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por Bernardo Fellipe Seixas
Obra apresenta registros como número de casas, ruas e praças, qualidade da água, condições de hoteis, açougues e restaurantes de Santa Cruz, entre outras informações.
Na última quinta-feira, 19, um importante capítulo da história de Santa Cruz do Rio Pardo foi reaberto com a entrega dos primeiros exemplares do livro “Inspeção Sanitária de Santa Cruz do Rio Pardo – 1923“. A obra, que traz um panorama detalhado das condições sanitárias e sociais do município há mais de um século, é fruto da valiosa iniciativa do prefeito Diego Singolani (PSD), que, contou com a parceria de amigos de Ourinhos e Santa Cruz para a publicação do raro documento.
O projeto ganhou vida graças à colaboração de Luiz Carlos Seixas e Nelson Pereira, de Ourinhos, e Alexander Lamino e Toko Degaspari, de Santa Cruz do Rio Pardo. A obra foi originalmente elaborada pelo médico Luiz Costa de Abreu Sodré como trabalho de conclusão de curso na Faculdade Paulista de Medicina, e doado ao IBGE de Santa Cruz em 1973.
O livro possui dados como o número de casas, ruas e praças; a qualidade da água e do leite consumidos; as condições sanitárias de hotéis, restaurantes e açougues; e o funcionamento de serviços como iluminação pública e varrição de ruas e praças, escolas e cemitério.
O prefeito Diego Singolani destacou a relevância histórica do livro, que, além de registrar o passado, também serve como um alerta para os desafios atuais do município. “Este livro é um presente para todos os santacruzenses”, afirmou, enfatizando a importância de refletir sobre os avanços e as necessidades contínuas em áreas como saúde e infraestrutura.
O saudoso jornalista Sérgio Fleury, proprietário do extinto jornal DEBATE, desempenhou um papel crucial na revitalização do interesse pela obra “Inspeção Sanitária de Santa Cruz do Rio Pardo”. Sua dedicação à preservação da memória da cidade culminou em uma extensa matéria sobre o livro, publicada no ano passado, quando ele completou 100 anos. Essa reportagem não apenas reacendeu a atenção para a importância histórica do documento, mas também ressaltou a relevância de suas contribuições para a sociedade local.
A dedicação de Fleury à cultura e à história de Santa Cruz do Rio Pardo foi fundamental para que o projeto de publicação ganhasse força. Ao destacar a obra em suas páginas, ele ajudou a criar um ambiente propício para que a iniciativa do prefeito Diego Singolani e dos colaboradores se concretizasse. “Quando conheci o prefeito Diego no velório do Sérgio, a quem o livro é dedicado, contei a história do documento. Ele imediatamente se interessou em viabilizar o projeto, e hoje vemos o resultado”, relembra Seixas.
A publicação, viabilizada com recursos da Política Nacional da Lei Aldir Blanc de Fomento à Cultura, é mais do que um relato histórico; é uma inspiração para que outros municípios sigam o exemplo e preservem suas memórias. Com 200 cópias produzidas, a obra será distribuída em bibliotecas e entre autoridades da região, garantindo que a história de Santa Cruz do Rio Pardo continue a ser contada.
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