Mais do mesmo: Foi assim a primeira sessão da Câmara Municipal de Ourinhos em 2020. A possibilidade de afastamento dos vereadores Santiago de Lucas Ângelo e Éder Mota, ambos do PSC, por falta de decoro parlamentar, foi votada ontem, e como era de se esperar, a oposição foi derrotada.
A votação para a instalação de comissão Processante foi motivada por uma denúncia apresentada por Elizete Aparecida da Silva e Leandro Bulqui. Apesar do resultado previsível, os munícipes deram trabalho para as autoridades municipais.
A denúncia foi baseada em fato que ficou conhecido como “escândalo dos empréstimos”, e culminou na exoneração de vários funcionários. Santiago e Éder também foram acusados de participar do esquema, e acabaram exonerados dos cargos de confiança do prefeito Lucas Pocay, voltando para seus cargos de vereador. Os acusados foram beneficiados com altas quantias em empréstimos bancários a juros prazos especiais, que só são oferecidos a funcionários efetivos de carreira, o que não é o caso de nenhum deles. Alguns emprestaram 180 mil, outros 120 mil. Existem suspeitas de falsificação de documentos para “esquentar” a transação.
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O prefeito Lucas Pocay (PSD), que desde o início de seu mandato também decide o que acontece na Câmara, tratou de exonerar seus cargos de confiança José Carlos Vieira dos Santos, o Carlinhos da Lambo, e Ariovaldo de Almeida, o “ Ari da Auto Escola” para que assumissem como vereadores suplentes, podendo assim votar contra a instalação da Comissão Processante. Santiago e Éder Motta não puderam participar da votação.
O resultado foi 10 votos contra e 5 a favor, e a Câmara derrubou facilmente o argumento de quebra de decoro parlamentar, recebimento de vantagens indevidas, abuso de poder e prática de ato irregular no serviço público, apresentada por Leandro Bulqui e Elizete Aparecida Silva.
Votaram a favor da investigação: Flavinho (MDB), Dr. Salim (PSDB), Vadinho (PSDB), Cícero Investigador e Alexandre Zóio (PRB).
Votaram contra a investigação: Alexandre Enfermeiro (PSD), Ari da Auto Escola (PSC), Carlinhos da Lambo (PSC), Raquel Spada (PTC), Sargento Sérgio (PRB), Abel Fiel (PTC), Carlinhos do Sindicato (PSB), Cido do Sindicato (PSD), Anísio (PL) e Caio Lima (PSC).
Na tribuna, o vereador Santiago chamou de “vagabundo” o denunciante, e se defendeu dizendo que não aconteceu envolvimento de dinheiro público na transação bancária.
A atuação dos vereadores não causou espanto, já que a atual gestão, apesar de caminhar para o último ano de mandato, não aprendeu que sua função também é de fiscalizar a administração pública.
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