Governo Guilherme tem 469 nomeações em cargos comissionados e funções de confiança

Imagem: Reprodução Google

por Bernardo Fellipe Seixas

Prefeitura tem quase 500 servidores nomeados por indicação política, e número de empregados em empresas terceirizadas é guardado a sete chaves.

O Diário Oficial do Município de Ourinhos, publicado na quinta-feira (30), trouxe a lista atualizada de servidores nomeados em cargos comissionados ou funções de confiança (FC) no governo do prefeito Guilherme Gonçalves (Podemos). A publicação atende à legislação municipal de 2018, que determina a divulgação, a cada quatro meses, de nome, local de trabalho, data de admissão e exoneração de cada servidor.




Ao todo, são 469 pessoas ocupando cargos de livre nomeação. Os comissionados são escolhidos por indicação política. Já as funções de confiança são destinadas a servidores concursados e funcionam como uma gratificação salarial adicional. Os valores dos bônus variam entre R$700 (FC5), R$1.000 (FC4), R$1.500 (FC3), R$2.000 (FC2) e R$3.000 (FC1). Na prática esses bônus funcionam como acréscimos salariais, e também como mecanismo de fidelização política dentro da estrutura pública.

A Secretaria de Saúde lidera o ranking com 57 servidores – sendo 9 comissionados e 48 FC’s. A Educação vem em seguida, com 9 comissionados e 39 FCs. Na outra ponta, Comunicação tem 6 servidores, e Gabinete e Inclusão, 7 cada.

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Folha de pagamento geral se aproxima de R$20 milhões por mês

A Prefeitura de Ourinhos tem uma folha salarial mensal de quase R$20 milhões, valor que engloba efetivos, comissionados, gratificados, além de funcionários da Câmara Municipal (35), do Instituto de Previdência Municipal (IPMO, com 9 servidores) e da UMMES (1 servidor).

No entanto, o número de trabalhadores vinculados a empresas terceirizadas continua sendo um mistério. A Prefeitura não divulga quantos são nem onde atuam, embora estimativas indiquem que esse número ultrapasse 400 pessoas. Os contratos com empresas como Samais, Caçambas Brasil, MB Serviços, IGEV e com associações como Abedesc e Aobe somam aproximadamente R$8 milhões mensais, segundo fontes com acesso aos empenhos públicos.

Importante destacar: esse valor não inclui os repasses mensais à Santa Casa, UPA, Posto de Saúde Central (Postão) e Posto da Cohab, que também recebem recursos volumosos da Prefeitura para a prestação de serviços públicos de saúde.

Promessas de campanha seguem sem cumprimento

Durante a campanha eleitoral, o prefeito Guilherme Gonçalves (Podemos) prometeu enxugar a estrutura da Prefeitura, reduzir cargos comissionados e rever contratos milionários com empresas terceirizadas. Cinco meses depois de assumir o governo, a máquina pública continua robusta e cara — com centenas de servidores em funções políticas ou gratificadas, e contratos externos mantidos sem transparência.

A ausência de informações básicas sobre o número de terceirizados e a falta de detalhamento dos vínculos reforçam a crítica de que a administração atual reproduz práticas antigas de aparelhamento, opacidade e loteamento da máquina pública, distanciando-se do discurso de renovação e eficiência apresentado à população durante a campanha eleitoral.

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