Morreu no final do dia de ontem, no Hospital Unimed de Bauru, Francisco Claudio Granja. Ele tinha 73 anos de idade, era artista plástico e professor. Extrovertido, de tanto usar no dia a dia a expressão “uau”, acabou incorporando-a, simbolicamente, ao nome.
Granja foi diretor de cultura de Ourinhos no governo do ex-prefeito Clóvis Chiaradia (1989-1992) e lecionou em várias escolas da cidade e na Unifio. Seu sonho de criar um Museu de Artes em Ourinhos foi concretizado no final de 2019. O Museu de Arte, Cultura e Pesquisa foi inaugurado nas dependências da Unifio, e leva seu nome. Deixa como marca a instalação de esculturas no ambiente urbano em Ourinhos. Algumas foram alvo de polêmica, como o Cristo de sucata, de Bittencourt, que depois de ficar anos escondida em um depósito na Prefeitura hoje está instalada no CSU. Durante a gestão do ex-prefeito Esperidião Cury, Granja participou de movimento que pedia que a Prefeitura comprasse o prédio do antigo Cine Ourinhos para transformá-lo em teatro. Dizia aos mais próximos que queria ser enterrado no porão do Teatro Municipal.
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Como professor, Granja realizou inúmeras excursões levando alunos para visitar exposições e museus em São Paulo. Nas décadas de 1980 e 1990 foi líder de um movimento de artistas plásticos na cidade, criando o GAPO, Grupo de Artistas Plásticos de Ourinhos. Dono de personalidade marcante e extrovertida, sua principal característica foi a autenticidade.
Candidato a vereador em 2012, surpreendeu a população ao usar o próprio veículo como carro de som tocando em alto volume apenas sucessos da música clássica.
“Sou uma pessoa que luta por muitos direitos, sou de origem extremamente pobre, pais analfabetos, nasci e fui criado na periferia, gosto muito de teatro, cinema, danças nacionais e internacionais, música e poesia. E me auto lapidei nesta vida para o meu crescimento, tive ajuda de amigos, e sou uma pessoa muito boa e faço muita caridade”, disse Granja ao Jornal Negocião, em reportagem de Juliana Neves publicada em dezembro de 2019.
Após enfrentar um câncer de próstata, Granja passou a sofrer com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus. O professor deixou de se alimentar e ficou muito debilitado. Francisco Claudio Granja faleceu às 23h30 no Hospital Unimed de Bauru. Seu corpo será velado no velório de Agudos das 8h às 13h, e o sepultamento acontecerá em seguida no Cemitério de Agudos, cidade de seus pais.
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