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por Bernardo Fellipe Seixas
Antes críticos ao uso de dinheiro público para partidos políticos, bolsonaristas votaram em peso a favor do projeto
“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. O ditado popular usado para exemplificar maus exemplos e atitudes resume o que foi a votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que ampliou os recursos do fundo eleitoral de R$2 bilhões para mais de R$5,7 bilhões.
Se nas redes sociais o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os deputados e senadores que o apoiam se manifestavam contrários ao projeto, a coisa mudou quando a votação começou. Na Câmara foram 278 votos favoráveis e 145 contrários. Já no Senado, o placar foi de 40 votos a favor e 33 votos contrários. O texto segue para sanção presidencial.
A reserva de R$ 5,7 bilhões para as campanhas do ano que vem representa um aumento de 185% em relação ao valor que os partidos obtiveram em 2020 para as disputas municipais – R$ 2 bilhões. É também mais que o triplo do que foi destinado às eleições de 2018, quando foi distribuído R$ 1,8 bilhão.
O valor global aprovado para campanhas eleitorais em 2022 supera, por exemplo, o orçamento previsto este ano para diversos ministérios, como o do Meio Ambiente (R$ 534 milhões), e o da Cidadania (R$ 2,9 bilhões).
Entre os deputados que votaram a favor estão Capitão Augusto (PL), Eduardo Bolsonaro (PSL), Pastor Feliciano (Republicanos), Luiz Carlos Motta (PL), Celso Russomano (Republicanos), Policial Kátia Sastre (PL), Fausto Pinato (PP), Jefferson Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB), Bia Kicis (PSL) e Carla Zambeli (PSL), entre outros. Os partidos da base governista do presidente Jair Bolsonaro na Câmara, como o PTB, Patriotas, Republicanos, Solidariedade, PSC, PROS, PP e PL, fecharam questão com apoio total ao projeto.
Alguns partidos, no entanto, tiveram consenso pelo voto contrário ao aumento do fundo eleitoral, como o PT, Novo, PCdoB, Psol, PV e Rede. Nesse bloco encontram-se alguns deputados com atuação na região: Arlindo Chinaglia (PT), Rodrigo Agostinho (PSB), Eduardo Cury (PSDB), Luiza Erundina (Psol), Renata Abreu (Podemos) e Tabata Amaral (PDT).
SENADO – O placar apertado (40 a 33) indica que o resultado poderia ter sido diferente se oito senadores não tivessem faltado à votação. Os senadores paulistas José Serra e Mara Gabrili, do PSDB, votaram contra o projeto. Fernando Collor e Flávio Bolsonaro votaram a favor.
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