CANETADA Edição 117 – 11.8.20
Enganation
O prefeito Lucas Pocay (PSD) diz nas redes sociais que faz uma “gestão transparente”, mas na prática o que acontece é o oposto. Lucas insiste em não responder aos requerimentos de informações dos vereadores, desrespeitando o Poder Legislativo, e só se comunica com a imprensa chapa-branca, à qual controla a linha editorial na base de vultuosos repasses de dinheiro público. Podemos também enumerar dezenas de casos de sonegação de informação na saúde municipal, em gastos dos cofres públicos ou até na ausência dos nomes de sua equipe de governo no site oficial da Prefeitura. Se “gestão transparente” é assim, imagine uma suja e desonesta.
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Põe na conta
O Ministério Público de Ourinhos ajuizou ação de improbidade administrativa contra o prefeito Lucas Pocay, o Procurador Jurídico Gustavo Paschoal e outras quatro pessoas por irregularidades no escândalo da usina de asfalto móvel. O inquérito do MP foi instaurado a partir de representação do deputado federal Capitão Augusto (PL), e pode suspender os direitos políticos de Pocay. Com tanta irregularidade acontecendo na atual gestão, fica difícil até para a imprensa enumerar as investigações judiciais sobre a gestão Lucas Pocay: antes da pandemia eram mais de 40!
Pesado!
O parecer do Promotor Otávio Ferreira Garcia ressalta que “a aquisição da usina de asfalto jamais poderia ter ocorrido mediante sistema de registro de preços, absolutamente inadequado à espécie” e lembra que a justificativa de Lucas Pocay foi de que no início da gestão, “o grande volume de trabalho pode ter influenciado na equivocada escolha” daquele sistema (usina). O promotor é duro ao refutar a resposta de Pocay: “Incrível que alguém que se apresenta como gestor, coloca seu nome ao crivo do eleitorado, é escolhido pela população e passa a gerir o dinheiro público, invoque motivos dessa natureza para justificar o descumprimento da Constituição e das leis”.
Puxador
O Jornal Biz lançou no Instagram a disputa pelo Prêmio Puxador 2020, que tem como objetivo condecorar o vereador mais puxa-saco do atual prefeito e descontrair o pesado clima político em Ourinhos. A votação é aberta para qualquer pessoa ativa no aplicativo, através de enquete nos Stories, e vem recebendo grande participação de leitores. Nos primeiros dois duelos, Caio Lima venceu Cido do Sindicato, e Raquel Spada derrotou Alexandre Zóio. No momento ocorre a disputa entre Sargento Sérgio e Santiago Lucas. Clique aqui para votar.
Justiça lenta
Após 21 anos a Justiça finalmente encerrou o “caso Engesp”, que causou o afastamento do então prefeito Toshio Misato do cargo de novembro de 1999 a maio de 2000. O caso envolvia o pagamento de R$14,9 mil para a Engesp construir uma quadra esportiva. Na sentença o juiz Nacoul Badoui Sahyoun inocentou Toshio, e concluiu que o então prefeito exonerou os envolvidos e determinou a abertura de sindicância para apurar o caso, além de os R$14,9 mil terem sido devolvidos aos cofres públicos. O Jornal Debate, de Santa Cruz do Rio Pardo, foi o veículo de imprensa que mais cobriu o caso à época, e publicou matéria em sua última edição.
Que feio!
A Câmara de Ourinhos recorreu da decisão do Tribunal de Justiça que suspendeu a Comissão Processante contra o vereador Vadinho (PSDB) no caso da denúncia feita por Márcio Roberto Fermiano, cargo de confiança da Prefeitura, sobre a CPI da Delfim Verde. O resultado foi o indeferimento, assinado pelo relator Dr. Francisco Bianco. A subserviência do legislativo ourinhense ao prefeito, somada ao vale tudo irresponsável dos vereadores governistas, deixa a imagem da Câmara perante a população cada vez pior.
B.O.
O caso do assalto anunciado pelo prefeito de Chavantes, Márcio Burguinha (PSDB), pode ter novidades nos próximos dias. Nas redes sociais, Burguinha disse que foi vítima de assalto a mão armada em Ourinhos, e também teria sofrido agressões físicas. Segundo apuramos, o fato aconteceu no Jardim São Silvestre, próximo à uma transportadora, às 22 horas do dia 21 de julho, e o prefeito teria levado várias coronhadas (golpes com revolver) na cabeça. O agressor teria aproximadamente 35 anos de idade. Informações de uma testemunha podem dar novos desdobramentos ao caso.
