Ourinhense que vive na Flórida relata pânico à espera do furacão

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por Bernardo Fellipe Seixas / Jornal Biz
A ourinhense Daiane Torreggiani, que vive em Boca Raton, na Flórida, conta com exclusividade para o Jornal Biz como está sendo a espera angustiante pelo furacão Irma, que deve passar pelo local na madrugada de sábado para domingo.

‘Print’ da tela do celular de Daiane, aplicativo Windy.

Aplicativos de celular como o Windy acompanham o trajeto do furacão em tempo real, oferecendo imagens feitas por satélite. “As pessoas não tiram os olhos do celular. parece que estou vivendo um filme”, diz Daiane, que ameniza a angústia trocando mensagens com amigos e familiares pelo Wathsapp. “Eu me apego com Deus, mas não tem como não ficar tensa”, confessa.

No condomínio onde mora, Daiane registrou o céu na noite de sexta-feira, 8/9.

Daiane ainda está no apartamento onde mora, mas deve ir para uma casa mais segura na manhã de sábado. “É a casa de uma família de americanos, que foi construída com mais segurança, com concreto e vidros blindados”, explica.

Passagem do Irma causou grande destruição no Caribe. | Foto: Reuters

O Irma é furacão de categoria 5, o máximo na escala de potência. Um fenômeno assim tem ventos que superam 252 km/h, similar à velocidade de alguns trens de alta velocidade.

Imagem de satélite de hoje, 9/9, às 9h. | Foto: G1

Segundo a NASA, agencia espacial americana,  os ventos do Irma já ultrapassam 280 km/h. Em sua passagem devastadora pelo Caribe, deixou 20 mortos e cenário de destruição.




Foto tirada por Daiane em um Walmart próximo de sua casa.

Os americanos se preparam deixando suas casas, estocando água, alimentos e combustível. O governo ordenou o fechamento de escolas que poderão ser utilizadas como abrigos,e pediu que meio milhão de pessoas deixem suas casas.



Os pedágios da região foram liberados para facilitar a evacuação dos veículos. Apesar do governo ter tabelado em 98 dólares as passagens aéreas, para alguns destinos, quem procurou por passagens não encontrou ou teve que pagar um preço muito mais alto do que o normal.

Corrida aos supermercados, prateleiras vazias. Foto: Daiane Torreggiani

Desde o início da semana, com os alertas dados pelo governo, começou uma corrida aos supermercados, que estão com as prateleiras vazias. “As pessoas estão apavoradas, não sabem o que esperar”, conta Daiane, que fez compras para ficar trancada em casa por aproximadamente três dias. “Compramos enlatados, biscoitos, e é claro, chocolates. Dizem que é bom pra amenizar a ansiedade…”

Daiane Torreggiani | Foto: arquivo pessoal

Enquanto se prepara para a chegada do furacão, a jovem ourinhense faz piada para espantar o medo. “Esta noite vou assistir ‘E o vento levou’ no Netflix…”

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