Em plena Quarta-feira de Cinzas, a população lotou a Câmara Municipal de Assis para protestar contra a criação de 15 cargos comissionados para os vereadores, que custariam 3,4 mil mensais cada um. Na noite de ontem, o espaço da Câmara ficou lotado, o que obrigou o Presidente a interromper a sessão durante 15 minutos. Centenas de pessoas ficaram do lado de fora do prédio, protestando.
As pessoas levaram cartazes e narizes de palhaço, e a mobilização foi incentivada pelas redes sociais. A pressão popular acabou levando os vereadores a votarem contra o projeto, apresentado pelos vereadores Eduardo de Camargo Neto, Chico Panela, André Borracha e Timba, membros da mesa diretora da Câmara. O projeto foi rejeitado por unanimidade.
Em 2015 uma empresária da cidade de Santo Antonio da Platina, liderou mobilização para impedir que os vereadores aumentassem os próprios salários e os vencimentos do Executivo. O caso ganhou repercussão nacional e como resultado da pressão popular,os vereadores foram obrigados a rebaixar os valores que recebem mensalmente, que hoje é pouco mais de um salário mínimo.
No mesmo ano, a mobilização da cidade paranaense inspirou a vizinha Jacarezinho, que pressionou os vereadores conseguindo que diminuíssem o valor dos salários de R$ 6,2 mil para R$ 4.340,00.
Em Ourinhos, churrasco de graça
Também em 2015, em Ourinhos houve uma tentativa de reunir populares para pressionar os vereadores a reduzirem os salários. O ato acabou sendo, na verdade, uma queda de braços entre grupos políticos. No dia 16 de novembro um munícipe chegou a doar um boi e um churrasco foi realizado na frente da Câmara. Mesmo com “boca livre”, o povão não compareceu.