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Sem flores I
Ao contrário de cidades da região que abriram os cemitérios para visitação no domingo do dia dos pais, o prefeito Lucas Pocay determinou que o cemitério municipal de Ourinhos permanecesse fechado, sob o argumento de “evitar o contágio do vírus”. Nas redes sociais o posicionamento recebeu centenas de críticas. A maioria ressaltava os dois pesos e duas medidas da Administração, que autorizou o comércio a ficar aberto até às 17 horas de sábado, gerando aglomerações que foram registradas em fotos e vídeos e publicadas nas redes sociais.
Sem flores II
Em Santa Cruz do Rio Pardo o prefeito Otacílio Parras (PSB) abriu os portões do cemitério, mas implantou rigorosa fiscalização quanto à quantidade de pessoas e proibiu comerciantes ambulantes. A dona de uma floricultura de Ourinhos lamentou a proibição na cidade. “Uma cliente que é minha amiga pessoal comprou flores para levar ao túmulo do seu pai, mas só ficou sabendo da proibição na noite de domingo, através do Jornal Biz. Ela ficou bastante triste e não entendeu porque só o cemitério de Ourinhos ficou com portões fechados”.
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Controle
Em Santa Cruz do Rio Pardo o comércio não abre aos sábados desde 18 de julho, e aos domingos só podem abrir as portas farmácias e postos de combustível. Isso mesmo: nem supermercados abrem aos domingos! Segundo reportagem do Debate em 9 de agosto, mesmo com as medidas restritivas decretadas pelo prefeito Otacílio, a avaliação da Associação Comercial é que o movimento está agradando. O presidente da ACE, Artur Araújo, que é comerciante e dono de loja, ressaltou que “ele (Otacílio) autorizou o delivery verdadeiro, com a loja fechada e o comerciante lá dentro podendo anotar pedidos, mas ele deve entregar as mercadorias na casa do cliente”, disse ao Debate.
Disk Denúncia I
Após insistentes cobranças da população, o setor de Fiscalização Covid-19 da Prefeitura começa a apresentar resultados. Na noite da última sexta-feira (7), o Jornal Biz recebeu denúncia, com fotos e vídeos, de uma festa acontecendo na praça Mário Rosa Filho, que fica na rua Clorivaldo Migliari, na Nova Ourinhos. As imagens mostravam pelo menos dez pessoas e seis veículos estacionados um atrás do outro, e o som automotivo era ouvido de dentro das residências. Segundo moradora do local, é comum encontrar garrafas e latas de bebida nas manhãs seguintes a essas reuniões na madrugada. O Jornal Biz informou a ocorrência ao WhatsApp “Denúncias Coronavírus”, criado e mantido pela Prefeitura de Ourinhos.
Disk Denúncia II
O veículo da Guarda Municipal chegou ao local menos de 20 minutos após receber o comunicado, e “acabou com a festa”. Segundo a autora da denúncia, ao perceber a “viatura” os carros foram saindo. “Os últimos fugiram em alta velocidade e fazendo arruaça”. Em mensagem de agradecimento ao Jornal Biz, a denunciante disse que “depois de muitos chamados, ontem fui atendida e pudemos ter uma noite de sexta-feira de sossego”. Que esse caso se torne regra, e a Prefeitura tome as providências necessárias para agir com rigor na fiscalização.
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Pegou mal
“…ou querendo dar o anel para os coleguinhas”. A frase dita em live por Lucas Pocay para atacar Capitão Augusto, seu adversário político, pegou mal geral. Nas redes sociais, Lucas recebeu críticas e foi até chamado de homofóbico. Na Canetada da semana passada alertamos que a expressão dar “o” anel, utilizada pelo prefeito, tinha conotação sexual.
Contraditório
Um leitor pergunta a razão dos bares e comércio estarem funcionando normalmente e a pista de caminhada da Fapi, ao ar livre, permanecer fechada. Não tem mesmo sentido, já que as pistas da trilha verde, lago do Royal Park e da Cohab não sofreram nenhuma restrição quanto ao uso.
Enquete
A Prefeitura está realizando enquete em seu site oficial pedindo a opinião da população sobre o retorno das aulas presenciais ainda em 2020. Após o encerramento da votação, a gestão deveria indagar à população se ela quer redução no valor do IPTU e da água para 2021.
Frase da semana
“A fila de cirurgias eletivas passou de 1.600 (em 2017) para 5 mil hoje. Então nada foi feito”. Dr. Salim Matar, vereador e médico pediatra
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