Bolsonaro diz que é contra a taxação de grandes fortunas

Imagem: reprodução TV Brasil

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por Bernardo Fellipe Seixas

Em discurso, presidente reclamou que ser rico no Brasil agora é “um crime

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descartou a possibilidade de instituir imposto sobre grandes fortunas, tabelamento de preços ou aumento de carga tributária no Brasil. A declaração aconteceu ontem (2) durante cerimônia em Brasília.

“Alguns querem que eu taxe grandes fortunas no Brasil. É um crime agora ser rico no Brasil! Alguns querem que se aumente a carga tributária, que se tabele preços. Nós somos aquilo que nós produzimos”, disse o presidente.

DEBATE QUENTE – Na semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi criticado por Ciro Gomes (PDT), pré-candidato a presidente, também por conta da proposta de taxar grandes fortunas. Gomes afirmou que “não há mais dúvida que Lula vai continuar protegendo os mais ricos, como fez em seu governo”.

Lula e Ciro | Fotos: Divulgação

Ciro lembrou que 1% dos mais ricos tem a posse de 50% da riqueza nacional, o que configura “a pior concentração de renda entre todas as economias mais importantes do mundo”. Segundo o pedetista, a implementação de um imposto sobre a fortuna não provocará a fuga de capitais. A proposta é taxar ganhos acima de R$2 milhões por ano.

“Para onde e como iriam fugir os ricos, já que todos os países, com condições iguais ou melhores do que o Brasil, taxam as grandes fortunas?”, questionou o pedetista. “Para a Estônia? Porque é o único país, por exemplo, além do Brasil, que não cobra imposto de renda sobre lucros e dividendos”.

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Ex-ministro da Fazenda de Itamar Franco (1994-1995), Ciro defende um pente fino nas renúncias fiscais, na casa de R$ 320 bilhões ao ano e propõe um corte de 20%. “O Brasil não cobra tributação sobre os patrimônios e prefere cobrar de forma regressiva sobre a tributação indireta no consumo, pesando os mais pobres. Então se a gente cobrasse um tributo sobre grandes patrimônios com alíquota moderada para não ter nenhum efeito estimulante da conta de capital, nós poderíamos arrecadar algo em redor de R$ 80 a R$ 90 bilhões em um país que, nos últimos cinco outros, trouxe 24 novos bilionários a lista da Forbes”, declarou o ex-governador do Ceará, recentemente, em entrevista à rádio Jovem Pan.

Ciro Gomes propõe ainda a tributação de grandes fortunas. “O imposto sobre as grandes heranças na Europa vai de 35% a 60% em alguns países. Nos Estados Unidos a menor alíquota é 29%, e o no Brasil é 4%. No Ceará cobramos 8%. Um assalariado paga 27,5% e o cara que ganha R$ 1 milhão na Pessoa Jurídica paga 15%. Está errado quem ganha mais pagar menos imposto”, concluiu Ciro.

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