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Eduardo Bolsonaro reduz mulheres da CCJ a “pessoas portadoras de vagina”

9 de abril de 2021

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) referiu-se às mulheres parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) como “pessoas portadoras de vagina”. A afirmação aconteceu ontem, em publicação pelo twitter. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo e pela revista Isto É.

A deputada Joice Hasselmann (PSL) declarou que vai protocolar uma representação contra o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, segundo ela, deputadas de todos os partidos devem endossar o documento. “Ele agrediu todas as parlamentares, inclusive as do partido dele”, disse Joice, ex-apoiadora do presidente.

Eduardo Bolsonaro publicou em seu Twitter um vídeo da CCJ em que o deputado Éder Mauro (PSD) discute com a deputado Maria do Rosário (PT), dizendo que ela precisava de “um médico”, pois “não para de falar”.

“Parece, mas não é a gaiola das loucas, são só as pessoas portadoras de vagina na CCJ sendo levadas a loucuras pelas verdades ditas pelo Dep. @EderMauroPA 1.000°”, foram as palavras de Eduardo.

Também pelo Twitter, Joice Hasselmann disse que a frase sexista de Eduardo Bolsonaro representa, no mínimo, “quebra de decoro parlamentar em qualquer Congresso sério do mundo”.

Não é a primeira vez que um integrante da família do presidente agride mulheres publicamente. Em abril de 2017, Jair Bolsonaro disse que sua única filha mulher ocorreu após uma fraquejada. Um ano antes, em entrevista à Luciana Gimenez, no programa Superpop, o atual presidente disse que não empregaria uma mulher com o mesmo salário de um homem. Na semana passada, o filho mais novo de Bolsonaro, Renan, cuspiu no rosto da própria mãe, em vídeo publicado no aplicativo TikTok.

Algumas pessoas descrevem Bolsonaro e família como homens “autênticos”. Quando o assunto é agredir mulheres, desvalorizá-las e tratá-las como um “pedaço de carne”, precisamos concordar que eles são insuperáveis. Baixaria total.