Criação de novos empregos na região tem números tímidos no primeiro trimestre

Esta reportagem foi atualizada em 1º de junho de 2019.

Os novos dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta semana, com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram uma tímida retomada na geração de emprego em cidades da região. Ipaussu, Ibirarema e Ribeirão do Sul tem bons desempenhos, enquanto Santa Cruz do Rio Pardo é a surpresa negativa, com menos 1.387 postos de trabalho. (Confira tabela com  cidades da região abaixo, nesta reportagem).

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Analisando todo o país, o saldo ficou no vermelho. Após quase 18 meses no azul, o comércio varejista voltou a mais fechar do que abrir lojas no primeiro trimestre. Entre janeiro e março, 39 pontos de venda lacraram as portas no Brasil, o que confirma os dados de estagnação econômica do país. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio (CNC), com base em dados do Caged.

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O estudo mostra que o segmento de vestuário e calçados foi o que mais fechou lojas no Brasil durante o primeiro trimestre de 2019 – quase 400 – e também o que mais demitiu trabalhadores; 65,7 mil pessoas, de um total de 101,4 mil funcionários.

Até as farmácias, que vinham sobrevivendo à crise, sucumbiram no primeiro trimestre. Foram fechados 196 estabelecimentos, número que supera o encerramento de pontos de venda de móveis e eletrodomésticos. Já os supermercados e hipermercados, que vendem itens de consumo básico, continuaram no azul e inauguraram 645 lojas entre janeiro e março.

É fácil encontrar placas de “Aluga” e “Vende” em pontos comerciais tradicionais do centro de Ourinhos.

Em Ourinhos, o retrocesso no varejo é visível. Numa rápida caminhada pelas ruas Paraná, Antônio Carlos Mori e Rio de Janeiro, e em galerias comerciais no centro da cidade, é possível contar inúmeras portas fechadas com placas de “Aluga” ou “Vende”. Nos bairros a história não é diferente: salas em conjuntos comerciais aguardam, há anos, a primeira locação.

Jovens ourinhenses sofrem com falta de oferta de empregos.

Para o economista Luiz Alberto Marques Vieira Filho, formado pela USP e mestre em economia pela Unicamp, o resultado é influenciado por fatores sazonais. “Todo começo de ano acontece a criação de empregos em Ourinhos, mas isso não se mantém no restante do ano. Em 2018, foram criados 372 empregos no primeiro trimestre, e o saldo do ano foi de apenas 17 empregos gerados, o que é quase zero para uma cidade do porte de Ourinhos”, diz Alberto, lembrando de um importante dado do passado.

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“Desde 2014 a cidade de Ourinhos perdeu 2.183 empregos formais. Isso comprova que estamos longe de qualquer recuperação”.

“A fraca retomada do mercado de trabalho mostra que a recuperação do consumo pode não acontecer. Sem garantia de consumo ninguém voltará a investir no Brasil, e a economia tende a permanecer no fundo do poço”, conclui o economista.
Tabela atualizada em 1º/06/2019.

Todos os municípios do norte do Paraná mais próximos de Ourinhos apresentaram resultados positivos na criação de empregos no primeiro trimestre deste ano. Cambará obteve o melhor desempenho, com 270 novos postos de trabalho, seguida de Jacarezinho (112), Andirá (72) e Ribeirão Claro (27).

Inauguração do shopping está prevista para o mês de julho. | Foto: Ourinhos Plaza Shopping

Expectativa

Apesar do cenário pouco otimista para a economia nacional, em Ourinhos a situação é diferente. No final do mês de março o Jornal Biz publicou uma reportagem sobre a expectativa de comerciantes locais para a inauguração, em julho, do primeiro shopping da cidade. Segundo o prefeito Lucas Pocay (PSD), o Ourinhos Plaza Shopping, localizado na rua Cardoso Ribeiro, vai gerar mil novos empregos.

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