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por Bernardo Fellipe Seixas
CANETADA nº 143 | 03/03/2022
Dinheirama
O exército de cargos comissionados e funções de confiança da Prefeitura, Câmara, SAE e IPMO já consumiu quase R$46 milhões dos cofres públicos no segundo mandato do prefeito Lucas Pocay (PSD). A informação consta do último boletim do Observatório Social, divulgado na manhã desta quinta-feira (3). São 14 meses de governo e exatos R$45.838.214,70 gastos, o que dá uma média mensal superior a R$3 milhões.
Mais privatização?
Raquel Spada (PSD) pede que a Prefeitura realize estudos para contratar empresas para atuar na limpeza de escolas e unidades de saúde. Com todos cargos comissionados ocupados na atual gestão, a alternativa poderia viabilizar a indicação de apadrinhados de vereadores em empresas com contrato com o Executivo (como vem ocorrendo há anos). Fica a pergunta: por quê não a realização de concursos públicos?
De novo?
Há quase nove anos a Prefeitura de Ourinhos atendeu pedido da Associação de Moradores das vilas Perino, Recreio e Mano, e demoliu os banheiros da praça Kennedy, conhecida popularmente como “Seminário”. Sem condições de uso para famílias que frequentavam a praça, atualmente tomada por trailers de lanches, os banheiros eram utilizados para o consumo de drogas e até como abrigo, por moradores de rua. O vereador Anísio Felicetti (PP) agora quer que a Prefeitura construa, de novo, sanitários no local. Será que ele já ouviu quem mora nas imediações?
Promessa é dívida!
Cícero Investigador (Republicanos) quer o cumprimento da promessa feita pelo prefeito Lucas Pocay para a implantação de uma passarela no viaduto da avenida Jacinto Sá. Desde 2017 o vereador solicita, por meio de requerimentos, a construção do dispositivo. Em 2019 o prefeito chegou a anunciar publicamente a obra, ao lado do deputado estadual Ricardo Madalena e do então vereador Sargento Sérgio, mas tudo ficou no discurso.
Transparência zero
Roberta Stopa (PT) insiste para que a Prefeitura informe os Conselhos Municipais e Comitês do Poder Executivo, com seus integrantes, em seu site oficial. Transparência na atual gestão é algo que só existe no discurso ilusionista do prefeito.
Transparência zero II
A representante do Coletivo Enfrente na Câmara também cobra o cumprimento da Lei Orgânica do Município quanto à publicação e envio de relatório completo trimestral sobre os gastos em publicidade e propaganda realizadas pela administração direta, indireta, fundações e órgãos controlados pela Prefeitura. Rádios, TV’s e sites de Ourinhos e região são muito bem remunerados para falar bem da atual gestão e fechar os olhos para as inúmeras irregularidades. Roberta já apresentou requerimento em 2021, mas recebeu um relatório confuso e incompleto.
Charge da semana
Marketing de araque
A população da cidade “referência em segurança nacional”, segundo palavras do próprio prefeito, se viu acuada e assustada com os inúmeros furtos de veículos e pessoas nos últimos dias. Alguns dos crimes foram flagrados por câmeras residenciais e do sistema público, e as imagens correram as redes sociais. Apesar da propaganda chapa-branca dizer que “Ourinhos é cidade monitorada por câmeras”, o número de veículos recuperados é muito pequeno, e não se tem dados oficiais sobre a quantidade de criminosos identificados com a ajuda do “big brother” municipal, que custa milhares de reais aos ourinhenses.
Acende a luz!
Ourinhenses aguardam ansiosos que o prefeito Lucas Pocay comece a gastar os recursos dos empréstimos milionários com iluminação pública. A cidade está um breu, o que aumenta a sensação de insegurança.
Prioridades
O que é mais importante divulgar para a população? Acidentes de trânsito ou um show cultural? Para Lucas Pocay são as colisões flagradas por câmeras de vigilância. O prefeito não perde uma chance de exibir as “cenas impactantes” dos desastres em suas redes sociais, mas se esqueceu totalmente do espetáculo de carnaval produzido por artistas ourinhenses e gravado no Teatro Municipal.
Cada um no seu quadrado
Roberto Tasca (MDB) quer campanha de conscientização para que ciclistas usem as ciclovias em vez das calçadas. Vale ressaltar, porém, que é fácil comprovar que há mais pedestres caminhando nas ciclovias do que ciclistas nas calçadas. Há três anos, uma loja de bicicletas (Maka Bike) instalou placas pedindo respeito à distância segura dos ciclistas, banneres sinalizando “Só bike” em alguns locais e fez sinalizações de solo. Infelizmente, não adiantou.
Cidade da inclusão #sqn
Usar as calçadas de Ourinhos a pé, de bicicleta ou numa cadeira de rodas, é tarefa difícil e arriscada. Muitos moradores não respeitam a legislação e deixam materiais de construção, por meses, impedindo a passagem. O poder público não dá exemplo, e a falta de conservação é um grave problema. Sabe o que a Prefeitura faz? Nada!
Tá ruim mas tá bão!
Integrante da base governista reclama do estado das ruas na Boa Esperança, Parque Minas Gerais e vila Sândano. Vereador do partido do prefeito escreveu em um requerimento que as vias se encontram em “forma precária”.
Imprensa
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A CANETADA é uma coluna opinativa do Jornal Biz, publicada semanalmente e assinada por Bernardo Fellipe Seixas.
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