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por Bernardo Fellipe Seixas / Jornal Biz
Diferença de mais de 100% nos valores pagos em comparação a outros eventos gera controvérsias
A realização da quarta edição da Marcha para Jesus em Ourinhos, com uso de muito dinheiro público, continua dando o que falar em todos os cantos da cidade. Os cachês exorbitantes pagos a pastores, bandas gospel e padres destacam uma preocupante falta de zelo com o dinheiro público na administração do prefeito Lucas Pocay (PSD).
De acordo com os sites SCC10 e Coluna Financeira, o padre Fábio de Melo, cujo cachê habitual é de R$120 mil, receberá R$290 mil para se apresentar na Marcha para Jesus 2024. A discrepância nos valores se estende a outras atrações: o pastor Fernandinho, normalmente contratado por R$100 mil, custará R$160 mil aos cofres públicos de Ourinhos. A dupla Jefferson e Suelen, que cobra entre R$30 mil e R$90 mil, receberá R$120 mil. Em um exemplo ainda mais extremo, o missionário Shalom, que se apresentou em Quixeramobim, Ceará, por R$23,9 mil no ano passado, receberá R$87 mil em Ourinhos.
Publicações no Diário Oficial do Município revelam que os contratos das atrações religiosas já somam R$657 mil, e esse montante deve aumentar, pois ainda não foi informado o valor a ser pago à empresa VShows, responsável pela organização do evento.
Nos primeiros sete meses deste ano, a Prefeitura de Ourinhos já desembolsou quase R$5 milhões em cachês para artistas, com a Fapi consumindo R$3.926.000,00. Esses números ressaltam a necessidade de uma gestão mais criteriosa e transparente dos recursos públicos.
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