Terceira dose da vacina contra Covid atinge quase 100% de proteção

Foto: Agência Saúde

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Conteúdo original por IG Saúde

Dado se refere a pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, que analisou a combinação entre Coronavac e Pfizer

Um experimento realizado entre 1.310 funcionários no  Hospital das Clínicas de São Paulo revelou que uma terceira dose da  vacina contra a Covid-19 pode produzir uma proteção de 99,7% contra o novo coronavírus. A combinação testada na pesquisa foi da Coronavac com o imunizane da Pfizer.

Quem participou do levantamento foi acompanhado desde o início da pandemia e recebeu as duas primeiras doses da Coronavac. A medição de anticorpos pós-imunização é uma das formas de medir o tamanho da proteção de uma vacina.




Silvia Figueiredo Costa, infectologista do Hospital das Clínicas e responsável pelo estudo, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o resultado pode ser semelhante com outras doses iniciais – embora não seja possível confirmar essa tese no momento.

“O que nos deixa mais tranquilos, como parte da população brasileira, do Chile e de outros países receberam a primeira e a segunda dose da Coronavac, após o reforço com a vacina de outro fabricante houve essa pontuação bem elevada de produção de anticorpos. Nós não tivemos nenhum caso [no Hospital das Clínicas] com a terceira dose que tenha sido internado”, explica Costa.

Para o diagnóstico, os anticorpos foram medidos quatro vezes e as amostras de soro passaram por um processo de coleta sob testes de anticorpos IgG (Imuniglobina G), no método de quimioluminiscência.

“É um teste de última geração, o mesmo método do ano passado, mas que agora está avaliando três partes da proteína S [Spike] e ficou mais interessante trabalhar a resposta vacinal”, ressalta.

Antes da pesquisa, a taxa de soroconversão dos anticorpos no grupo estudado encontrava-se em 15,1%. A taxa estava relacionada exclusivamente com aqueles que já tiveram contato com o vírus.

Após a aplicação da primeira dose, com a Coronavac, em fevereiro, a taxa de anticorpos subiu para 28,9%. Em abril, após a aplicação da segunda dose, o percentual atingiu 89,5%. Com o reforço da Pfizer, o nível chegou em 99,7%.

“Nós esperamos duas semanas após a terceira dose para dar tempo de ter a produção de anticorpos. Quando foi feito o reforço, aumentou bastante a produção de anticorpos, que seriam um dos sistemas para proteger a população da doença, principalmente da forma grave da Covid”, afirma o médico.

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