou em 2008 o “Dicionário de palavras brasileiras de origem indígena”, contendo cerca de 30 mil verbetes, uma referência na bibliografia sobre o assunto.
O velório aconteceu na tarde de hoje, na Câmara Municipal, reunindo amigos, familiares e autoridades que lembravam a personalidade humilde, a formação humanista, o olhar para os mais pobres e a cultura invejável do ex-prefeito. O músico Ronaldo Camacho, amigo pessoal da família Chiaradia, emocionou a todos ao cantar Romaria, sucesso de Renato Teixeira. Veja o vídeo ao final da matéria.
Clóvis Chiaradia era casado com a professora e ex-vereadora Adelheid Chiaradia, e deixou os filhos Bruno, Caio e Betina, noras, genro e netos.
O caixão com o corpo de Dr. Clóvis deixou o plenário da Câmara carregado pelos filhos e familiares, sob uma longa salva de palmas.
Veja abaixo o filme “Ourinhos 1988”, de Luiz Carlos Seixas, que conta a história da eleição municipal que consagrou Clóvis Chiaradia como prefeito.
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