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por Bernardo Fellipe Seixas / Jornal Biz
A Câmara Municipal de Ourinhos rejeitou na última sessão a instalação de cinco Comissões de Assuntos Relevantes (CAR), propostas pelos vereadores oposicionistas Vadinho (PSDB), Dr. Salim (PSDB) e Flavinho do Açougue (PMDB). Segundo Vadinho, a criação das Comissões seria necessária para que os vereadores pudessem ter acesso a documentos, ouvir pessoas e esclarecer dúvidas, já que, segundo ele, a obtenção dos documentos teria sido negada e os requerimentos e ofícios solicitando informações não estão sendo respondidos.
Os temas que seriam objetos de investigação pelos parlamentares são relacionados a assuntos fartamente comentados nas redes sociais. Um deles é a agressão física a uma munícipe que teria sido provocada por pessoa que ocupa cargo em comissão, e acontecido em uma Secretaria municipal. A agressão foi objeto de denúncia e está sendo averiguada pela polícia.
O pagamento supostamente superfaturado ao evento Arena Cross, que aconteceu no ano passado, também foi assunto que seria investigado por uma CAR que foi rejeitada pela maioria dos vereadores da base aliada ao prefeito Lucas Pocay (PSD). Segundo dados do Observatório Social de Ourinhos, outras cidades do mesmo porte pagaram valores bem menores pelo mesmo evento. O Ministério Público também apura denúncia sobre este caso.
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Outro assunto que os vereadores preferiram não investigar foi o acidente ocorrido com o secretário de Segurança Coronel Wagner Soares, que resultou em avarias em carro oficial, durante evento que teria sido realizado no litoral em um final de semana prolongado.
Além desses, os vereadores da oposição também pretendiam investigar outras duas denúncias: o pagamento de despesas para um evento realizado em Marília, em homenagem ao ministro Gilberto Kassab – que é do mesmo partido do Prefeito – que teria sido feito com recursos da Secretaria de Saúde e a reforma de um barracão no Jardim Itamarati (Fumivida).
Em seus discursos, os vereadores que apresentaram as propostas de criação das Comissões justificaram que exercer o dever de fiscalização é função do Legislativo, e que esses assuntos estão na boca do povo, que exige esclarecimentos.
Para justificar o voto negativo, vereadores ligados ao prefeito Lucas Pocay argumentaram que alguns desses assuntos já são objeto de investigação policial ou já aconteceu a criação de sindicâncias internas, o que seria suficiente. “Não fragilizar o governo” também foi uma justificativa apresentada para não se criar as CAR.
Com folgada maioria na Câmara, os vereadores costumam rejeitar propostas que possam desagradar ao Executivo. Uma exceção foi a criação da CPI para investigar denúncia de corrupção na Secretaria de Cultura. Como o apelo popular foi muito grande, a criação da CPI foi aprovada. Porém, meses depois, ainda não foi apresentado o resultado do trabalho de investigação, nenhuma notícia oficial foi divulgada pela Câmara e as reuniões acontecem sempre a portas fechadas.
Pelo visto, os vereadores são bons naquela faxina que desagrada às donas de casa: Só varrem “onde o padre passa”, e ainda escondem a sujeira embaixo do tapete.
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