Fapi, Santa Casa, política…

CANETADA 30.5.17

Dois pesos

O vereador Vadinho cobrou da Prefeitura uma programação para as operações tapa-buraco. Homem forte dos governos Toshio (2005-2012) e Belkis (2013-2016), o vereador disse que “já são seis meses e não sabemos o planejamento, as prioridades”. Seis meses, doze anos… precisa falar mais alguma coisa?

 

Calamidade

Para rebater Vadinho, o líder do prefeito na Câmara, vereador Éder Mota, disse que o atual governo herdou uma “maldição” das administrações passadas.

 

Uma imagem vale mais que mil palavras

Se tem alguém na Câmara Municipal que está trabalhando muito nesse início de governo é o setor de videoreportagem. A maioria dos vereadores solicita o serviço e ilustra o discurso no telão da Câmara. O assunto mais abordado? Um sorvete pra quem acertar!

 

Bate-boca

Em sua fala o vereador Flavinho do Açougue deu a entender que a Câmara retirou da pauta o projeto que autorizava a cobrança dos shows da Fapi porque o prefeito não teria maioria na votação. “Conversei com alguns vereadores e eles disseram que eram contrários”. O presidente do Legislativo Alexandre Zóio informou que o projeto foi retirado a pedido da Prefeitura, porque houve parecer jurídico da Câmara informando que o assunto era prerrogativa do Executivo.

 

Dê nomes aos bois

Zóio disse que Flavinho deveria citar os nomes dos vereadores que votariam contra. Flavinho respondeu que “todos sabem quem são os vereadores” e partiu para a ofensiva dizendo que Zóio não deveria emitir opinião da cadeira de presidente e sim da tribuna.  Zóio retrucou dizendo que Flavinho não deveria se manifestar pelos outros edis e sim citá-los. “Eu represento essa casa e os outros vereadores”, disse o presidente da Câmara, encerrando o assunto.

 

Vai ter que pagar

A cobrança de ingresso na Fapi foi autorizada através de Decreto do prefeito. Os vereadores aliados até tentaram dividir o ônus político com Lucas Pocay, mas a comissão de Constituição e Justiça da Câmara respondeu que a decisão era prerrogativa exclusiva do prefeito.

 

Dinheiro público na Fapi

Éder Mota leu o Decreto informando que a Prefeitura cede o espaço, quem realiza o evento é a AIOR (Associação das Indústrias de Ourinhos e região), tentando isentar a Prefeitura de investimentos no local. Segundo ele, o Executivo decidiu investir recursos em outras prioridades, como a compra de medicamentos. Vale lembrar que a Prefeitura abriu Licitação, nº 43/2017, no valor de R$767.128, para locação de stands e fechamento lateral de pirâmides para a FAPI. O pregão já aconteceu e a conta ficou em “só’ R$384.500,00.

 

Cargos de confiança em ação

Na discussão com o presidente Alexandre Zóio, Flavinho apontou que “cargos de confiança da prefeitura vão até a Câmara para tumultuar a sessão”. Pediu, inclusive, que o cinegrafista mostrasse as pessoas no plenário, mas não foi atendido.

 

Lucidez

O vereador Alexandre Enfermeiro usou a tribuna para tratar de grave problema da saúde: a falta de leitos para internação na Santa Casa. “Quem tem um parente, uma pessoa próxima, sabe a urgência que é quando você precisa de internação. O prefeito aumentou o repasse de recursos ao hospital, mas o problema é nacional, atinge todas as cidades com perfil parecido com a nossa. A Santa Casa tem que vender serviços, convênios, para cobrir o rombo que o Governo Federal faz de conta que não enxerga. Precisamos mobilizar deputados federais, senadores. O problema é grave”.

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